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[Review] Pobres Criaturas de Yorgos Lanthimos

 

Por Victoria Hope

Pobres Criaturas (Poor Things) de Yorghos lanthimos, adaptação do livro de mesmo nome de Alasdair Gray é sem dúvida um dos filmes mais antecipados do ano. Tive a oportunidade de assistir durante o Festival de Veneza e fiquei muito feliz quando o filme venceu a principal categoria Festival. Vale lembrar que Pobres Criaturas estreia em fevereiro de 2025 no Brasil. 

Para quem não é familiar com o trabalho anterior de Lanthimos, é muito importante saber que seu catálogo de filmes é para lá de controverso e às vezes, difícil de digerir, como por exemplo Dente Canino. O livro que inspirou esse longa por si só, já é bem controverso. 

A abertura de Pobres Criaturas é bem reminiscente dos longas de Georges Melies, com uma certa aura bem steampunk. O surrealismo já é o foco logo no início e pessoalmente, adorei essa ideia, principalmente porque os cenários parecem verdadeiras pinturas surrealistas em alguns momentos e é claro que o famoso olho de peixe do diretor não poderia faltar. Foi uma surpresa descobrir que o filme apresenta menos CGI do que o esperado e conta com muitos cenários e objetos de cena práticos.   

Em alguns momentos, o filme se assemelha à Edward Mãos de Tesoura, mas também, tem um pouco de Doutor Moreau, o que denuncia totalmente minha idade. Isso não quer dizer que a trama de Pobres Criaturas seja exatamente a mesma de Edward, mas ambos apresentam a temática de 'peixe fora d'agua que está aprendendo a ser humano'. 


Pobres Criaturas / Foto: Searchlight Pictures

Para quem não sabe, Edward Mãos de Tesoura é uma releitura de Frankenstein assim como Pobres Criaturas e falando na obra original, é impossível não acompanhar os comentários pela internet a fora sobre como Pobres Criaturas seria uma versão feminista e 'safadinha' de Frakestein como se o Frankestein original da Mary Shelley já não fosse literalmente isso isso. 

Um pequeno spoiler: Ele é sobre isso e recomendo uma releitura aprofundada dessa obra tão rica sobre auto descoberta, seja pelo amor ou pela dor e sobre a libertação das amarras sociais impostas. Frankenstein por si só já é uma obra pra lá de feminista, então tudo o que Pobres Criaturas faz é estender essa temática com foco mais na liberação sexual. 

Nem preciso falar desse elenco formidável, afinal todos estão impecáveis, Emma Stone, Ramy Youssef, Mark Rufallo e Willem Dafoe. Todos dão um show de atuação, mas é preciso destacar a Emma e o Mark Ruffalo, que juntos, carregam muito do filme, o que sem dúvida irá arrecadar algumas indicações ao Oscar do próximo ano, mas de fato, a verdadeira força da natureza desse filme é  Emma, que apresenta em minha humilde opinião uma das melhores atuações da carreira dela após A Favorita e Mark Ruffalo não fica muito atrás, pois está  absolutamente hilário em alguns momentos e assustador em outros.


Pobres Criaturas / Foto: Searchlight Pictures

Na trama, acompanhamos a história de uma mulher chamada Bella Baxter, que é revivida por um cientista excêntrico, Godwin, interpretado de forma maravilhosa pelo Willem Dafoe. Essa mulher recebe o cérebro do próprio feto, ao melhor estilo Frankestein e a partir daí, começa a experimentar e ver o mundo com novos olhos, já que pra ela, com cérebro de bebê, tudo é novo. É muito interessante notar como aqui, o Doutor em questão, como figura controversa, é uma versão de Frankestein também, só que uma versão viva. 

O filme demora a se desenvolver, mas quando a verdadeira trama começa a ser explorada, a história se torna mágica. Aos poucos, descobrimos que Pobres Criaturas nada mais é do que a jornada de uma mulher descobrindo o que é ser mulher sem a influência do patriarcado e sem as amarras e convenções impostas pela sociedade. 

Falando sobre o figurino, que também merece indicação ao Oscar, o trabalho da Holly Waddington está  genial! Eu particularmente adoro moda vitoriana, vejam, estou falando moda e não valores, mas sim, eu simplesmente adorei o que ela fez e é tão incrível notar que conforme a personagem Bella vai amadurecendo, a forma dela se vestir amadurece igualmente. Ela começa sendo vestida pela babá com roupas típicas de bebês vitorianos e aos poucos vai ganhando camadas, novos formatos até ela chegar no guarda-roupa típico adulto.

Voltando a trama principal, a todo momento que os homens do filme tentam ditar o que Bella deve ou não fazer e como ela, enquanto mulher, deve agir perante a sociedade e é a partir  daí que ela faz o completo oposto. Sei que a vida de muitas mulheres seria diferente se a gente tivesse crescido sem ver nossos corpos como tabu, por exemplo e é isso que a Bella mostra: Ela sequer sabe o que é tabu, aquilo é o cérebro de um bebê que acabou de nascer, então ela tem uma liberdade sobre o próprio corpo e sobre os movimentos dela que realmente, nós enquanto adultos, sequer ousamos ter.


Pobres Criaturas / Foto: Searchlight Pictures

Bella Baxter tem permissão pra errar, pra se tocar, pra ser quem ela decidir que quer ser, sem a influencia das pessoas dizendo o que ela deve fazer e como ela se portar, então é claro que quando os homens ao redor dela tentam mandar, ela justamente faz o contrário, afinal, ela não tem essas amarras ainda de saber o que é apropriado ou não e afinal, quem dita o que é apropriado? 

Agora sobre o lado mais controverso, ,muita gente sabe como o Yorgos adora colocar cenas sexuais intensas nos filmes dele e aqui não é diferente. De certa forma me incomodou no começo por conta do POV que é o ponto de vista. Pessoalmente eu acho que ele poderia ter mostrado a liberação sexual da Bella de outra forma, pois tem momentos que a todo segundo o corpo dela é mostrado, enquanto o dos homens, é sempre escondido, apesar de que eles rastejam até ela. Vou ser a chata do role e dizer que muits cenas de sexo do filme são puro malegaze, ou seja, é aquela visão que busca sexualizar o corpo da mulher e fazer dela espetáculo. Eu acho que sim, o filme poderia ter tantas cenas de sexo quando precisava, mas a forma que elas foram feitas, não sei se foi o ideal.

Novamente, é muito interessante vermos Bella explorando a sexualidade dela sem pudores e sem amarras, tanto que, os personagens masculinos do filme ficam irados em como ela fala abertamente sobre sexo e sobre causar prazer a ela mesma, e isso mostra que eles estão irados porque é uma mulher fazendo as próprias escolhas. Essa mensagem é bem pontual, mas acredito que poderia ter sido mostrada de outra forma. 


Pobres Criaturas / Foto: Searchlight Pictures

Voltando ao lado positivo do filme, uma das conversas mais significativas que Bella tem, assim como no filme da Barbie, é com uma mulher idosa chamada Martha, interpretada por Hanna Schygulla, que não parece estar chocada nem estranhar a forma com que a Bella ve o mundo, na melhor forma de 'duas pessoas falando a mesma língua'. A personagem idosa não se espanta com Bella falando de sexo de forma tão livre, ela dá livros pra Bella ler e isso eu gostei demais de ver em tela. É difícil ver filmes onde mulheres falam tão abertamente sobre o assunto e sobre os corpos delas dessa forma. 

É incrível ver como Bella progride conforme ela vai observando o mundo ao redor dela e passa a questionar porque não pode ter amigos, segundo o 'amante' dela (Mark Ruffalo) e conforme ela vai lendo e se educando, ela percebe como ela merece mais do que ficar presa à aqueles homens. 

