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[Review] Titane

 

Por Victoria Hope

Titane, um dos filmes que mais gerou polêmica durante o Festival de Cannes2021, levando para casa o maior prêmio da noite, a Palma de Ouro, chegou ao Brasil nessa semana durante a 45ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. [Atenção, este artigo contém spoilers] 

Dirigido pela brilhante Julia Ducournau, Titane, estrelado por Agathe Rousselle e Vincent Lindon, é mais do que um filme de terror corporal típico, pois vai muito além, apresentando uma trama que revive uma discussão muito real e atual, mesmo que usando de artifícios da ficção e gore para abordar a temática. 

Na trama, conhecemos Alexia, uma dançarina que no passado, durante a infância, sofreu um grave acidente de carro e precisou implantar uma placa de titânio na cabeça, mas os problemas começam quando após adulta, a placa de titânio faz a mulher desenvolver desejo sexual por carros, b em como despertar seus instintos mais violentos. 

Alexia / Neon Films

Pesado e grotesco, Titane é o último filme que qualquer um imaginaria recebendo a Palma de Ouro, mas a partir do momento que o público entende a crítica que está sendo feita, tudo se torna mais fácil e o peso se torna ainda maior. 

Seguindo a história de nossa protagonista, Alexia é uma dançarina sensual apaixonada, de forma literal, por carros e sendo uma das favoritas da noite, ela é uma exímia dançarina, que aproveita sua fama, para encurralar casais e matá-los, pois a placa de titânio em sua cabeça não apenas a deixou com apetite sexual por carros, mas também fez com que ela se tornasse extremamente violenta, criando gosto por assassinar pessoas por todos os lados.

Mas nem tudo são flores na vida de Alexia, que após ter uma noite de amor com seu próprio carro (sim, nossa protagonista realmente faz sexo com seu próprio carro no banco de trás), tudo começa a dar errado, pois surge uma gravidez inesperada.

Titane / Neon Films

A partir desse momento, a história se torna cada vez mais bizarra, pois com a gravidez, a protagonista se torna ainda mais violenta e num descuido, acaba sendo pega enquanto tentava assassinar mais um casal inocente.

Assustada, Alexia foge de sua cidade, quebra o próprio nariz, raspa seus cabelos e assume uma nova identidade: Adrien, um garoto adolescente que havia fugido de casa. Convenientemente, um homem chamado Vincent Legrand (Vincent Lindon), estava em busca de seu filho desaparecido e esse foi o momento perfeito para Alexia assumir essa nova identidade, se passando pelo filho perdido desse rapaz. 

Sem desconfiar inicialmente, Vincent aceita o garoto de braços abertos, acreditando que este é o jovem que havia desaparecido há anos atrás. Fora do radar da polícia, Alexia, que no passado tinha uma péssima relação com seu pai, acaba encontrando nesse estranho, uma nova figura paterna.

Titane / Neon Films

Mais do que a temática de um futuro onde humanos e máquinas possam se fundir, gerando novos hibridos, Titane toca na ferida das leis de direitos reprodutivos não apenas de mulheres, mas de qualquer pessoa que possa carregar um filho dentro de seu corpo.

Em tempos onde protestos como 'meus corpo, minhas regras' retomam força após diversas medidas de leis retrógradas que retornaram nesse ano ao redor do mundo, a diretora trás um longa que se preocupa em demonstrar a importância da escolha e como, mesmo sem querer, uma pessoa grávida, no fim, acaba sempre tendo que ceder, afinal, seu corpo "não é mais dela", aos olhos da sociedade.

Alexia nunca quis um bebê e enquanto Adrien, passa a sentir ainda mais raiva pela criatura que carrega em seu ventre, mas no fundo, mesmo após tentar interromper a gravidez diversas vezes, sabe que seu destino já está traçado. Vale lembrar que a personagem usa o nome Adrien, mas em nenhum momento diz se identificar como homem trans (apesar do filme usar diversas alegorias relacionadas à pessoas trans). 

Diretora e elenco de Titane em Cannes / Festival de Cannes 2021

Essa fluidez de gênero Alexia / Adrien, não é o que faz do personagem o vilão ou ser violento, pois Alexia sempre foi assim. A suposta identidade trans do personagem não é utilizada aqui como piada ou artifício para justificar as coisas ruins que o protagonista faz.  

Titane não é um filme para qualquer um, contém diversos gatilhos, principalmente relacionados a gravidez, disforia e horror corporal, mas é uma produção que aborda, de forma extremamente artística, a mensagem de que pessoas precisam ter autonomia por seus corpos.

Desde o acidente ou até mesmo antes, Alexia nunca teve autonomia sobre seu próprio corpo e em um mundo dominado por homens cis heteronormativos, onde mulheres e carros são objetos de desejo, Titane subverte o tema de forma curta, só para ao final, voltar para a mensagem cruel e esperada de tramas que seguem essa linha, de que nunca foi uma escolha da pessoa e nunca será enquanto as pessoas (ou objetos) em posição de poder, continuarem a usar pessoas e corpos para seu prazer. 

Nota: 8/10

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WarnerMedia | Mundo Bita irá produzir conteúdos originais para América Latina

 

Por Victoria Hope

Vem aí muitas novidades para os pequenos nessa nova temporada. A WarnerMedia América Latina, por meio da divisão Kids&Family, acaba de fechar parceria com o Mundo Bita, fenômeno infantil brasileiro, criado pela produtora de conteúdo Mr. Plot, para oferta de conteúdos da marca e produção de uma nova série original para o Brasil e América Latina.

A estreia do Mundo Bita no universo WarnerMedia Kids&Family acontece no dia 29/11, com o "Show do Bita: Especial 10 anos", primeiro conteúdo da franquia disponível com exclusividade pela plataforma de streaming HBO Max. O acordo prevê ainda oferecer clipes musicais nas plataformas da WarnerMedia, além da produção de conteúdos originais.

"Essa conquista faz parte do nosso comprometimento em levar para nossa audiência conteúdos brasileiros de alta qualidade. Acreditamos que Mundo Bita vai fortalecer ainda mais o nosso portfólio com a sua força, levando às famílias todo o brilho de suas músicas e animações ", comemora Jessica Bishop, Head de Aquisições da WarnerMedia Kids &Family para América Latina.

Mundo Bita / Divulgação

"O Mundo Bita tem muito o que produzir de conteúdo inédito no futuro próximo, em diversos formatos, com inúmeros assuntos para ajudar no desenvolvimento saudável e solidário das crianças. Contar com as plataformas WarnerMedia para reverberar tantas mensagens positivas é uma forma de estar mais perto das famílias, tanto no Brasil quanto nos países da América Latina", completa Chaps Melo, cantor e compositor do Mundo Bita.

Com mais de 100 clipes disponíveis, mais de 8 milhões de inscritos no Youtube, 30 parceiros em licenciamento e 2,9 milhões de produtos vendidos, Mundo Bita é um dos fenômenos absolutos entre crianças de 1 a 5 anos que agora vai estar disponível nas plataformas da WarnerMedia Kids&Family.

Mundo Bita combina canções, cores, aprendizado e diversão. Tudo feito com amor para que crianças e adultos possam brincar e crescer juntos. Venha se divertir com os amigos de Bita, também em breve na WarnerMedia América Latina. Este mundo também é seu!

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The Many Saints of Newark chega à HBO Max em novembro

 

Por Victoria Hope

Esse momento é nosso! Após uma longa espera, The Many Saints of Newark chega à HBO Max em 5 de novembro, 22 anos após a estreia de Família Soprano, uma das séries mais icônicas da plataforma.

Esta prequela segue os altos e baixos da família do crime DiMeo ao longo dos anos 1960 e 70 e traça a origem do grande Tony Soprano em sua adolescência. Um fato relevante é que o papel de James Gandolfini no filme é interpretado por seu filho, Michael, que consegue replicar perfeitamente Tony e, assim, celebrar seu pai inesquecível.

Família Soprano continua sendo uma das séries mais importantes da HBO Max, conteúdo vencedor de vários prêmios que deu nova vida ao gênero da máfia, humanizando um líder criminoso, inteligente e brutal, que precisava ir à terapia para lidar com as contradições das duas vidas que ele estava vivendo: o da família e o da máfia de Nova Jersey.

The Many Saints of Newark / HBO Max

The Many Saints of Newark dará aos fãs da série a oportunidade de aprender sobre os momentos e as circunstâncias que levaram Tony Soprano a ter e administrar seu próprio império, enquanto crescia preso em um mundo complicado e violento e tentava decidir qual caminho seguir na vida, aquele que trata dos negócios da família (envolvendo seu tio) ou o que o afasta totalmente do seu destino.

O filme foi escrito pelo criador original da Família Soprano, David Chase, e dirigido por Alan Taylor, que ganhou diversos Emmys de Melhor Diretor de Série Dramática por suas constantes colaborações em Família Soprano, Mad Men: Inventando Verdades e Game of Thrones. 

A produção é estrelada por Alessandro Nivola ("Desobediência", "Trapaça"), Leslie Odom Jr, vencedor do Tony ("Hamilton" da Broadway, "Assassinato no Expresso do Oriente"), Jon Bernthal ("Em Ritmo de Fuga", "O Lobo de Wall Street"), Corey Stoll ("O Primeiro Homem", "Homem-Formiga"), Michael Gandolfini ("The Deuce"), Billy Magnussen ("A Noite do Jogo", "A Grande Aposta"), Michela De Rossi ("Garotos Choram", a série de televisão "The Rats"), John Magaro ("Horas Decisivas", " Música e Rebeldia"), bem como Ray Liotta, vencedor do Emmy ("Shades of Blue: Segredos Policiais" da televisão, "Os Bons Companheiros") e Vera Farmiga, indicada ao Oscar ("Amor Sem Escalas", "Invocação do Mal").

DO CINEMA PARA SUA CASA: THE MANY SAINTS OF NEWARK é parte da oferta da HBO Max que tem filmes da Warner Bros. disponíveis sem custo adicional, apenas 35 dias após seu lançamento teatral na América Latina.

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Lightyear | Spin off de Toy Story com Cris Evans ganha primeiro teaser

 

Por Victoria Hope

O infinito e o além nunca estiveram tão próximos. O primeiro trailer de Lightyear, filme spin-off de Toy Story foi lançado na última quarta-feira (27) e, além de deixar muita gente nostálgica, também já começou a quebrar vários recordes. Segundo o Deadline, o vídeo teve 83 milhões de visualizações nas primeiras 24 horas após o lançamento.

O número supera as estreias de Toy Story 4 (62 milhões), Soul (32 milhões) e Luca (28 milhões). O trailer também superou a marca de Eternos, que recebeu 77 milhões de visualizações em um dia. 

Com Chris Evans no papel principal, filme da Disney mostra origem do astronauta mais amado das animações e também lança um novo mistério para os fãs.  “Quando criamos o primeiro Toy Story, projetamos Buzz Lightyear com a ideia de que ele era um brinquedo baseado em algum personagem muito legal de um filme épico de grande sucesso. Bem, todos esses anos depois, decidimos fazer esse filme”, disse Pete Docter sobre o filme, em uma entrevista ao site Collider.

Confira abaixo as novas imagens e o teaser trailer:


Lightyear / Disney 

Lightyear / Disney

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The Tragedy of Macbeth | Filme estrelado por Denzel Washington e Frances McDormand ganha novas imagens

Por Victoria Hope

Mais um sucesso para a  A24? The Tragery of Macbeth, estrelado pelos vencedores do Oscar, Denzel Washington e Frances McDormand, o filme foi aplaudido de pé durante o Festival de Cinema de Nova York e recebeu 100% de aprovação no dia 26 de setembro. 

Nesse domingo (17), o filme ganhou mais um teaser oficial, revelando novas imagens dos personagens e da trama. Para quem não é familiar com a história, Macbeth é uma das principais peças de tragédias de William Shakespeare, que conta a história de um homem que lentamente perde a sanidade ao imaginar que todos ao seu redor estão em uma conspiração para matá-lo. 

Esperado como um dos grandes trunfos da A24 para esse ano e com fortes chances de muitas indicações ao Oscar no próximo ano, The Tragedy of Macbeth tem recebido críticas positivas, principalmente relacionadas às atuações, não apenas dos protagonistas, mas também de Kathryn Hunter, que interpreta as três bruxas icônicas da trama.

Denzel Washington é Macbeth / A24


O filme marca uma rara saída solo em direção de Joel Coen, que muitas vezes é considerado um dos maiores cineastas americanos ao lado do irmão Ethan Coen, que juntos dirigiram obras incríveis como o vencedor do Oscar, “Onde os Fracos Não Tem Vez” e “O Grande Lebowski”.

Segundo a sinopse, um homem escocês é convencido por um trio de bruxas que ele se tornará o próximo rei da Escócia, e apoiado por sua esposa, tem planos de tomar o poder, nem que para isso, haja derramamento de sangue. 

O filme da A24 vai estrear em alguns cinemas americanos neste natal, no dia 25 de dezembro, mas estará disponível mundialmente pelo streaming Apple TV+ em 14 de janeiro de 2022.

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Pranto Maldito | Terror colombiano checa à HBO Max em outubro

 

Por Victoria Hope

E como estão os preparativos para o Halloween? A HBO Max vai trazer um novo terror às vésperas da data. Dirigido por Andres Beltrán, o filme Max Original de terror inspirado na lenda colombiana de La Tarumama é estrelado por Andrés Londoño e Paula Castaño.

O filme colombiano Pranto Maldito será lançado na América Latina na sexta-feira, 29 de outubro, sob a marca Max Originals, honrando o compromisso de continuar agregando à plataforma histórias criadas e produzidas por talentos latino-americanos.

Inspirado na lenda colombiana de La Tarumama, Pranto Maldito conta a história de um casal que está se divorciando e que, na última tentativa de salvar o relacionamento, decide ir de férias com os filhos para uma cabana na floresta. Lá, a família é assombrada por memórias trágicas quando uma mulher começa a vagar pela floresta chorando por seu bebê perdido. A dor da figura fantasmagórica se aproxima cada vez mais da casa e as coisas saem rapidamente de controle quando tentam fugir e percebem que a saída está bloqueada.

