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SPFW N57 terá Orquestra Sinfônica de Heliópolis na abertura dia 9 de abril e desfile de encerramento no Edifício Martinelli

 

Por Victoria Hope

O SPFW N57 acontecerá de 09 a 14 de abril e mais uma vez celebra a sintonia com um processo criativo contínuo de transformação. Serão 27 desfiles, com as estreias de Catarina Mina e Reptilia e o retorno de Aluf, Amapô Jeans, André Lima, Gloria Coelho e Lilly Sarti.

A edição será no Iguatemi São Paulo, JK Iguatemi e em outros locais icônicos da cidade de São Paulo. A abertura será no JK, na noite de 09 de abril, com o desfile da Aluf e a participação da Orquestra Sinfônica Heliópolis, a primeira em seu gênero no mundo criada em uma favela. Este importante conjunto de música erudita fez uma apresentação no desfile de Fause Haten, na 26ª edição.

João Pimenta encerrará a semana de moda, com um desfile na cobertura do histórico Edifício Martinelli, no centro de São Paulo, fazendo parte das celebrações pelo centenário do prédio. Ali aconteceu a abertura da 30ª edição, com a festa dos 15 anos do SPFW.

O SPFW foi pensado como um projeto de longo prazo, de 30 anos, para alinhar movimentos de mercado e trabalhar na construção de uma cultura de moda no Brasil, reflexo de nossas muitas identidades e de uma natureza diversa, generosa e exuberante. As conquistas que colhemos são fruto das sementes plantadas ao longo dessas quase três décadas”, explica Paulo Borges, fundador e diretor criativo da semana de moda.

O Projeto Cria Costura, parceria do InMode com a Prefeitura de São Paulo, apresentará um desfile com peças criadas e produzidas pelos participantes da aceleradora criativa, que em 5 edições já qualificou e impulsionou mais de 150 alunos nos bairros de Cidade Tiradentes, Brasilândia e Vila Carrão.

Sempre enxergamos as pessoas, a moda e o Brasil no lugar da potência, e o SPFW como esse lugar de experiências e encontros sintonizados com os temas de seu tempo, e que ajudam a desenhar novos modelos de mundo no século XXI”, complementa Paulo Borges.


Desfile da Dendezeiro na SPFW N55/ Foto: Divulgação

Abaixo o line up SPFWN57:

De 09 a 14 de Abril de 2024

Dia 09 de Abril

20h00 Aluf JK Iguatemi

Dia 10 de Abril

12h00 Lilly Sarti JK Iguatemi

17h00 Lino Villaventura JK Iguatemi

19h00 Cria Costura JK Iguatemi

21h00 Reptilia JK Iguatemi

Dia 11 de Abril

10h30 Patrícia Vieira Iguatemi São Paulo

12h30 Fauve Iguatemi São Paulo

14h00 Renata Buzzo Iguatemi São Paulo

15h30 AZ Marias Externo

17h00 Marina Bitu JK Iguatemi

19h00 Silvério JK Iguatemi

21h00 LED JK Iguatemi

Dia 12 de Abril

10h30 Weider Silveiro Iguatemi São Paulo

12h30 Rafael Caetano Iguatemi São Paulo

14h30 Catarina Mina Iguatemi São Paulo

17h00 Thear JK Iguatemi

19h00 Walério Araújo JK Iguatemi

21h00 Martins JK Iguatemi

Dia 13 de Abril

10h30 Gefferson Vila Nova Iguatemi São Paulo

12h30 Igor Dadona Iguatemi São Paulo

14h00 Maurício Duarte Iguatemi São Paulo

17h00 Dendezeiro JK Iguatemi

19h00 Forca Studio JK Iguatemi

21h00 André Lima JK Iguatemi

Dia 14 de Abril

11h00 Glória Coelho Externo

15h00 Amapô Jeans Externo

16h30 João Pimenta Externo

SXSW 2024 | Things Will Be Different

 

Por Victoria Hope

Quando os irmãos afastados Joseph e Sidney Rendezvous em uma lanchonete local depois de um Assalto de perto, eles o levam a uma fazenda abandonada que os transporta para um tempo diferente para escapar da polícia local. A fuga deles é descarrilada quando uma força metafísica desconhecida e enigmática emerge e os bloqueia de retornar lar. 

Preso no enredo intrigante de terra, seu captor deixa claro que ninguém pode partir até que suas exigências mortais sejam atendidas. O que resulta de seu aprisionamento não apenas dobra as forças do espaço -tempo - forçando os dois a questionar tudo o que sabem sua própria realidade - mas dobra os laços familiares de Joe e Sid além do ponto de confiança e perdão.