O final é muito forte pois vemos uma mulher que não precisou de ninguém pra se salvar, mas que pode sim contar com o apoio de vários amigos e familiares ao longo do caminho. Bella se construiu e reconstruiu como personagem e eu acho que essa temática, bem conto de fadas às avessas, foi excelente. 

 NOTA: 9/10

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CCXP 2023 | Mattel confirma presença com estande próprio e loja exclusiva

 

Por Victoria Hope

A Mattel, uma das maiores e mais conhecidas fabricantes de brinquedos do mundo, confirma sua presença com uma área inédita na décima edição da CCXP, o maior evento de cultura pop do mundo. O espaço, assinado pela agência MKT House, foi desenvolvido para surpreender os visitantes, apresenta todo o universo das marcas Barbie, Hot Wheels e He-Man e os Mestres do Universo com locais icônicos para fotos memoráveis e outras atividades para o público. 

Além disso, o espaço da Mattel, pela primeira vez, apresenta uma loja dedicada à venda de lançamentos e produtos exclusivos. “Em um ano tão especial para a Mattel, participar de um evento como esse, é uma forma de trazermos as nossas marcas para mais perto dos fãs. Estamos ansiosos para mostrar as nossas principais novidades no maior evento de cultura pop do mundo e surpreender todos os visitantes com o poder de brincar para todas as idades”, afirma Miguel Ángel Torreblanca, diretor da Mattel na América Latina.

Após tomar o mundo em uma verdadeira sensação no cor-de-rosa, a próxima parada de Barbie será na CCXP com espaço inspirado no live-action de sucesso da boneca mais famosa do mundo. A festa estará completa com espaços exclusivos de franquias como Hot Wheels, que trazem a emoção das pistas direto para o galpão do São Paulo Expo e do super-herói He-Man e os Mestres do Universo, com direto a uma verdadeira viagem pelo túnel do tempo com um pequeno pedaço de Eternia, mundo em que se passa a franquia nostálgica. 

Barbie/ Foto: Warner Bros. Pictures

Durante o evento, a área de Mattel contará com uma agenda cheia de atividades como encontro com influenciadores, anúncios de novos brinquedos e talks especiais, além de brindes exclusivos que serão distribuídos no local.

Fãs e colecionadores podem vibrar também com a oportunidade única de conseguir comprar pela primeira vez no Brasil itens de colecionadores na loja exclusiva do estande: Mattel Creations, que ainda contará com lançamentos únicos na feira.

A história da Mattel está repleta de marcas e brinquedos icônicos que moram em nossos corações. Para a sua primeira participação na CCXP, reunimos diversos universos da marca em um só lugar, o que chamamos de Mattelverse. Nele, a definição de “adulto” ou “criança” não existe mais. A ordem é se divertir, independentemente da idade. Para navegar em cada um desses universos únicos e mágicos, os visitantes devem passar pelos portais do Mattelverse, que os leva para espaços com lógicas e construções completamente distintas – desde o espaço Hot Wheels, que trará a sensação de estarmos em uma de suas pistas, passando pela área de Barbie, com diversos cenários e itens do filme para as pessoas interagirem, até um espaço exclusivo do Masters Of The Universe, no qual os visitantes podem se apossar do trono do Esqueleto e tirar uma foto divertida diante da sombria Montanha da Serpente”, conta Claudia Rocha, CEO na MKT House.

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Festival Varilux 2023 | Memórias de Paris

Por Victoria Hope

Memórias de Paris de Alice Winocour é talvez um dos filmes mais relevantes para o momento mundial que estamos vivendo nesse exato momento, então a estreia dele no Festival Varilux desse ano, que terminou nessa quarta (22), foi muito bem vinda.

A trama se passa em um dos momentos da vida real que marcou para sempre a vida dos franceses há alguns anos. Para quem não se lembra, No dia 13 de novembro de 2015, Paris foi abalada por uma série de ataques terroristas coordenados e a boate Bataclan foi o alvo mais proeminente, mas vários restaurantes também foram vítimas e nesse caso, a diretora Alice Winocour foi diretamente afetada por esses acontecimentos, pois seu irmão sobreviveu à explosão do Bataclan. 

O filme é baseado em um ataque fictício a um restaurante chamado “L’Etoile d’Or” por homens armados naquela noite fatídica.  A trama acompanha Mia (Virginie Efira), que estava jantando sozinha quando o ataque começou. Seu parceiro, que é médico, estava no hospital enquanto isso, sem saber que  Mia estava em perigo e nesse meio tempo, vemos ela tentando se proteger do ataque e é impossível não sentir o coração vir à boca. 

O que aconteceu no restaurante antes e durante o ataque assombra Mia por um bom tempo, afinal, o que ela passou foi um verdadeiro pesadelo que ninguém deveria passar e só de pensar que isso aconteceu na vida real com o Bataclan e outros locais, faz um frio correr pela espinha. 


Memórias de Paris/ Foto: Divulgação

Após alguns meses tentando lidar com o trauma em um grupo de autoajuda de sobreviventes, todos se reúnem no reformado “L’Etoile d’Or”, mas será que ela realmente está pronta para encarar aquele local que quase acabou com sua vida e a vida de  centenas de pessoas? Entre os sobreviventes está Thomas (Benoit Magimel), um financista que comemorava seu aniversário naquela noite fatídica e rapidamente os dois personagens começam um relacionamento. 

Mesmo com a situação tensa que passou no passado, quem está na mente de Mia um imigrante africano (Amadou Mbow) que segurou a sua mão antes dela desmaiar durante o ataque e esse é o único conforto que ela teve naquele dia, então decidida, ela, com ajuda de Thomas, se reúnem para encontrar o rapaz que a confortou e o que encontram é um dilema que abrange a Paris do direito dos brancos europeus e dos imigrantes negros no país.

Apesar do filme abordar temas e subtramas demais, Winocour fez uma trama que  acerta ao mostrar um pouco da dor constante, tanto física quanto mental, que um ataque terrorista cria nas vítimas. O uso frequente de flashbacks do que aconteceu no restaurante antes e durante o ataque dá uma ideia de como os acontecimentos traumáticos assombram a existência de Mia, mas ao mesmo tempo, o filme examina como a protagonista lida com essa temática e se cura gradativamente,

Memórias de Paris não é um documentário em termos de representar a dor que um ataque terrorista pode causar, mas é uma visão perspicaz, cuidadosa e sensível sobre um ataque terrorista, focando nas dores de seus sobreviventes e em quem 'consegue se curar' e quem precisa seguir em frente por não ter escolha e isso é um grande acerto. 

NOTA: 9/10

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Festival Varilux 2023 | Conduzindo Madeleine

 

Por Victoria Hope

Line Renaud é uma cantora e atriz francesa muito querida, cuja vida se estende pela maior parte do século passado. Colocá-la para um papel de protagonista aos 93 anos com certeza foi um desafio, deve ter mas nitidamente, Driving Madeleine de Christian Carion, foi construído para se ajustar ao ritmo da atriz e não o contrário.

O filme está em cartaz no Festival Varilux de Cinema Francês que termina hoje (22) em diversas cidades brasileiras. Voltando ao longa, foi excelente ver como o longa prezou pelo conforto de Renaud, pois Ela fica sentada no banco de trás de um táxi durante a maior parte do tempo, contracenando com o maravilhoso Dany Boon enquanto ele a conduz por Paris.

Na trama, Charles (Boon), um homem de meia-idade, está endividado, o que o torna ainda mais mal-humorado do que qualquer taxista parisiense médio. Ele atravessa a cidade até uma casa em um subúrbio arborizado onde ninguém atende. Ele toca a buzina e Madeleine (Renaud) liga do outro lado da estrada, dizendo que não é surda. Ela olha com tristeza para a casa fechada, sugerindo que esta pode ter sido a casa de sua família – há muito tempo.