Pranto Maldito/ HBO Max 

Pranto Maldito é estrelado por Andrés Londoño e Paula Castaño, e conta com a participação dos atores Alanna de la Rossa, Carolina Ribón, Jerónimo Barón, Mario Bolaños, entre outros talentos colombianos. O filme foi dirigido e co-escrito por Andrés Beltrán, com roteiro de Anton Goenechea; música de Felipe Linares e direção de fotografia de Juan Carlos Cajiao. 

A chegada desta história à HBO Max é somada ao recente anúncio da plataforma sobre o lançamento da série colombiana, MIL COLMILLOS; ambos sob o selo Max Originals. As duas produções, bem como os demais títulos latino-americanos já disponíveis na HBO Max, ampliam o espaço dos talentos locais no catálogo da plataforma, que estreou na América Latina e no Caribe no dia 29 de junho.

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Vitrine Filmes produz novo curta metragem de Anna Muylaerte e argumento premiado no Cabíria

Por Victoria Hope

Após uma década dedicada ao fomento e valorização do cinema brasileiro, a Vitrine Filmes investe em uma nova frente em 2021: a produção. “Vamos ampliar as vitrines. Desde o início, a Vitrine tem uma atuação muito próxima e diferenciada junto às produtoras. Com as mudanças do mercado audiovisual, vimos que era o momento de iniciarmos essa nova frente, trabalhando também na produção”, conta um dos diretores, Felipe Lopes.

Um dos projetos da Vitrine como produtora associada é o curta-metragem “O Nosso Pai”, de Anna Muylaert, uma produção da África Filmes. Estrelado por Grace Passô, Camila Márdila e Dandara Pagu, a trama retrata o atual cenário pandêmico. Depois de perder a mãe, vítima do Coronavírus, Marta busca apoio na casa de suas irmãs paternas, Fafá e Dandara, onde o luto se transforma em revolta.

Outro filme, ainda em fase de desenvolvimento, é o "Jogada Ensaiada", comédia romântica adolescente escrita por Marina Burdman e Luiza Conde, que recebeu nesta semana o Prêmio Cabíria 2021 de Melhor Argumento Infantojuvenil. Na trama Carol (15) vive debatendo os clássicos com o melhor amigo Pedro (15) e debochando da galera do esporte. Mas quando o coração faz TUM TUM por Alê (15), capitã do time de futebol da escola, as certezas de Carol são postas à prova. 

Anna Muylaert, diretora de "Nosso Pai" / Foto: África Filmes

- Vencer o Prêmio Cabíria com o Jogada Ensaiada é um sentimento maravilhoso. O projeto promove o ato revolucionário de sermos nós mesmas. Queremos mostrar como é bonito se apaixonar e entender a quantidade de versões diferentes de nós mesmas que convivem dentro da gente. E o Cabíria é um espaço que faz justamente isso pelas autoras mulheres: eleva nossas vozes e reitera incansavelmente a importância de nossas histórias - afirmam as roteiristas Marina Burdman e Luiza Conde.

- "Jogada Ensaiada" e "O Nosso Pai" são dois projetos extremamente necessários para o momento atual e é muito gratificante contribuir com a sua realização. Nosso diferencial é ter um olhar atento às possibilidades de distribuição desde as etapas anteriores de produção, o que nos permite alcançar nosso objetivo de dividir as histórias com o maior número de pessoas possível - comenta a coordenadora de produção e licenciamentos, Amanda Kadobayashi.

Cabíria Festival 2021 / Divulgação

Outros quatros filmes já estão em fase de desenvolvimento ou produção, são eles: “Justiça Sob Suspeita”, documentário de Maria Augusta Ramos; “Sensor de Ausência”, ficção de Thais Vidal;  “Hijas del fuego 2”, de Albertina Carri, "Perto da Meia Noite", de Maick Hannder ; "A Capa", de Felipe Novaes; e "Experiências Incômodas em Dias Nublados", de Diego Paulino

A nossa curadoria na produção seguirá a mesma linha de pensamento das nossas escolhas enquanto distribuidora, dando voz a causas fundamentais através da arte”, revela a diretora da Vitrine, Silvia Cruz. 

- A produção é um segmento que sempre tivemos muita proximidade na Vitrine, acompanhando e nos envolvendo nos projetos desde o desenvolvimento. Pensamos, acima de tudo, no conteúdo, então foi muito orgânica essa ampliação para atuar não apenas na comercialização, mas produzindo conteúdos. Acreditamos na união de forças com outras empresas produtoras para atuar em conjunto na realização dos filmes, seja pensando em soluções criativas, de financiamento e em todas as etapas referentes à realização das obras audiovisuais - declara Felipe

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Fear Fest 2021 | AMC apresenta nova edição do especial de horror

Por Victoria Hope

Quem já está se preparando para o Halloween, não pode deixar de conferir a programação especial promovida pela AMC nessa semana. A partir de amanhã (18), você vai poder conferir todos os seus medos em um só lugar.

O AMC apresenta a terceira edição da Fear Fest para os amantes do gênero de terror. De segunda a domingo, entre os dias 18 e 24 de outubro, você poderá conferir grandes sucessos cheios de emoções de arrepiar nas noites de programação.

Repleta de estreias, a Fear Fest 2021 também traz a estreia da sétima temporada da série “Fear The Walking Dead” e um episódio inédito da temporada final de “The Walking Dead: World Beyond”, na segunda-feira, 18/10.

Confira os destaques da edição:

Segunda-feira, 18 de outubro

Estreia: The Walking Dead: World Beyond, Segunda Temporada, episódio 3, às 22h

Após sua traição, Huck (Annet Mahendru) chega a uma situação precária. Enquanto se readapta à sua antiga vida, ela recebe um ultimato.

Estreia: Fear The Walking Dead, Sétima Temporada, episódio 1, às 23h

Após a destruição nuclear, Strand (Colman Domingo) prospera no novo mundo.

Terça-feira, 19 de outubro

Carrie, A Estranha, às 22h

Quando uma tímida adolescente passa a ser perseguida por um grupo de colegas e professores, e é impedida pela mãe de levar uma vida comum, poderes telecinéticos vem à tona, mudando a história da cidade.

Apocalipse, às 23h55

O thriller dirigido por Miguel Ángel Vivas (“Horas de Medo”), e nomeado a três prêmios, vencendo na categoria Melhor Performance em longa-metragem, do Young Artist Award, pela atuação de Quinn McColgan, no papel da jovem Lu, acompanha dois homens sobreviventes separados pelo ódio e uma criança, esquecidos por todos quando o mundo para.

Quarta-feira, 20 de outubro

Sobrenatural: Capítulo 2, às 22h

Quando Renai (Rose Byrne) e Josh Lambert (Patrick Wilson) estão prontos para retornar a suas, não suspeitam que Josh está possuído. A fim de derrotar as forças sobrenaturais que o cercam, Lorraine Lambert (Barbara Hershey) e seus amigos investigam o passado para salvar o futuro da família.

Quinta-feira, 21 de outubro

Legião, às 22h

Um grupo de estranhos em um restaurante empoeirado à beira da estrada é atacado por forças demoníacas, sua única chance de sobrevivência reside com um arcanjo chamado Michael (Paul Battany).

Os 13 Pecados, às 23h50

Quando um telefonema enigmático desencadeia um jogo perigoso de riscos para o jovem apostador, Elliot (Mark Webber), recompensas crescentes por completar 13 tarefas sinistras vão aparecendo.

Sexta-feira, 22 de outubro

Livrai-nos do Mal, às 22h

O filme acompanha um policial que lida com casos extremos e perigosos até se deparar com eventos sobrenaturais.

Sábado, 23 de outubro

O Massacre da Serra Elétrica 3D: A Lenda Continua, às 22h

Em 1974, numa pequena cidade no interior do Texas, uma criança escapa de um massacre sem nunca descobrir a verdade sobre seu passado. Já adulta, Heather Mills (Alexandra Daddario) é informada de que receberá uma herança de uma avó desconhecida. Para isso, ela precisa seguir à risca as instruções deixadas pela avó em uma carta, sem saber que um encontro com um assassino faz parte da recompensa.

Orgulho e Preconceito e Zumbis, às 23h45

A trama acompanha uma série de acontecimentos pitorescos na Inglaterra do século XIX. Adaptando o clássico de Jane Austen para um cenário onde uma misteriosa praga de zumbis assola o mundo, Elizabeth Bennet (Lily James), especialista em artes marciais e no manuseio de armas, está preparada para enfrentar os piores mortos-vivos. Mas o que a incomoda é saber que terá que lutar ao lado do arrogante Sr. Darcy (Sam Riley).

Domingo, 24 de outubro

Piranha 3D, às 22h

Quando as férias de primavera se tornam um rio de sangue após um tremor subterrâneo libertar centenas de peixes pre-históricos e carnívoros no lago Victoria, uma policial local, Julie Forester (Elisabeth Shue), une forças ao lado de um grupo de desconhecidos para destruir as criaturas vorazes.

