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[Review] Homem Aranha Sem Volta pra Casa

 

Por Victoria Hope

ATENÇÃO: Contém Spoilers

E finalmente chegou o dia de acompanhar um dos filmes mais aguardados do ano. Homem Aranha: Sem Volta pra Casa, chegou hoje (15) aos cinemas brasileiros. O fim da trilogia que marca a chegada de Tom Holland foi sem dúvida um dos projetos mais aguardados por fãs do mundo inteiro e a espera definitivamente valeu a pena.

Nunca na história da Marvel, foram feitas tantas teorias sobre o que poderia acontecer e quais seriam as participações especiais em um longa, principalmente agora que o MCU abriu as portas pra o multiverso nessa fase 4, ao lado de séries como Wandavision, Loki, What If, Falcão e Soldado Invernal e por fim, Hawkeye. 

Nessa sequência, nosso Peter Parker se vê em um beco sem saída após ser acusado pelo assassinato de Mysterio, que em Homem Aranha: De Volta ao Lar, conseguiu convencer o mundo inteiro de que o herói o havia eliminado. Agora, odiado pela população e com sua verdadeira identidade revelada para o mundo, Peter precisa fugir e proteger a família e os amigos, que agora são vistos pela polícia como cúmplices. 

Doutor Estranho e Homem Aranha / Foto: Marvel Studios

Homem Aranha: Sem Volta pra Casa é definitivamente é um aprimoramento dos dois primeiros títulos estrelados por Tom Holland e muitos fãs irão considerar esse novo título, o verdadeiro filme de origem desse nosso novo Peter Parker.

As altas expectativas do público foram completamente atendidas, pois o filme foi carregado não por um plot complexo, já que esse é muito simples, inspirado em uma das HQs do aranhoso, 'One More Day', que nada mais é do que uma edição oneshot onde Peter Parker faz um pedido a Mefisto para que todos esqueçam que ele é o Homem Aranha.

O filme seguiu essa mesma linha, porém usando o personagem de Stephen Strange como o realizador do feitiço. Por mais que esse não seja o quadrinho favorito dos fãs da Marvel, essa história foi muito propícia para abordar o tema de multiverso e a possibilidade de inúmeros Homem-Aranhas de outras realidades. 

Peter, MJ e Ned / Foto: Marvel Studios

Em termos de desenvolvimento dos personagens, a sintonia entre Peter Parker, MJ e Ned está ainda melhor do que nos filmes anteriores; vale o destaque para o aumento da química entre o casal Michelle Jones  e Peter, que agora finalmente lembram um casal de verdade e o bom humor de Ned também foi um dos pontos altos do filme. 

Todos os vilões estavam impecáveis, mas vale o destaque para Willem Dafoe, que simplesmente dominou todas as cenas no papel do conflituoso Osborn. No auge de seus sessenta e seis anos, o ator entregou uma atuação impecável e ainda, segundo o próprio em entrevista, fez todos os seus stunts sem necessidade de dublê.

Os arcos de Doutor Octopus e de Eletro também foram incríveis, com destaque para Electro, que trouxe um dos momentos mais fofos da trama, ao mencionar que gostaria de ver um Homem Aranha negro. Esse momento nos deu a certeza de que Miles está ainda mais próximo de chegar no MCU, resta torcer para que o momento seja durante o Doutor Estranho: Multiverso da Loucura

Tobey Maguire e Andrew Garfield finalmente no MCU / Foto: Marvel Studios

E o momento mais aguardado por todos os fãs, sem dúvida foi a confirmação da participação dos dois primeiros Homens Aranha clássicos da Sony Pictures. Muitas teorias foram lançadas a cerca da presença de Tobey Maguire e Andrew Garfield no filme, mas felizmente, não houveram spoilers antes do lançamento oficial ao grande público.

Assim como em Vingadores: Ultimato, em Homem Aranha: Sem volta Pra Casa, as salas de cinema se transformaram em verdadeiros estádios, com gritos, aplausos e muito choro. A participação dos dois veteranos consagrou a importância do verdadeiro amigão da Vizinhança, não apenas para os cinemas, mas também para o universo dos quadrinhos.

Tobey, mais maduro, apresentou o mesmo brilho no olhar de quando foi o primeiro Peter Parker. Ele demonstrou ser a personificação de um Homem Aranha que entendeu o peso da frase 'Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades'. Já o Peter de Andrew, mais brincalhão e carismático conseguiu ter sua redenção e demonstrar que o ator definitivamente merece uma chance de finalizar sua trilogia, que tão abruptamente foi interrompida pelos estúdios.

Esse filme não foi apenas uma carta de amor aos fãs dos quadrinhos, como também foi uma bela homenagem à Stan Lee e Steve Ditko; mentes brilhantes por trás da origem do super herói e com certeza, mesmo que o longa não tenha o roteiro mais impecável do mundo, definitivamente fez história.

Nota: 8.5/10

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