Conduzindo Madeleine / Foto: Festival Varilux

Ela pede a Charles que a leve para o outro lado de Paris e mesmo frustrado, mas por precisar de grana extra, o motorista aceita. Inicia-se então uma viagem que inesperadamente, mudará o significado da vida de ambos protagonistas para sempre. 

Esse formato é tão simples, mas ao mesmo tempo, muito certeiro para as pessoas se identificarem com os personagens, principalmente para quem está acostumado com o ritmo frenético da cidade, mas ainda assim, aprecia uma boa conversa com motoristas de taxi. 

Durante esse percurso, ambas as vidas são mudadas para sempre e é incrível ver os paralelos e toda a simbologia dos personagens, representando talvez um encontro entre a velha Paris e a nova Paris, e de que forma a vida das mulheres mudou com os anos. A atuação entre Line e Dany é um deleite por si só e carrega o filme com muita elegância e ao mesmo tempo, uma boa dose de humor também é bem-vinda.

NOTA: 8.5/10


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CCXP 2023 | Warner Bros. Pictures anuncia painéis com presença de estrelas de seus próximos lançamentos

 

Por Victoria Hope

A Warner Bros. Pictures acaba de anunciar a programação de seus painéis mais que especiais na CCXP23, que acontece entre os dias 30 de novembro e 3 de dezembro, no espaço São Paulo Expo. Com a seleção estelar de atores, atrizes e diretores de Aquaman 2: O Reino Perdido, Evidências do Amor, Duna: Parte 2, Furiosa e Godzilla e Kong: O Novo Império, o público poderá ver de perto seus astros favoritos e conhecer em primeira mão novidades sobre os mais aguardados lançamentos de 2023 e 2024 nos cinemas, com apresentações interativas, conteúdos exclusivos e muitas surpresas.

Para abrir os painéis em grande estilo, na quinta-feira (30), Sandy, estrela da aguardada comédia romântica Evidências do Amor, ao lado do diretor do filme, Pedro Antônio, vão conversar com os fãs sobre a produção nacional da Warner Bros. Pictures, que estreia em 2024 nas telonas de todo o país. Na sequência, Anya Taylor-Joy, Chris Hemsworth e o grande cineasta George Miller vão ocupar o Palco Thunder para a primeira apresentação mundial do aguardado Furiosa, longa que vai estrear no Brasil em 23 de maio de 2024. O filme conta a história da jovem Furiosa, que cai nas garras de uma grande horda de motoqueiros, liderada pelo Senhor da Guerra Dementus, e precisa sobreviver a grandes desafios para encontrar e trilhar o caminho de volta para casa.

Elenco de Aquaman terá painel do domingo / Foto: Warner Bros. Pictures

Já no domingo (3), os fãs poderão conferir três painéis diferentes. O próximo capítulo do Monsterverse, da Legendary, Godzilla e Kong: O Novo Império, reúne o todo-poderoso Kong e o temível Godzilla para lutar, juntos, contra uma colossal e misteriosa ameaça à existência dos próprios titãs e do planeta, escondida em nosso próprio mundo. O diretor do filme que estreia em 11 de abril de 2024, Adam Wingard, vai conduzir os fãs à Terra Oca e muito além.

O mais novo capítulo da épica obra-prima de Denis Villeneuve, Duna, que levou mais de meio milhão de pessoas aos cinemas brasileiros e arrecadou cerca de R$ 10 milhões em bilheteria em 2021, é a próxima atração. No painel de Duna: Parte 2, da Warner Bros. Pictures e Legendary, os atores Timothée Chalamet, Zendaya, Austin Butler e Florence Pugh, e o diretor Denis Villeneuve, vão subir ao palco para falar sobre a produção e dar ao público um vislumbre do filme que chega aos cinemas em 29 de fevereiro.

E para fechar o show de forma épica, o próprio Aquaman, Jason Momoa, ao lado dos atores Patrick Wilson e Yahya Abdul Mateen II, e o diretor James Wan, vão levar os fãs de Atlântida às profundezas geladas do Reino Perdido e além, com um mergulho profundo na produção de Aquaman 2: O Reino Perdido, da DC, que estreia em 21 de dezembro nos cinemas.  

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A icônica Brasília Amarela é a estrela do pôster de Mamonas Assassinas: O Filme

 

Por Victoria Hope

A famosa Brasília Amarela da canção “Pelados em Santos”, que marcou a carreira da banda Mamonas Assassinas, estampa o pôster da cinebiografia Mamonas Assassinas: O Filme, que estreia exclusivamente nos cinemas no dia 28 de dezembro. Várias gerações foram e ainda são impactadas por esta banda icônica que, apesar da curta carreira, se transformou em uma das maiores expressões musicais e culturais da história do Brasil.

Divulgado há 15 dias, o trailer do filme teve um desempenho fora do comum. Além de alcançar os trending topics do Twitter, a divulgação da peça na imprensa rendeu comentários inusitados e apaixonados dos fãs, que estão ansiosos pela estreia do filme. No YouTube e nas redes sociais, o trailer já alcançou mais de 10 milhões de visualizações, demonstrando a potência da banda ainda hoje.

O quinteto queria ser uma banda de rock progressivo e se transformou no grupo irreverente que até hoje é um expoente da cultura pop no Brasil. A banda ganhou notoriedade na década de 90 com a originalidade de suas letras, da sua performance nos palcos e a qualidade musical dos seus integrantes. Seu primeiro e único disco foi mixado em Los Angeles, no melhor estúdio da época, vendendo mais de 3 milhões de cópias em 7 meses. Até hoje, milhões de pessoas no Brasil e no mundo ouvem mensalmente Mamonas Assassinas nas plataformas digitais.

Mamonas Assassinas: O Filme / Foto: Imagem Filmes

A história dos meninos de Guarulhos será contada pela primeira vez nos cinemas em em Mamonas Assassinas: O Filme. Dirigido por Edson Spinello, produzido pela Total Entertainment, coproduzido pela Mamonas Produções, Claro e distribuído pela Imagem Filmes, o filme promete emocionar e divertir novas e antigas gerações, revivendo os clássicos “Pelados em Santos”, "Vira-Vira", "Robocop Gay" e tantos outros sucessos.

O vocalista Dinho é interpretado por Ruy Brissac, que já fez o papel do cantor no musical sobre a banda. O quinteto conta ainda com Beto Hinoto, interpretando seu tio Bento, guitarrista da banda; Rhener Freitas interpreta o baterista Sérgio Reoli; Adriano Tunes faz o baixista Samuel Reoli; e Robson Lima interpreta Júlio Rasec, responsável por teclado, percussão e vocais na banda.

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ID_BR anuncia abertura das inscrições para o Prêmio Sim à Igualdade Racial de 2024

 

Por Victoria Hope

O Instituto Identidades do Brasil (ID_BR), organização sem fins lucrativos, pioneira no Brasil e comprometida com a aceleração da promoção da igualdade racial, anuncia a abertura das inscrições para a 7ª edição do Prêmio Sim à Igualdade Racial. O prêmio anual tem como propósito celebrar pessoas negras e indígenas, empresas e iniciativas que se destacam na luta pela igualdade racial no Brasil no ano de 2023. Com o compromisso inabalável do ID_BR em promover a igualdade racial, o evento em 2024 será o maior já realizado, que já em 2023 impactou aproximadamente 80 milhões de pessoas.

Em sua nova edição, o Prêmio Sim à Igualdade Racial atualiza o escopo do reconhecimento para 12 categorias, dez delas são: Arte em Movimento, Raça em Pauta, Influência e Representatividade Digital, Educação e Oportunidades, Intelectualidade, Inspiração, Liderança, Trajetória Empreendedora, Comprometimento Racial e Destaque Publicitário, além de duas categorias de homenagens: Liderança Internacional e Antirracismo Ambiental. Qualquer pessoa, organização ou empresa podem se indicar ou serem indicados, reconhecendo suas notáveis contribuições para a promoção da igualdade racial.