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[Review] Midnight Mass

Por Victoria Hope

Mais uma vez Mike Flanagan dilacera corações e entrega um dos melhores projetos de terror dramáticos do ano em sua terceira produção com a Netflix. A minissérie Missa da Meia-Noite (Midnight Mass) é de longe a maior obra prima do diretor, que sem medo, mergulhou em aspectos mais sombrios de sua vida para contar uma história que subverte e renova totalmente o gênero.

Para recordar, o diretor e roteirista Mike Flanagan, é criador de outras duas produções aclamadas do streaming, como A Maldição da Residência Hill (The Haunting of Hill House) e A Maldição da Mansão Bly (The Haunting of Bly Manor).

Em Missa da Meia-Noite, acompanhamos a história dos habitantes de uma pequena ilha isolada e falida, que ao receberem uma visita inesperada de um jovem padre, passam a testemunhar milagres repentinos e aparições quase que 'divinas' nos arredores da ilha. 

Missa da Meia-Noite / Netflix 

Recheada de monólogos poderosos e momentos de introspecção, a série tem uma propõe uma análise sobre fé, morte, vida e outras questões filosóficas que nos fazem questionar, como humanos, qual é o nosso verdadeiro propósito. 

Talvez parte do público não consiga acompanhar esses diálogos, pois todos são muito longos e carregam um peso enorme, mas acredito que Missa da Meia-Noite é uma série que precisa ser assistida no momento certo na vida de quem está assistindo. É preciso estar no 'clima' para embarcar. 

Momentos de angústia, são postos à mesa em monólogos que fazem o público refletir, tudo isso graças ao trunfo do excelente roteiro de Mike Flanagan. Em momentos, a dor do criador da série é palpável., já que próprio comentou em entrevista ao Bloody Disgusting, que Missa da Meia-Noite, foi quase como uma terapia, que ele estava escrevendo há mais de 10 anos enquanto lutava para estar sóbrio.

Xerife Hassan e Joe / Netflix 

A minissérie toca em muitas feridas, principalmente relacionadas a religião e política, que nesse exato momento, também se cruzam na vida real. Flanagan aponta sem medo para a influência que valores retrógados tem em pessoas não informadas e como muitos estão dispostos a acreditar em mentiras, para dormir 'bem' a noite ou acreditar que são melhores que os outros. 

Joe, um dos personagens mais trágicos da trama, é um dos grandes exemplos das pessoas que a sociedade não quer enxergar e que mesmo que de forma indireta, desejam seu extermínio. Riley Flynn também apresenta ameaça, pois antes é tido como um exemplo da comunidade religiosa da ilha, mas após causar uma morte acidental de uma adolescente, passa a ser visto como mais um pária.

É incrível como Missa da Meia-Noite trabalha esses personagens renegados pela sociedade religiosa, como por exemplo, o xerife Hassan, que deixou da cidade grande para fugir do racismo e islamofobia, para ao final, acabar passando pelo mesmo na pequena ilha, assim como também a Dra. Sarah, que não é bem vinda na igreja por lésbica e Erin, por ser uma mãe viúva. Curiosamente, são esses personagens 'excluídos' pela sociedade, que ao final, são os verdadeiros heróis na trama. 

Leeza, filha do Prefeito e Ali, filho do Xerife / Netflix

Falar mais sobre o enredo seria um spoiler enorme e com certeza estragaria a experiência de quem ainda vai assistir a minissérie, mas um dos principais trunfos de Missa da Meia Noite, é a subversão total de temas explorados incansavelmente no cinema de terror e ouso dizer que a série é definitivamente um dos trabalhos mais 'Stephen King', sem ser obra do autor, que já vi. 

Vale dizer que é uma produção bem slowburn, ou seja, leva tempo para a trama engatar, mas todos esses momentos, todos os diálogos, fazem o ápice valer a pena, com um plot twist que ninguém esperava e que quando começa, com certeza fará você perder o fôlego.

Não existem performances fracas na série, aliás, todo o elenco está impecável, com destaques para Hamish Linklater, que interpreta brilhantemente o Padre Paul Hill e Samantha Sloyan, que entrega absolutamente tudo com a detestável carola Bev Keane. Sem dúvidas ambos mereciam indicação ao Emmy por esses papéis. 

Missa da Meia-Noite está disponível na Netfflix 

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Film&Arts | Novos episódios de Father Brown e Wallander iniciam clima investigativo na tela


Por Victoria Hope

Hora de preparar sua lupa e suas melhores vestes de detetive, porque chegam à programação do canal, novos episódios das séries investigativas “Father Brown” e “Wallander”. Confira as trapalhadas do carismático padre de Cotswold, e o cotidiano do melancólico policial que desvenda casos complicados de assassinato no sul da Suécia, nas noites de segunda e terça-feira, na faixa das 22h.