Michael Felker faz sua estréia através deste thriller de ficção científica com doses sombrias de horror e suspense. As coisas serão diferentes é um quebra -cabeça trágico de um filme onde tempo, sangue e isolamento estimulam ciclos intermináveis ​​de falsa esperança e condenação desespero.

Things Will be Different / Foto: XYZ

O filme é um prato cheio para quem é apaixonado por temas relacionados à ficção científica, viagem no tempo e relações familiares.  E sendo uma pessoa que tem um irmão gêmeo, que mora em outro país, do outro lado do mundo, foi muito fácil me identificar com os protagonistas do filme e com essa trama de certa forma. 

A atmosfera sombria que assola essa família vai ganhando forma aos poucos e a tensão entre os irmãos começa a se tornar nítida conforme o tempo passa em seu esconderijo secreto. Esse é um filme que requer paciência e atenção aos mínimos detalhes pois é um slowburn que vai se construindo não apenas de acordo com a construção desse universo, mas também a cada diálogo trocado entre os personagens.

O elenco, composto majoritariamente por Riley Dandy e Adam David Thompson, tem uma excelente química, que faz com que os personagens passem verdade sobre seu relacionamento e e a melhor parte é que a trama não entrega tudo sobre as motivações dos personagens, tampouco dá a resposta sobre o que aconteceu ou está acontecendo logo de cara, não, muito pelo contrário, o filme faz a audiência trabalhar e pensar nas possíveis ramificações que a história tem a oferecer.  O final deixa a audiência com aquela sensação de 'e se?' 

NOTA: 9/10

SXSW 2024 | Neo Dome (Piloto)

 

Por Victoria Hope

Numa América pós-colapso económico, uma mulher (Anna Camp) viaja sozinha em direção à promessa de uma cúpula utópica no horizonte. Quando ela negocia uma carona com estranhos, aprendemos... não confiar em ninguém no caminho para o Neo-Dome.

Nesse piloto de série que teve seu lançamento no festival SXSW, podemos acompanhar uma história extremamente intrigante que merece ganhar um longa metragem. Logo na cena de abertura, o público se depara com uma protagonista enigmática, que parece esconder algo que não sabemos.

O elenco tem excelente química e a dinâmica de jogo do 'gato e rato' funciona muito bem. Nos deparamos com diversas dúvidas sobre o que é o Neo-Dome, o motivo pelo qual nossa protagonista quer tanto chegar lá e porque ela tem acesso à armas. Seria ela a heroína daquele futuro não tão distante ou será ela o verdadeiro algoz por trás de tudo.

Anna Camp é enigmática e demanda atenção do público com olhares, fazendo com que a audiência imediatamente torça por ela, sem mesmo saber quais são suas verdadeiras intenções, o que realmente reforça a ideia de que o filme realmente se torne um longa metragem, pois é impossível terminar esse curta sem querer saber o que vem a seguir.

O protagonismo feminino em histórias nesse cenário precisava de um revival e Neo-Dome demonstrou que tem um grande potencial para expandir esse universo, seja no formato de filme ou série televisiva, mas independente da proposta, a audiência estará com olhos fixados na tela. 

NOTA: 9/10

SXSW | Make me Pizza (Short)

Por Victoria Hope

No curta 'Make me a Pizza', uma mulher com muita fome diz a um entregador de pizza que não pode pagar pela pizza que pediu. Mas será que o sexo que ela oferece em vez de dinheiro pode ser equivalente ao verdadeiro valor de uma pizza? 

Existe algo que possa valer uma pizza, além do que o mercado decidiu? Juntos, os dois decidem que sua única opção é se tornarem eles próprios o objeto da pizza, transformarem um ao outro em pizza, para se tornarem livres.

O curta já começa com a estética que é puro anos oitenta, com um estilo de filmagem que parece ter saído literalmente daquela década. A música sensual de filme erótico toca ao fundo, fazendo com que o filme pareça ser algo que não é, ideia completamente genial.

Um dos trunfos do curta é a atenção aos detalhes e a caracterização, desde o figurino à maquiagem, que são cruciais para passar ainda mais aquela vibe oitentista que a história quer passar. Tudo parece estar de acordo com o plano nessa história, até que de repente, as coisas fazem um 360º que muda completamente o rumo da trama, indo da comédia ao terror em questão de segundos.

O elenco é hilário e a conversa back and forth entre eles realmente acerta o tom e aos poucos, é possível entender a mensagem anticapitalista e social por trás da construção de uma simples pizza. A simbologia não é nada sutil, mas muito engraçada e bem vinda, mas a virada surrealista é a cereja do bolo, ou melhor, o tomate da pizza e me faz lembrar de cenas icônicas como a cena da dança em cima dos feijões em 'Tommy' do The Who. 