Valorizando a riqueza da diversidade brasileira, o Prêmio Sim à Igualdade Racial busca ampliar e reconhecer líderes e iniciativas antirracistas em todas as regiões do país. O Prêmio, que é transmitido pelo canal Multishow desde 2018, passa a ser transmitido também em rede nacional pela TV Globo. Em 2024, a premiação será gravada em maio, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro e transmitida também em maio na TV Globo.

Luana Génot e Tom Mendes no palco do Sim à Igualdade Racial 2023 / Foto: Divulgação

As inscrições para o Prêmio Sim à Igualdade Racial 2024 já estão abertas e se encerram em 5 de dezembro. Durante esse período, o ID_BR convida a todos a se unirem nesta importante iniciativa para destacar e honrar aqueles que fazem a diferença na luta contra o racismo. Toda e qualquer pessoa pode realizar uma indicação por meio do site Link

"Mais do que dizer não ao racismo, nós dizemos ‘Sim à Igualdade Racial’, ‘sim às melhores práticas antirracistas’, ‘sim às iniciativas inspiradoras’. Nós acreditamos no poder de celebrar conquistas, histórias e iniciativas antirracistas para impulsionar mudanças reais em grande escala", diz Luana Génot, fundadora e diretora-executiva do ID_BR. "Ao destacar os esforços das pessoas e organizações que lutam pela igualdade racial, esperamos criar um impacto duradouro e inspirar outros a se envolverem constantemente e ativamente nessa importante causa”, destaca a fundadora.

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Shaking The Bar | Drinques, empreendedorismo e muita competição. Conheça o novo reality do Sony Channel!

 


Por Victoria Hope

Quem nunca sonhou em ter seu próprio bar! Em ‘Shaking The Bar’, novo reality show do Sony Channel, os melhores bartenders do Brasil competem por um investimento que vai possibilitar que abram seu próprio bar. O canal exibe o programa com exclusividade semanalmente, toda terça, às 23h.

Apresentado por Facundo Guerra, um dos empresários mais influentes da noite paulistana, ‘Shaking The Bar’ também conta com um júri de especialistas em coquetelaria: Alê D’Agostino, que já foi eleito pela Veja Comer e Beber como Bartender do Ano e é fundador da Apothek Cocktails & Co, e Michelly “Mia” Rossi, eleita pela Folha de S. Paulo em 2019 como a melhor bartender de São Paulo.

Confira três motivos para provar ‘Shaking The Bar’:

1. Sirva-se com empreendedorismo on the rocks

Shaking The Bar’ é um reality show que vai além dos prazeres de um bom drinque: a competição mostra ao público o processo por trás da criação e gestão de um bar de sucesso.

Na atração, os participantes são testados como potenciais donos de um negócio, enfrentando desafios de empreendedorismo desde a concepção da ideia, marketing, finanças e logística até a montagem final do empreendimento. Cada episódio conta com convidados especiais, especialistas do mercado, que dão dicas aos bartenders e ajudam o apresentador na avaliação de tais habilidades na busca pelo bar perfeito.

Entre as participações especiais estão nomes como Fátima Pissarra, CEO da Mynd, e Carol Paiffer, CEO da ATOM S/A e investidora no Shark Tank Brasil, atração de sucesso do Sony Channel, atualmente no ar em sua oitava temporada.

2. Que vença o melhor!

Como toda boa competição, os episódios de ‘Shaking The Bar’ são recheados de surpresas e fortes emoções, com cada participante fazendo de tudo para não ser o eliminado da semana. Em uma disputa de alto nível, o programa desafia 14 bartenders de vários estados do Brasil e o vencedor leva um prêmio de R$ 500 mil para começar o seu próprio bar.

Além dos desafios de empreendedorismo, os competidores rivalizam em provas de coquetelaria, que testam sua capacidade e criatividade na concepção e desenvolvimento de drinques. A avaliação técnica fica por conta de Alê D’Agostino e Michelly “Mia” Rossi, renomados especialistas em mixologia que integram o júri fixo da atração.

3. E nada como um bom drinque…

Negroni, cosmopolitan ou dry martini? Em ‘Shaking The Bar’, o público tem a chance de ver de perto e aprender como os drinques clássicos são feitos por diferentes profissionais da coquetelaria.

Os competidores são constantemente testados e desafiados a ressignificar bebidas já conhecidas e renomadas, além de apresentarem drinques autorais para os jurados e a audiência. Com muita técnica, os participantes precisam provar que dominam a combinação dos ingredientes, a diversificação e intensificação de sabores, aromas e texturas, proporcionando uma experiência degustativa única.

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Kinoplex inicia venda antecipada de ingressos para o filme Renaissance, da Beyoncé

 

Por Victoria Hope

Para delírio dos fãs de música pop, o Kinoplex já iniciou a venda antecipada de ingressos para o aguardado filme "Renaissance". O longa-metragem é focado na turnê mais recente da artista e ícone global, Beyoncé, e que dá título à produção. As exibições do documentário vão ocorrer a partir do dia 21 de dezembro, e os valores dos ingressos serão a partir de R$30,00 nas salas comuns e R$40,00 na Platinum.

O longa retrata a jornada da Renaissance World Tour, desde a sua criação até a estreia em Estocolmo e o show final em Kansas City, Missouri. Além disso, aborda todo o trabalho duro da cantora, seu envolvimento em todos os aspectos da produção e o propósito de perpetuar o seu legado. Com uma mistura envolvente de música e visuais deslumbrantes, o filme promete ser uma experiência inesquecível para todos os que se aventurarem a vivenciá-lo nas telonas do Kinoplex.

Os ingressos podem ser adquiridos nas bombonieres dos cinemas e nos terminais de autoatendimento, além do site do Kinoplex. Ao comprar as entradas, o cliente também pode acumular pontos para trocar por ingressos e pipoca grátis, basta estar cadastrado no programa de benefícios Kinoplex+. E para quem quer assistir a esse e outros grandes lançamentos a um preço acessível, o Kinoplex também oferece o Kinopass, um passaporte de cinemas com ingressos a preços especiais. Clientes dos bancos Pan e BTG Pactual pagam meia-entrada em todas as sessões.

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CCXP 2023 | Outback é o restaurante oficial da 10ª edição e antecipa cardápio exclusivo para todo Brasil

 

Por Victoria Hope

Para celebrar os 10 anos de CCXP, o Outback trará todo seu Bold Flavour em mais uma edição! Pela 4ª edição consecutiva, o Outback Steakhouse é o restaurante oficial da CCXP e, desta vez, com uma novidade: os produtos desenvolvidos exclusivamente para o evento estarão disponíveis antecipadamente em todos os restaurantes da marca pelo Brasil, já a partir do dia 21 de novembro.

 “Temos apostado no universo geek como uma plataforma poderosa para aumentar a proximidade com nossos consumidores que são fãs de cultura pop e games. Nos últimos anos, parte dessa estratégia esteve alinhada com ativações especiais com times de eSports, desenvolvimento de conteúdos relacionados ao tema, participações nos maiores eventos do segmento e desenvolvimento de produtos que se conectem diretamente com eles. Em 2023, um ano tão emblemático para a CCXP, não poderíamos deixar de elevar a celebração a nível nacional. Será marcante para nós também. De norte à sul do país, nossos clientes poderão provar itens exclusivos que, a princípio, disponibilizaríamos apenas no evento”, comenta Renata Lamarco, Diretora Sênior de Marketing e Vendas da Bloomin’ Brands Brasil.