No episódio inédito de ‘Father Brown’, exibido na próxima segunda-feira, 18/10, e intitulado como “O dia mais escuro”, a morte inexplicada de um homem não identificado no cemitério de St. Mary exige uma investigação, mas tanto o padre Brown (Mark Williams) quanto o inspetor Mallory (Jack Deam) desapareceram sem deixar vestígios.

Wallander / Film&Arts

Já na terça-feira, 19/10, o Film&Arts reexibe o episódio “O Rei Negro”, da produção sueca “Wallander”. Na trama, um assassinato de uma mulher levanta suspeitas, mas Linda (Johanna Sällström), filha de Kurt Wallander (Krister Henriksson), não está convencida da culpa do suspeito. Para provar que está certa ela deve resolver este caso sozinha.

Father Brown” tem reprises todas as segundas-feiras, às 21h. Os episódios de “Wallander” são reexibidos todos os sábados, na faixa das 20h. As séries também podem ser vistas por meio das operadoras de VoD que oferecem o Film&Arts em sua programação.

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[Review] Venom: Tempo de Carnificina

Por Victoria Hope

Os cinemas retornam nesse final de semana  com grandes lançamentos para o grande público em São Paulo, mas nós aproveitamos o feriado anterior para assistir "Venom: Tempo de Carnificina", sequência do longa de 2018.

O primeiro filme não recebeu boas críticas devido ao humor mediano e visual inacabado, mas o segundo, apesar de não ser também uma obra prima, consegue superar o anterior em alguns motivos. Mesmo para quem estava com expectativas baixas, "Venom: Tempo de Carnificina", conseguiu divertir, pelo menos um pouco.

Na nova trama, o jornalista Eddie Brock (Tom Hardy) tenta seguir em frente após o término com a namorada e os eventos que o tornaram em um dos jornalistas mais famosos da cidade, porém, sem perspectiva de futuro e correndo para não ser pego pelas estranhas mortes que acontecem na cidade, Eddie se isola no apartamento, enquanto tenta ensinar seu simbionte, Venom, a não se alimentar de humanos.

Eddie e Venom / Sony Pictures

A dinâmica de casal de Eddie e Venom funciona muito bem e é ainda mais hilária do que no filme anterior, apesar de que grande parte dos momentos cômicos ficam por conta do simbionte, que aliás, carrega muito da personalidade hilária do vilão nos quadrinhos.

Mas em termos de enredo, apesar da comédia leve, o filme não consegue encontrar o meio termo e deixa a desejar em diversos aspectos. A história em alguns momentos soa até mesmo bobinha e não vai a lugar nenhum, apesar da clara evolução de Eddie, que aos poucos, passa a aceitar quem é.

Um dos grandes problemas do filme cai nos braços justamente do pouco tempo de tela dos protagonistas, com uma trama que se perde no meio do romance entre os vilões Cletus (Woody Harreson) e Shriek, que dominam as cenas e cortam espaço até mesmo do próprio Carnage 

Shriek / Sony Pictures

As poucas coisas que salvam o filme, além dos momentos cômicos de Venom, incluindo uma cena incrível numa boate, é a participação da vilã Shriek, que pode muito bem ter sido a personagem a introduzir o conceito de mutantes no MCU através desse filme.

Outra coisa que valeu a pena foi a cena pós-créditos que precisa ser assistida, então nem pense em sair da sala antes de conferir. Apesar de ser um momento legal, ele apenas fecha um filme que foi bem morno e que não mudou muita coisa na trama principal de Venom, a não ser pelos últimos segundos.

Nem mesmo a direção visionária de Andy Serkis conseguiu salvar a trama, o que é uma pena, mas esse filme com certeza vai agradar alguns fãs e desagaradar outros. Venom: Tempo de Carnificina já está disponível em todos os cinemas do Brasil.

NOTA: 7/10

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Darkside Books revela capa de Porco de Raça, livro de Bruno Ribeiro, vencedor do Prêmio Machado

 

Por Victoria Hope

A DarkSide, editora especializada em livros de terror e suspense, anunciou nessa semana, a pré-venda de "Porco de Raça", nova obra de Bruno Ribeiro, autor vencedor do Prêmio Machado Darkside de Literatura em 2020. Ao todo, foram mais de cinco mil inscrições e na categoria Romance/ Conto, o vencedor foi Bruno. (Foto de capa por Marcinha Lima)

Quão significativa foi essa vitória de um autor negro, em um Prêmio que leva em seu nome, uma das figuras mais importantes da literatura nacional, Machado de Assis? "Porco de Raça" da DarkSide® Books, é uma distopia humana visceral e repleta de horror e coloca o dedo na ferida e entrega uma narrativa transgressora que distorce e expande gêneros, unindo entretenimento a uma dura crítica social. 

No enredo, acompanhamos um professor negro, falido, preso a uma cadeia de acontecimentos inescapáveis que acabam por levar a uma jornada rumo a própria degradação física e psicológica. Um personagem kafkiano, com suas motivações, conflitos e traumas, vivendo em um país em transe. 