NOTA: 8.5/10 

SXSW 2024 | Roleplay (DOC)

Por Victoria Hope

No documentário 'Roleplay', que acabou de ter sua estreia no festival SXSW 2024, enfrentando a violência sexual desenfreada em seu campus universitário, um grupo de estudantes da Universidade de Tulane passa um ano criando uma peça envolvente a partir de suas experiências da vida real. 

Construindo personagens e cenas baseadas na política sexual de seu campus, os estudantes atores enfrentam duras verdades. O filme segue esse processo com lentes líricas, confundindo os limites entre realidade e performance, movendo-se entre a realidade da vida no campus e a vulnerabilidade confessional da sala de ensaio.

Colocando questões urgentes sobre os legados tóxicos transmitidos à próxima geração, "Roleplay" explora os papéis que desempenhamos à medida que crescemos e nos tornamos quem somos: como eles nos machucam, nos curam e moldam quem nos tornamos.

O filme faz um excelente trabalho em tocar nessa temática tão complexa relacionada a realidade da vida não apenas de universitários, mas uma realidade que também assola alunos desde as escolas primárias até o colegial e principalmente na chegada da vida acadêmica. Em uma realidade onde aulas de educação sexual estão sendo cada vez mais demonizadas e famílias seguem tratando o tema como tabu, invariavelmente muitos casos se multiplicam e infelizmente não ganham muita repercussão já que muitas vezes, até mesmo as universidades acobertam e escondem os ataques sofridos por alunos, para não associar seus nomes à violência. 

Justamente por esse motivo, filmes como 'Roleplay' se tornam necessários, para mostrar que a juventude, à sua maneira, está tentando se educar e se curar do estigma e da dor da violência que sofreram, por meio da arte e da expressão verbal e física. Mais importante do que desestigmatizar a educação sexual, é dar espaço para que as vítimas possam se expressar e tenham um lugar seguro para que possam contar o que lhes aconteceu.

Seria muito interessante que mais universidades como a representada do documentário oferecem o mesmo programa e a oportunidade para que os alunos tenham esse espaço aberto para desabafar e expressar suas dores e angústias através de espetáculos. Isso não apenas traz atenção para a violência que acontece no meio acadêmico, como também pode ser um instrumento para o fortalecimento e empoderamento das vítimas que não mais querem se calar. 

NOTA: 8.5/10

SXSW 2024 | Billy & Molly: An Otter Love Story (DOC)

 

Por Victoria Hope

No documentário Billy & Molly: An Otter Love Story, Quando uma lontra selvagem que precisa desesperadamente de ajuda aparece em seu cais nas remotas ilhas escocesas de Shetland, Billy, sua esposa Susan e sua devotada cadela pastor Jade se encontram com um novo membro único de sua família. 

Da National Geographic e Silverback Films, Billy & Molly: An Otter Love Story é uma história comovente dirigida por Charlie Hamilton James. Filmado em 4K, este documentário mostra-nos como a capacidade do amor pode nos despertar para a beleza da natureza.

As imagens são absolutamente mágicas, com uma direção de fotografia única e de tirar o fôlego, porém, o ritmo por vezes, se torna um pouco maçante. É claro que a trama tem seus trunfos; é lindo ver a relação que essa lontra criou com a família, é uma relação única de cumplicidade que apenas quem verdadeiramente ama a natureza e os animais pode sentir. 

O documentário é essencialmente um slice of life que nos faz pensar sobre a vida e nossas conexões com a natureza, enquanto humanos, porque essa é a beleza dessa relação. Muitas pessoas se perguntam sobre qual é o nosso propósito, enquanto humanos na Terra e se esse propósito fosse esse? Demonstrar compaixão e empatia por todas as espécies? Essa é a principal mensagem passada pelo filme.

Em 'An Otter Love Story', aos poucos, Molly, a lontra, vai se conectando cada vez mais com aquela família, demonstrando que sim, a natureza é sábia e que todo indivíduo, seja uma lontra, um cachorro, ou até mesmo uma família de humanos, anseiam por um abraço, um acalento e saber que podem ter um 'lar' sempre que precisarem. 

As cenas onde Molly mergulha com Billy são de arrepiar, muito emocionantes de presenciar e sintetizam justamente esse sentimento de cumplicidade entre o homem e a natureza que é tão essencial. É cativante acompanhar esses pequenos momentos e refletir que estamos aqui para um propósito que vai muito além do que sobreviver, estamos aqui para viver e nos conectarmos. 

NOTA: 8.5/10