A partir do dia 21 de novembro, serão três novas opções de burgers, que estarão disponíveis nos restaurantes e delivery da marca, além de um mocktail especial, que poderá ser encontrado com exclusividade nos restaurantes.

Dentre as novidades, está o Pixel Burger Master Bacon (R$55,00), um burger de 200g, servido no pão australiano, com fatias de queijos tipo cheddar e tipo ementhal, fatias de bacon, maionese verde e a Smoked Mayo do Outback. Para quem quiser variar na proteína, o Pixel Burger Chicken Flame (R$45,00) é o burger overpower do frango empanado característico da marca e conta com dois chicken fingers no pão tipo brioche, fatias de queijo tipo cheddar, picles, maionese de alho e o molho Flame. Já o Pixel Burger Plant (R$50,00) será para os geeks vegetarianos. O Plant Burger 100% vegetal vem no pão australiano, com cebola roxa, fatias de queijos tipo cheddar e tipo ementhal, maionese verde e a Smoked Mayo. Todos eles acompanham batata chips e, no restaurante, o acompanhamento é de escolha do cliente.


Bloomin' Onion / Foto: Outback

Quanto à bebida, vendida com exclusividade nos restaurantes, o Bold Spell Potion (R$25,00)será a alquimia perfeita entre o doce e o cítrico, com Ginger Ale (refrigerante de gengibre), suco de limão, xarope de mojito e butterfly tea. O cliente precisa misturar a poção mágica no copo para ver uma magia de cores invadir o drink. Imperdível!

Visitantes vão encontrar muita diversão no stand da marca!

Além destes itens especiais do cardápio, que estarão disponíveis nas unidades da marca pelo Brasil e em seu estande de 460m² na CCXP, o Outback preparou outras novidades. Durante os quatro dias do maior evento de cultura pop do mundo, os geeks que precisarem de uma pausa deliciosa ou que quiserem se divertir com uma das atrações da marca, poderão se aventurar em uma “guerra de colheres”

Os itens icônicos nos parabéns cantados nos restaurantes, ganham uma versão gigantesca em que os ataques valem pontos e quem derrubar primeiro o oponente na piscina de Chocolate Thunder leva a vitória e poderá retirar um brinde especial na drop machine – que variam de vouchers para consumo nos restaurantes após o evento, até itens exclusivos da marca. Para acompanhar a participação do Outback Steakhouse na CCXP, siga o perfil da marca no Instagram.

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Serviço: CCXP

Data: de 30 de novembro a 3 de dezembro

Local: Expo São Paulo - Rodovia dos Imigrantes, 1,5 km - Vila Água Funda, São Paulo - SP, 04329-900

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Série ‘Brigitte Bardot’ já está disponível no site do Festival Varilux de Cinema Francês

 

Por Victoria Hope

Brigitte Bardot”, série biográfica de grande sucesso na TV e Netflix francesa sobre o ícone do cinema dos anos 50, poderá ser vista em todo o Brasil pelo site do Festival Varilux de Cinema Francês. Inédita, a produção com seis episódios de 52 minutos ficará disponível gratuitamente pelo período de um mês: entre 22 de novembro e 22 de dezembro. Basta entrar no site e a partir da home page clicar na imagem em destaque ou na lista de filmes: Assista aqui

Brigitte Bardot, uma das mais aclamadas atrizes do cinema francês, inspirou a 14ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês programado em mais de 50 cidades em todo Brasil desde 9 de novembro. A série narra a ascensão da atriz na França do pós-guerra, entre 1949 e 1959 – dos seus 15 até os 25, desde a sua educação rigorosa até quando se transforma numa femme fatale, rumo ao estrelato internacional. Codirigida por Danièle e Chistopher Thompson, um dos destaques da produção é caracterização de Julia de Nunez por sua semelhança com Bardot - a jovem atriz de 23 anos integrou a delegação artística do festival no início do mês para debater sobre a obra e sua personagem com o público das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

Realizado em mais de 50 cidades de todo país, o Festival Varilux de Cinema Francês segue presencialmente até amanhã, 22 de novembro, nas salas de cinema. São 19 filmes da recente cinematografia francesa, premiados ou participantes de festivais internacionais, além da série e de dois clássicos sobre Brigitte Bardot. Para ter acesso à programação completa da edição, com informações sobre as cidades participantes, salas de cinemas e horários de todas as sessões, basta acessar o site do festival: Varilux 2023

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Besouro Azul estrelado por Xolo Maridueña e Bruna Marquezine chega à HBO Max em 17 de novembro

 

Por Victoria Hope

Besouro Azul estreia na HBO Max no dia 17 de novembro, como parte das estreias exclusivas da franquia Do Cinema para Sua Casa da plataforma, que lança os filmes de maior bilheteria da Warner Bros.

 O longa-metragem marca a primeira vez que o super-herói aparece nas telonas. O filme, dirigido por Ángel Manuel Soto, é estrelado por Xolo Maridueña no papel principal e seu alter ego, Jaime Reyes, e traz a brasileira Bruna Marquezine em seu primeiro papel em Hollywood, como Jenny Kord.

Jaime Reyes, recém-formado, volta para casa cheio de aspirações para o futuro, apenas para descobrir que sua casa não é mais a mesma de antes. O destino intervém quando, inesperadamente, Jaime se encontra na posse de uma antiga relíquia da biotecnologia alienígena: o Escaravelho. Quando Scarab escolhe Jaime como seu simpático hospedeiro, ele recebe uma incrível armadura com poderes extraordinários e imprevisíveis, mudando para sempre seu destino ao se tornar o super-herói Besouro Azul.

Juntando-se a Maridueña (Cobra Kai) estão Adriana Barraza (Rambo: Last Blood, Thor), Damian Alcázar (Narcos, Narcos: Mexico), Elpidia Carrillo (Mayans M.C., Predator), Bruna Marquezine (Maldivas, Deus Salve o Rei), Raoul Max Trujillo ( filmes Sicario, Mayans M.C.), a vencedora do Oscar Susan Sarandon (Monarch, Dead Man Walking) e George Lopez (as franquias Rio e Os Smurfs). O filme também é estrelado por Belissa Escobedo (American Horror Stories, Hocus Pocus 2) e Harvey Guillén (O que fazemos nas sombras).

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Zack Snyder vem à CCXP pela primeira vez: diretor fará primeira exibição mundial de seu novo filme Netflix, Rebel Moon

 

Por Victoria Hope

Chegou o momento que os fãs tanto aguardavam. No ano em que a CCXP celebra uma década, a Netflix anuncia a primeiríssima participação do diretor Zack Snyder e da produtora Deborah Snyder na convenção. Os atores Sofia Boutella, Djimon Hounsou, Ed Skrein, Michiel Huisman, Ray Fisher, Charlie Hunnam, Staz Nair e E. Duffy também se juntam a eles em São Paulo. Todos participarão de um painel único para o lançamento da nova aventura épica de Snyder, o filme Netflix Rebel Moon.

Confirmado para sexta-feira, 01 de dezembro, às 18h, no Palco Thunder, o painel vai transportar os fãs direto para o universo deste que é o maior projeto da carreira do cineasta, em um show inesquecível que inclui a primeira exibição global de Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo, um espetáculo visual repleto de ação.

As surpresas não param por aí: fora do painel, os fãs poderão desvendar e vivenciar Rebel Moon por meio de experiências imersivas todos os dias da CCXP 2023, com réplicas hiperrealistas do filme. Conheça a lua Veldt, que é ponto de partida da trama; experimente uma bebida no bar de Providence; interaja com criaturas e personagens do filme; conheça uma das naves da saga; veja os figurinos originais da produção; e ganhe brindes exclusivos. 