Porco de Raça / Darkside Books

Ao ser capturado e confinado, ele se vê obrigado a fazer parte de um ringue de lutadores formado por párias sociais, lutando com uma máscara de porco para deleite de espectadores da alta sociedade. Como define o autor, o romance é “um Esaú e Jacó da deep web”, em referência ao clássico de Machado de Assis em que irmãos com ideologias diferentes e visões de mundo contrárias encontram-se em eterno conflito.

Porco de Raça chega em uma edição ensanguentada para os leitores brasileiros, com capa dura, acabamento especial e ilustrações macabras de Wagner Willian, renomado artista e ganhador do Prêmio Jabuti com Silvestre (DarkSide® Books, 2019), uma parceria natural para artistas tão viscerais.

Porco de Raça / Darkside Books

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Sobre o autor: Bruno Ribeiro é escritor, tradutor e roteirista nascido em 1989, em Pouso Alegre, Minas Gerais, e que atualmente vive em Campina Grande, Paraíba. Autor de “Arranhando Paredes” (2014), traduzido para o espanhol pela editora argentina Outsider, “Febre de Enxofre” (2016), “Glitter” (2018), finalista da 1° edição do Prêmio Kindle e Menção Honrosa do 1° Prêmio Mix Literário, “Bartolomeu” (2019) e “Como Usar um Pesadelo” (2020). Mestre em Escrita Criativa pela Universidad Nacional de Tres de Febrero (UNTREF), venceu em 2020 o Prêmio Machado DarkSide com o romance “Porco de Raça” e também o Prêmio Todavia de Não Ficçã

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[Review] 007: No Time To Die

 

Por Victoria Hope

Chorar em um filme de James Bond nunca foi algo esperado tantos anos que acompanho essa franquia, mas "No Time To Die" recebeu o posto e conseguiu emocionar logo nos primeiros minutos de crédito embalados ao som de Billie Eilish, afinal, essa é mais uma Era que se acaba.

Após tantos adiamentos, devido a pandemia do Covid-19, "007: No Time to Die" finalmente recebe sua estreia mundial, marcando a despedida do espião mais amado de Londres, James Bond (Daniel Craig) e muitos outros personagens que marcaram a fase mais moderna da saga. 

O filme começa em clima romântico, com o casal James e Madeleine (Léa Seydoux), passando as férias de suas vidas na belíssima Riviera italiana, mas como era de se esperar, a vida do espião logo é posta em risco quando ele descobre que sua namorada esconde um segredo.

Madeleine e James / 20th Century Fox

Apesar da trama recheada de ação, o longa não deixa de passar a sensação que a trama poderia muito bem ser apenas um episódio de uma série e não uma despedida do personagem, mas apesar do ritmo frenético e alguns mistérios que acabam em conclusão, "No Time to Die", tem seus trunfos.

Duas personagens que ganharam destaque e em alguns momentos até mesmo dominaram as cenas ao lado de Craig foram as estreantes poderosas, Lashana Lynch, que no longa interpreta Nomi, a nova Agente 007 e Ana de Armas, que entrega uma hilária e habilidosa espiã cubana.

Muitos fãs antigos da saga, torceram o nariz para a escolha de Lashana, mas o filme, a todo momento demonstra que os tempos mudaram e que com Bond aposentado, surgiu a oportunidade da inclusão de uma agente tão excelente quanto o veterano. A interação entre ambos 007's durante as missões são um show a parte, afinal, ambos atores britânicos tem bom humor e carisma na medida certa. 

Nomi, AKA 007 / 20th Century Fox

Apesar do ritmo frenético e muita ação, diversas subtramas ficaram sem resposta ou sem solução, por exemplo, como a vingança do vilão Safin (Rami Malek), que ao final, não fez sentido algum, nem mesmo com o contexto apresentado constantemente em cena, fora perdas que acontecem sem nenhuma resolução definitiva e cenas que aconteceram rápido demais.

De longe, o filme não chega ao nível de seus antecessores, Cassino Royale e Skyfall, mas definitivamente é uma evolução de Spectre, que não foi muito bem recebido nem por fãs nem pela crítica especializada. 

Mesmo com esses detalhes, o filme não deixou de emocionar, afinal, Daniel Craig foi o Bonde de toda uma nova geração e seus momentos finais da série resumem completamente toda a essência do personagem e resumem que todas suas escolhas até então o levaram até ali. Impossível deixar os lencinhos de lado ao rolar dos letreiros, afinal, por mais de oito anos, estivemos ao lado desse personagem tão querido, hilário, poderoso e ao mesmo tempo, muito humano; Adeus, Bond. 

NOTA: 8.5/10

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