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Festival Varilux 2023 | Bardot | Minissérie

 


Por Victoria Hope

Uma das produções que faz parte do cronograma oficial do Festival Varilux 2023, é Bardot, minissérie francesa estrelada por Julia de Nunez, atriz que veio ao Brasil para coletiva de imprensa e roda de conversa pós exibição.

A produção conta com seis episódios de 52 minutos o início da carreira da atriz francesa até a ascensão ao estrelato. Codirigida por Danièle e Christopher Thompson, a série estreou em 2023 na televisão francesa e traz Julia de Nunez, artista franco-argentina, no papel principal. O elenco também conta com Victor Belmondo, Hippolyte Girardot e Géraldine Pailhas.

É muito interessante, enquanto mulher, analisar como a jovem Bardot iniciou de certa forma uma revolução sexual na França, apenas para lutar para que seu papel não caísse apenas nisso, mas a série faz um bom trabalho em analisar todo esse aspecto, traçando paralenos com o culto à celebridade que a cerca. 

'Bardot', traça a vida da estrela francesa na década de 1950, desde sua primeira audição aos 15 anos até sua explosiva estreia no cinema internacional, E Deus Criou a Mulher à sua atuação no forte longa 'A Verdade', de Henri-Georges Cluzot, em 1960.

Revisionismos à parte, a série tenta focar no aspecto psicológico por trás da estrela, mais do que focar no fato de que ela se tornou um sex symbol aos olhos da sociedade. O fato dela ter se tornado um objeto de desejo, anos depois traria consequências que até mesmo hoje, a indústria do cinema causa na carreira de diversas outras atrizes no mundo inteiro.

A performance de Julia de Nunez é de uma elegância e leveza ímpares e é na atriz que os bons momentos da série se encontram. Os dois episódios que assisti me encantaram e me deixaram com a vontade de assistir mais, porém, como todo biopic, é claro que ele apresenta leves problemas quanto a veracidade de alguns fatos, mas ainda assim, a produção acerta ao mostrar que mais do que um símbolo, Bardot foi uma mulher apaixonada e liberta, que desafiou as regras da sociedade sem medo, mesmo com um pai superprotetor e uma sociedade que tentava ditar quem ela era de verdade.

NOTA: 8/10

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