Rebel Moon/ Foto: Netflix

Ah, e quem comparecer à CCXP também poderá adquirir produtos Rebel Moon inéditos desenvolvidos por parceiros como Iron Studios e FanLab, que terão ativações exclusivas do novo filme Netflix em seus estandes. Calma, tem mais. Já pensou se você pudesse estrelar Rebel Moon? Pela primeira vez na história da CCXP, a Netflix vai levar os fãs para dentro do trailer do filme por meio de uma tecnologia desenvolvida especialmente para a ação. A experiência será similar à vivida pelos atores no próprio set de filmagem, e o resultado é um trailer personalizado com você como a mais nova estrela de Rebel Moon (e de Zack Snyder). 

Conhecido por sucessos do cinema como 300, O Homem de Aço e Army of the Dead: Invasão em Las Vegas, o diretor Zack Snyder levou 20 anos para criar toda a mitologia e o universo Rebel Moon, com novos planetas, luas, línguas, criaturas e, claro, novos heróis. O filme é dividido em duas partes, com estreia da primeira no dia 22 de dezembro de 2023, e da segunda em 19 de abril de 2024, na Netflix. 

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Festival Varilux 2023 | Bardot | Minissérie

 


Por Victoria Hope

Uma das produções que faz parte do cronograma oficial do Festival Varilux 2023, é Bardot, minissérie francesa estrelada por Julia de Nunez, atriz que veio ao Brasil para coletiva de imprensa e roda de conversa pós exibição.

A produção conta com seis episódios de 52 minutos o início da carreira da atriz francesa até a ascensão ao estrelato. Codirigida por Danièle e Christopher Thompson, a série estreou em 2023 na televisão francesa e traz Julia de Nunez, artista franco-argentina, no papel principal. O elenco também conta com Victor Belmondo, Hippolyte Girardot e Géraldine Pailhas.

É muito interessante, enquanto mulher, analisar como a jovem Bardot iniciou de certa forma uma revolução sexual na França, apenas para lutar para que seu papel não caísse apenas nisso, mas a série faz um bom trabalho em analisar todo esse aspecto, traçando paralenos com o culto à celebridade que a cerca. 

'Bardot', traça a vida da estrela francesa na década de 1950, desde sua primeira audição aos 15 anos até sua explosiva estreia no cinema internacional, E Deus Criou a Mulher à sua atuação no forte longa 'A Verdade', de Henri-Georges Cluzot, em 1960.

Revisionismos à parte, a série tenta focar no aspecto psicológico por trás da estrela, mais do que focar no fato de que ela se tornou um sex symbol aos olhos da sociedade. O fato dela ter se tornado um objeto de desejo, anos depois traria consequências que até mesmo hoje, a indústria do cinema causa na carreira de diversas outras atrizes no mundo inteiro.

A performance de Julia de Nunez é de uma elegância e leveza ímpares e é na atriz que os bons momentos da série se encontram. Os dois episódios que assisti me encantaram e me deixaram com a vontade de assistir mais, porém, como todo biopic, é claro que ele apresenta leves problemas quanto a veracidade de alguns fatos, mas ainda assim, a produção acerta ao mostrar que mais do que um símbolo, Bardot foi uma mulher apaixonada e liberta, que desafiou as regras da sociedade sem medo, mesmo com um pai superprotetor e uma sociedade que tentava ditar quem ela era de verdade.

NOTA: 8/10

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Papo com Julia de Nunez, atriz que viveu Brigitte Bardot em minissérie biográfica

 


Por Victoria Hope
Durante essa semana, teve início o Festival Varilux de Cinema Francês, que acontece até o dia 22 de novembro em diversos cinemas espalhados pelo Brasil e um dos títulos que faz parte da programação especial é 'Bardot', minissérie biográfica francesa estrelada por Julia Nunez, que retrata a história da atriz e modelo Brigitte Bardot.

Na série, acompanhamos a história e ascensão de Brigitte Anne-Marie Bardot, mais conhecida como Brigitte Bardot ou BB, uma das poucas atrizes não americanas a receber notoriedade internacional em sua carreira durante sua época. 

Entre as carreiras de canto, modelo e atuação, Bardot marcou para sempre uma geração de mulheres entre a década de 1950 e 1970, carregando um legado como símbolo da moda. Conhecendo seu lado artístico e também seu lado mais pessoal, a história de Bardot recebe um novo olhar. Durante o Festival Varilux, tivemos a oportunidade de conversar com a brilhante jovem atriz que a interpretou e abaixo você confere um pouco dessa conversa.

Bardot / Foto: Festival Varilux, Divulgação

Amélie: Como foi interpretar esse ícone que foi Brigitte Bardot e de qual forma ocorreu o processo de casting? 

Julia: Eu pareço com ela (risos), mas falando sério agora, eu poderia responder essa questão tão ampla de várias maneiras, mas quero contar um pouco sobre o processo do casting. Todos tem uma visão muito pré concebida no imaginário da Brigitte Bardot, dela com aquela voz meio arrastada, aquele ar, aquele andar meio sensual. 

Quando eu comecei a trabalhar na produção, tive um coach de interpretação com quem fiz muitas sessões na mesa, durante a leitura do roteiro e eu comecei a fazer aquela 'vozinha' da Bardot e o coach me disse: 'Não, não é isso o que eu quero. O que eu quero não é que você imite Bardot, eu quero trabalhar a psicologia dela. Ou seja, você vai se colocar no lugar dela nos acontecimentos que ela viveu e trazer para você, quanto atriz.

Eu comecei então a sentir coisas, até coisas que nunca senti antes e que nunca vivi e chorei e foi aí que percebi que comecei a passar da terceira pessoa e aí eu comecei a usar Brigitte Bardot como primeira pessoa, 'eu', e aí é como se eu estivesse entrando no cérebro dela pouco a pouco e foi um processo longo e muito bonito.

Amélie: Nos bastidores da série durante as filmagens, qual foi o momento que mais te marcou?

Julia: Mais do que uma cena em particular nos bastidores, eu quero falar de uma amizade que criei com Oscar Lesage, que interpretou Jacques Charrier. Realmente foi muito divertido trabalhar com ele porque ele estava sempre de cinza, com um visual meio 'triste', e só acontecia desgraça na vida do personagem, ele era bem depressivo, 'cortava as veias', depois ele estava na ambulância, mas eu morria de rir porque como sou amiga de Oscar, tudo acabava virando uma piada interna entre nós dois. Isso foi o que mais me divertiu nos bastidores das filmagens; 

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Festival Varilux 2023 | Making Of

 

Por Victoria Hope

Com o final de todos os protestos da WGA e da Sag-Aftra recentemente e o tema de questões sindicais da indústria, 'Making Of' prova ser uma obra extremamente relevante para esse momento do cinema. O filme teve sua estreia no Festival de Veneza esse ano e vai entrar em cartaz no Festival Varilux de Cinema Francês a partir dessa semana.

No filme de Kahn, Simon (Denis Podalydès), um famoso diretor francês, enfrenta uma série de adversidades ao tentar concluir a filmagem de seu novo filme, que narra a história de um grupo de trabalhadores que lutam para evitar que a fábrica em que trabalham seja realocada. 

Making Of” é, essencialmente, uma história sobre a indústria cinematográfica. É por meio de Joseph (Stefan Crepon), que a trama ganha vida. Joseph é encarregado de trabalhar documentando toda a produção do filme, gravando desde entrevistas com o diretor até reuniões sobre os rumos das filmagens. Através dele, o filme também cria subtramas que exploram as relações entre os membros da equipe de filmagem. 

