Navigation Menu

[Review] Presença

 


Por Victoria Hope

"Presença", é o mais novo filme de Steven Soderbergh, um dos maiores nomes do cinema independente americano, que agora retorna com um "terror", que na verdade pode ser mais comparado com thriller psicológico do que o gênero anterior.

Na trama acompanhamos a vida de uma família que está prestes a se mudar para uma nova casa, porém, mal sabem eles que essa casa, apesar de nova, é habitada por uma assombração. De praxe, muitos pensariam que essa é só mais uma história de fantasmas, porém é aí que a trama é completamente subvertida no momento em que a audiência percebe que o filme se passa pelo ponto de vista da asombração e não da família.

Como todas as famílias disfuncionais que estamos acostumados a ver nesse gênero de thriller, temos um pai e uma mãe que já não se entendem bem, dois irmãos, sendo um o mais velho e a outra caçula, que também vivem brigando, juntando o fato de que a mãe (aqui interpretada de forma excelente por Lucy Liu), é uma mãe narcisista e o que podemos chamar de "Boy's mom", a típica mãe que coloca o filho homem no pedestal enquanto sequer liga pra filha.

Chloe (Callina Liang), que é a irmã mais nova e protagonista do filme, está passando pelo momento mais doloroso de sua vida, pois perdeu duas melhores amigas para o mundo das bebidas e substâncias ilícitas e juntando tudo isso, sua família se mudou bem a contra-gosto da garota.


Presença / Foto: Diamond Films

Não bastasse toda a dor da garota, unida ao péssimo tratamento que recebe de seu irmão mais velho (Tyler), ela começa a se sentir observada, imaginando que talvez o fantasma de uma de suas amigas está seguindo a família naquela casa e agora ela e sua família terão que resolver esse mistério sobre a estranha presença antes que seja tarde demais.

"Presença", tinha tudo para ser um excelente thriller! É um bum filme, porém, falando dos aspectos técnicos, a montagem deixa muito a desejar e tira um pouco da forma da trama, que apesar de entregar excelentes atuações do elenco, acaba se tornando monótona, justamente por conta da montagem arrastada.

O efeito de câmera que lembra um drone, para apresentar o ponto de vista da assombração é interessante nos primeiros minutos, mas depois se estende demasiadamente, o que tona a história um tanto quanto cansativa, mas não menos fascinante do ponto de vista da trama familiar, que consegue se manter interessante até o fim. Talvez o que falta mesmo, é uma trilha sonora realmente impactante para deixar a trama ainda mais dramática.

NOTA: 7/10

0 comments: