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[Review] Imaculada

 

Por Victoria Hope

Imaculada (Immaculate), produzido e estrelado por Sydney Sweeney (Euphoria), um dos filmes mais aguardados de terror do ano, teve sua estreia no festival SXSW 2024 e estreia na próxima semana, dia 29 de maio nos cinemas brasileiros, em sessão adiantada pela Diamond Films! 

O filme gerou burburinho no festival de cinema que aconteceu em março, por abordar temas polêmicos relacionados à religião. Essa não é a primeira vez que um filme com Imaculada aborda o tema, mas apesar de trazer diversos clichês já vistos em obras semelhantes, o filme acerta ao subverter a temática e ainda homenageia diversos dos grandes clássicos do terror, como Bebê de Rosemary.

Na história, Sydney Sweeney interpreta Irmã Cecília, uma jovem que sofreu um trauma relacionado à um grave acidente no passado e agora decide ir para um convento fazer seus votos para se tornar uma feira e cuidar de enfermos. Inicialmente, a moça tem a inocência de pessoas completamente guiadas pela fé, mas pouco a pouco, esse amor vai se tornando desconfiança conforme ela percebe que a vida no convento não é nada do que imaginava. 


Imaculada / Foto: Diamond Films

Conforme o filme segue em frente, conhecemos alguns personagens que vão marcar a história de Cecília, como uma jovem amiga que ela faz no convento, mas que sofrerá consequências fatais conforme a trama caminha, um padre que inicialmente parece bom demais para ser verdade e uma madre superior, que cuida do convento com mãos de ferro.

Quase todos parecem contentes com a chegada da noviça, porém, tudo muda quando misteriosamente, a garota que até então era tida como virgem, descobre estar grávida. Medo e desconfiança tomam conta do local, porém, tudo isso é tomado pela ideia de milagre instaurada por aquela comunidade, que passa a tratar a jovem como a verdadeira mãe da criança santa, que está prestes a voltar.

Sem saber o que realmente está acontecendo, Cecília, que sempre acreditou nos princípios da igreja, começa a ter sua fé abalada conforme interage com pessoas de lá que parecem ter outras intenções e esconder segredos que ninguém imagina. Sydney Sweeney dá um show de atuação em alguns dos momentos mais cruciais da trama e mostra justamente porque o papel é perfeito para ela, nesse conto, que essencialmente é feminista e ao mesmo tempo, conscientiza sobre os males da gravidez compulsória e também aponta o dedo na hipocrisia que toma conta do universo religioso quando fala-se do corpo da mulher.


Imaculada / Foto: Diamond Films

Apesar da trama interessante, o filme nunca vai à fundo na temática explorada, porém traz algumas cenas recheadas de pura tensão, que vão fazer o público perder o fôlego, além de entregar muitos sustos, mas é claro que esse clichê, poderia sim ter deixado de lado, afinal, as cenas de susto são tão constantes que eventualmente começam a cansar.

A única pena mesmo é que apenas nos minutos finais e em algumas cenas esporádicas, Imaculada consegue chamar atenção, principalmente nos quinze minutos finais. É claro que como todo filme de terror, o filme possui algumas cenas brutais de violência e sangue, mas muitas coisas acabam sendo deixadas de lado para que jumpscares tomem conta.

Temos personagens que aparecem sem explicações, como as freiras de máscaras vermelhas, que nunca são exploradas à fundo entre outros segredos que precisariam sim ser explicados para que o filme ganhasse profundidade, fora que, a grande revelação dos vilões da história, infelizmente acaba caindo num cliché que chega a lembrar filme B, com direito à vilão esbravejando seu plano 'maléfico'. No geral, tinha tudo para ser o terror da temporada, mas foi salvo apenas pelo gongo dos últimos minutos, com uma cena que ficará na memória de muitos apaixonados por terror. 

NOTA: 7.5/10

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