Pessoalmente, acredito que o longa poderia entrar um pouco mais a fundo na questão política por trás dos acontecimentos, tendo em vista o que o mundo inteiro tem presenciado com as últimas greves no mundo real, mas ainda assim, o longa faz um bom trabalho em mostrar a importância daqueles que trabalham nos bastidores, revelando que a magia do cinema, na verdade só é 'mágica' nas frentes das telas mesmo, pois por trás dela, existem trabalhadores exaustos, trabalhando incansavelmente, em condições precárias, em nome da arte e em nome da indústria.

Falando da direção, essa sim é um show parte, em alguns momentos mostrando cenas de tirar o fôlego. fazendo com que o público imagine estar na pele daqueles personagens. Questões como o ego, o medo e ao mesmo tempo o sonho de lutar por um ideal maior, são os pontos fortes desse longa, que tem muito a trazer para uma reflexão maior, apesar de que poderia se beneficiar com um aprofundamento maior sobre a temática das greves.

NOTA: 8/10

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Entrevista com Baya Kasmi, a hilária diretora da comédia O Livro da Discórdia

 Por Victoria Hope

Na comédia 'O Livro da Discórdia' de Baya Kasmi, Youssef Salem tem 45 anos, é descendente de uma família de imigrantes argelinos e vive em Paris onde se dedica à escrita. Após uma série de contratempos, ele decide escrever um romance parcialmente autobiográfico, inspirado na sua juventude e em particular nos tabus que rodeiam a sexualidade no ambiente onde cresceu. 

Na trama, o livro provoca um debate público apaixonado, mas também gera uma tensão no seio da sua família, que Youssef tentará manter unida o melhor que puder. Com tantas produções mais recentes que abordam a temática da sexualidade o tabu em torno dela, 'O Livro da Discórdia' é uma bela surpresa que deixa um quentinho no coração ao abordar o lado familiar de toda a questão, afinal, muita gente vai se identificar com a história de Youssef e sua família. 

Durante o Festival Varilux, a hilária diretora Baya Kasmi veio ao Brasil para divulgar o longa, que estará em cartaz até o dia 22 de novembro nos cinemas e nossa equipe teve a oportunidade de bater um papo com ela sobre sexualidade, tabus, família e comédia!

O Livro da Discórdia / Foto: Festival Varilux, divulgação

Amélie: O filme é uma ótima comédia que toca em diversos tabus. De onde surgiu a ideia para explorar esses temas no filme?

Baya: Eu queria partir dessa ideia do romance que partiu de Adão e Eva, tipo, 'coma a maçã tóxica'.  (risos). É verdade que nas culturas magrebina e mulçumanas, onde a religião tem uma importância muito grande, as questões de homossexualidade e casamento podem criar tensões e as pessoas tem essa tendência de ter essa vida escondida dos pais. Claro que isso é universal, porque muitas comunidades e países tem esses questionamentos próprios das religiões também,

Amélie: Em um momento, todos os filhos decidem jogar um caminhão de segredos em cima da coitada da mãe entregando um momento absolutamente cômico. Como foi filmar essa cena? 

Baya: Foi muito emocionante e engraçado porque todos os atores já passaram por alguma situação assim na vida e eles estavam com medo de chocar Noémie Lvovsky, a atriz que interpreta a mãe, com isso. Mas todos se emocionaram, todos tiveram vontade de chorar quando a irmã começou a falar, se criou um 'incômodo' que eu nem precisei dirigir, porque ele simplesmente surgiu (risos).

Amélie: Como foi o processo de casting?

Baya: Eu trabalhei com uma diretora que gosto muito e para alguns personagens eu já sabia, principalmente o protagonista interpretado por Ramzy. Eu escrevi esse personagem para ele e antes eu já tinha feito dois filmes com ele. 

Tive essa ideia há sete anos, conversei com o Ramzy e ele apoiou e aceitou logo de cara. Demorou um tempo porque eu estava sem produtora na época, mas fiquei muito feliz que ele me apoiou desde o começo e isso me ajudou demais. Aí quando eu finalmente encontrei a produtora, ele gravou o filme comigo.

Já a família, para criar esse núcleo, o processo demorou um pouco mais, porque foi se colocando uma pessoa após a outra. Por exemplo, a irmã na cena do carro, é irmã da vida real de Ramzy e ela é muito engraçada, mas ela também não se parece muito com ele (fisicamente) e eu precisava compor a família com algumas semelhanças, por uma questão de energias mesmo, pessoas com energias muito forte como a irmã e o padeiro e também um lado mais intelectual como o da outra irmã e do próprio Ramzy, então foi um jogo de inspiração, onde construímos tudo como um lego (risos), encaixando as peças pouco a pouco.

Amélie: Falando sobre tabus principalmente relacionado à sexo. Quem está online, é nítida a percepção de que a geração mais nova hoje, especificamente a geração Z, aparenta hoje ter muito mais puder relacionado à questões quanto a sexualidade ou até mesmo o pudor de gerações mais antigas. O que pensa sobre isso? 

Baya: Concordo, é a volta da religião como instituição. A França é um país com uma cultura católica muito forte, vimos isso quando houveram aquelas manifestações contra o casamento homoafetivo, pois eles, os católicos, foram para as ruas para impedir isso. E na minha cultura magrebina e mulçumana, já estamos na terceira geração.

A primeira geração que nasceu lá na França e é filha dos imigrantes magrebinos, sofreu muitas humilhações, então a segunda geração já tentou se libertar disso, mas agora a terceira, já está demonstrando querer voltar às tradições, querendo demonstrar um pertencimento maior à cultura, ou seja, uma volta aos costumes mais tradicionais e até mais radicais. Eles são minoritários, mas existe aquele pensamento de 'Ah, só porque eu nasci na França, porque eu preciso ser francês?'

Eu tenho uma amiga de uma filha que em uma obsessão e é interessante, porque ela usa véu, mas os pais dela, as mulheres da família dela, já não usam, então a gente nota essa volta e essa 'rebeldia' contra os pais, mas de uma forma diferente. Mas essa amiga da minha filha, veio assistir ao filme na estreia e foi engraçado que em alguns momentos, ela mesmo não concordando com algumas coisas ditas no filme, o filme criou esse espaço de conversa e de discussão com ela e as amigas, então isso é muito interessante.

Fizemos uma exibição do filme no bairro onde ele foi filmado no sul da França, perto de Marseille. É uma comunidade com muitos magrebinos e muitos mulçumanos. Quando eles estavam assistindo filme, alguns até desviaram os olhos em alguns momentos, mas isso é ótimo, porque isso provoca as pessoas à olharem para si mesmos. 

Amélie: E qual é a lição que o público vai poder levar do filme para a vida?

Baya: A liberdade de escolher falar ou não a verdade, a liberdade de fazer tudo como se deve ou nada como se deve (risos). Uma família unida, mesmo que na cozinha tenha uma briga, onde todo mundo berra e fala as piores coisas uns pros outros, ela se mantém unida.

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Entrevista com Bruno Chiche, diretor do sensível drama familiar francês Maestro(s)

 

Por Victoria Hope

Em 'Maestro(s)' sensível e poderoso longa de Bruno Chiche, que conta com Yvan Attal, Pierre Arditi, Miou-Miou e Caroline Anglade, acompanhamos maestro Denis Dumar  que ganhou mais um prêmio nas Victoires de la Musique Classique, evento anual de premiação de música clássica francesa. Logo em seguida, seu pai, François – um brilhante maestro de renome internacional – recebe um telefonema anunciando que foi escolhido para reger a orquestra do Teatro Scala de Milão. 

Sendo esse seu maior sonho, ambos vibram com a notícia. Porém, Denis rapidamente se desilude ao descobrir que, na verdade, ele é quem foi escolhido para ir à Milão, e não seu pai e é a partir desse momento que os conflitos começam.

Durante o Festival Varilux de Cinema Francês, o diretor Bruno Chiche conversou com a nossa equipe sobre família, música e sobre 'Maestro (s)', que está em cartaz no festival que acontece até 22 de novembro em diversos cinemas espalhados pelo Brasil!

Maestro (s) / Foto: Divulgação, Festival Varilux 2023

Amélie: Muitos filmes relacionados ao universo da música tocam no tema da obsessão e da busca pela perfeição. Como foi dirigir esse longa que permeia também o universo musical? Você acredita que Maestro (s) navega também toca nessa 'ferida'? 

Bruno: O sentido da vida para ambos pai e filho (no filme), é a música e os dois são obsessivos, então sucessivamente eles tem um conflito por conta disso. Mas a proposta na verdade não foi tanto sobre música e sim sobre uma relação entre pai e filho, em um momento onde o filho recebe uma proposta que é o sonho do pai, então essa trama poderia ter sido trabalhada de várias formas.

Ambos poderiam ser dois cirurgiões, dois atores e não necessariamente maestros, mas eu gosto muito de música clássica e no começo, o pai e o filho eram professores de história, mas eu tenho uma amiga que comentou 'Que estranha essa relação entre o pai e o filho, porque isso aconteceu com alguém da minha família e os dois são maestros!' A partir daí eu retomei o roteiro e transformei em uma história que permeava o mundo da música.  

Amélie: Falando sobre o relacionamento complicado familiar. O filho está vivendo o sonho do pai, mas como o pai se sente nessa situação? Pois como pai, ele tem orgulho, mas ao mesmo tempo, é o sonho pessoal dele. 

Bruno: Eu sou ao mesmo tempo filho e pai, então é engraçado você trazer essa questão, justamente porque o filme mostra o ponto de vista do filho. Eu penso, como pai, que posso dizer que sou artista, por exemplo e posso dizer que estou sempre com medo pelo meu filho e eu acho que o pai no filme, que é interpretado pelo Pierre Arditi, está com medo também e tem um momento que ele verbaliza isso.

Eu acho que toda essa relação complexa entre o pai e o filho no filme é o ponto central, por conta de um certo medo que o pai sente não do filho, mas pelo filho, entende? Porquê o pai sabe do que ele é capaz, mas ele não 'confia' muito no filho. Ele não sabe se o filho pode encarar essa profissão tão difícil. Tudo isso acaba em uma atitude um pouco complexa, pois ao mesmo tempo em que ele ama o filho, ele tem medo do filho fracassar, mas ao mesmo tempo, ele tem um pouco de ciúmes também, portanto eu acho que o eixo disso é o medo.

Outro fator também é que a geração desse pai, desse maestro, é diferente, pois era uma geração que costumava estudar muito, fazer estudos de música muito puxados, eram muito rigorosos, já a geração do filho é mais despojada, mais instintiva e isso o pai não gosta, ele acha que não é a maneira correta de se fazer música.

O interessante é que tem um conflito dentro de cada um. O filho está quase recusando esse papel na escala por conta do pai. Ele reflete 'será que eu devo ir? Eu não quero matar o meu pai (de desgosto)'. Então o protagonista tem esse conflito interior. E tem o conflito desse pai que quer ser o 'número um', mas o dilema maior cai mesmo sobre o filho.  O pai poderia até ter essa vontade de ver o filho realmente ter todo esse sucesso, mas ao mesmo tempo, ver o filho alcançar tudo isso marca o fim da carreira dele, porque vem nova geração, então de certa forma, ele se sente empurrado na morte.

Amélie: No começo você comentou que a vida de ambos os personagens é a música. E para você, o que é música?

Bruno: A música para mim é o tempo inteiro. Eu sou bastante angustiado como muitas pessoas nessa profissão, com certa angústia e a música me acalma, é como uma 'droga' (risos). Mas depois da filmagem, confesso que enjoei um pouco de música clássica. Aí comecei a escutar jazz e depois voltei pra música clássica (risos).

Amélie: Quais são as três lições que a audiência poderá levar para a vida com 'Maestro (s)'

Bruno: Uau...Essa pergunta é difícil. Para os jovens, acho importante gostar do que faz e fazer o que gosta. A segunda lição seria ter certeza de que está num momento da vida onde você possa sempre manter a curiosidade viva. Ser curioso nesse mundo é importante, porque perder a curiosidade é o maior risco e a terceira é beber uma boa cairpirinha (risos)!

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Um papo sobre a dramédia francesa O Renascimento com o diretor Rémi Bezançon

 


Por Victoria Hope

Na dramédia 'O Renascimento',  o dono de uma galeria de arte, Arthur Forestier representa Renzo Nervi, um pintor em plena crise existencial. Os dois homens sempre foram amigos e, apesar de todos os contratempos, o amor pela arte os une. Sem inspiração há vários anos, Renzo gradualmente afunda em um radicalismo que o torna incontrolável. Para salvá-lo, Arthur desenvolve um plano ousado que acabará testando sua relação. Até onde você iria pela amizade?

Durante o Festival Varilux desse ano, tivemos a oportunidade de entrevistar o diretor do filme, Rémi Bezançon, e ter uma conversa descontraída sobre arte, propósito amizades e como retomar as redes da vida quando perde-se uma inspiração. Vale lembrar que o filme está em cartaz no Festival Varilux de Cinema Francês desse ano, com sessões até o dia 22 de novembro em cinemas espalhados pelo país.

O Renascimento / Foto: Festival Varilux, divulgação

Amélie: Como foi o processo de casting, porque a sintonia dos dois em tela foi incrível: 

Rémi: Eu não acredito em improviso, não sou muito fã disso, então tudo o que acontece, esta no roteiro, mas é claro que os dois atores, ilarios, tiveram excelente quimica e fizeram o filme funcionar

Amélie: Todo artista já perdeu a 'musa' em algum momento da carreira, isso aconteceu com você? 

Rémi: Olha não perdi uma musa, mesmo porque é algo diferente entre um pintor e um diretor de cinema, mas sim, já passei por um momento bem tenso onde fiquei 'travado' e isso não foi nada bom. Durou por um tempo, mas felizmente eu consegui recuperá-la e voltar a criar e dirigir novamente. 

Amélie: Como foi gravar com esses dois brilhantes atores e tocar nessa temática da depressão que assolava o artista plástico?

Rémi: Bom, foi muito interessante porque o tema aborda a arte, a depressão, a tragicomédia disso tudo. Eu falo tragicomédia justamente por conta da depressão que é abordada, você ri, mas também vai se emocionar em alguns momentos, provavelmente porque vai se identificar com a amizade dos dois em algum momento. 

O Renascimento/ Foto: Festival Varilux, divulgação

Amélie: Em um momento do filme, um dos personagens diz algo muito marcante: 'Faz se arte quando não se sabe fazer mais nada. O que pode dizer sobre essa frase? 

Rémi: Foi interessante você dizer isso porque essa é minha cena favorita do filme, porque é sobre isso, é a tragicomédia do artista que está depressivo. Você percebe como ele está deprimido quando vê ele menosprezando a própria arte. É claro que temos também a questão da saúde dele se deteriorando e dos problemas de memória também surgindo, mas essa é a ironia. 

Quando você está prestes a perder tudo, o pessimismo toma conta e é isso que acontece com Renzo e é a partir desse momento que Arthur vê que precisa 'resgatar' o amigo de alguma forma. É interessante como eles entram num novo universo de artes porque o mais importante pra ele é ser visto. Ser artista definitivamente é uma escolha.

Amélie: Qual a lição que você vai levar para a sua vida com O Renascimento?

Rémi: Não necessariamente uma lição, pois eu fiz o filme, mas eu fiquei muito feliz de ter abordado a temática do mercado da arte e de como as obras de arte em algum momento se tornam uma especulação. As artes estão trancafiadas em cofres em Dubai e ninguém vê. Para mim, é importante que uma pintura seja vista.

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