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[Review] Capitão América, Admirável Mundo Novo

 

Por João Pimenta

A nova produção da Marvel Studios, Capitão América: Admirável Mundo Novo, se assemelha a uma história em quadrinhos com uma narrativa contida, conectando-se ocasionalmente a personagens e conceitos já estabelecidos no universo da franquia. Essa abordagem tem seus prós e contras: por um lado, garante uma trama coesa, sem deixar muitas pontas soltas; por outro, deixa a sensação de que mais poderia ter sido explorado com o material e os personagens.

O elenco é um dos grandes acertos do filme. Anthony Mackie entrega um Capitão América carismático, mantendo o mesmo senso de justiça e bondade que marcou a versão de Chris Evans. Harrison Ford, por sua vez, se destaca como o recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Thaddeus Ross, um líder tentando conduzir o país em meio a um tratado internacional crucial, ao mesmo tempo que enfrenta uma ameaça do passado. 

As cenas de ação são bem executadas, com destaque para uma eletrizante perseguição aérea sobre o mar, onde torpedos são destruídos antes de atingirem aviões e navios, além de um confronto final de tirar o fôlego entre o Capitão América e o Hulk Vermelho.


Capitão América: Admirável Mundo Novo / Foto: Marvel / Disney

No entanto, a trama tropeça em sua execução. Justamente quando a ameaça se intensifica e elementos narrativos interessantes surgem, o filme se apressa para o desfecho, deixando a sensação de que tudo foi apenas uma preparação para um próximo capítulo. 

O Hulk Vermelho de Harrison Ford é o maior prejudicado por essa escolha: embora sua batalha conte com efeitos visuais impressionantes, sua presença é breve demais para gerar momentos realmente marcantes. Além disso, a qualidade dos efeitos varia – enquanto algumas cenas são visualmente impactantes, outras parecem borradas e misturam de forma inconsistente os elementos gráficos com os atores reais.

No fim, Capitão América: Admirável Mundo Novo brilha em seu elenco e nas sequências de ação, mas peca ao entregar uma história pouco ousada, tornando-se menos memorável do que outros longas da Marvel Studios.

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Universal+ | Saturday Night Live faz história com celebração de 50 temporadas! Confira a programação especial

 

Por Victoria Hope

Universal+ anuncia a estreia exclusiva na América Latina de dois shows ao vivo e duas produções documentais para celebrar a histórica 50ª temporada do SATURDAY NIGHT LIVE, o icônico programa de sátira e esquetes políticos criado em 1975 por Lorne Michaels.

Os especiais SNL 50: THE HOMECOMING CONCERT e SNL 50: THE ANNIVERSARY SPECIAL chegam ao Brasil exclusivamente pelo Universal+ em 21 de fevereiro. Os documentários LADIES & GENTLEMEN… 50 YEARS OF SNL MUSIC SNL 50: BEYOND SATURDAY NIGHT estarão disponíveis a partir de 7 de março.

 

 

DOIS ESPETÁCULOS AO VIVO 

 

“SNL 50: THE HOMECOMING CONCERT” 

ESTREIA: 21 DE FEVEREIRO 

O primeiro evento para celebrar a história do programa é imperdível e foi planejado durante dois anos. Produzido pelo próprio Lorne Michaels, o especial acontecerá no icônico Radio City Music Hall, localizado no Rockefeller Center, casa do SNL, e será transmitido ao vivo para os Estados Unidos na próxima sexta (14). Michaels trabalhou ao lado do músico e produtor vencedor do Oscar® Mark Ronson, que apareceu no programa três vezes ao lado de Lady Gaga, Bruno Mars e Miley Cyrus. “Você verá bandas que deixaram sua marca no show e fizeram parte dele desde o começo ou relativamente recentemente”, disse Michaels. “Será uma noite de retorno para casa. Haverá apresentações musicais e comediantes.”

 

No cardápio mais quente da noite estão as apresentações de Bad Bunny, Chris Martin, Lady Gaga, Miley Cyrus, Post Malone, Backstreet Boys Arcade Fire, entre muitos outros.

 

“SNL 50: THE ANNIVERSARY SPECIAL” 

ESTREIA: 21 DE FEVEREIRO 

Um "evento extraordinário", o segundo especial oferecerá ao público um desfile de estrelas e convidados especiais como Tom Hanks, Scarlett Johansson, Adam Driver, Ayo Edebiri, Kim Kardashian, Pedro Pascal, Paul McCartney, Robert De Niro, Sabrina Carpenter Miley Cyrus. Cyrus é o único nome no cast de ambos os especiais.

 

Também produzido por Michaels, o especial vai ao ar na TV estadunidense no próximo domingo (16) e é cercado de segredos, mas é possível antecipar que comediantes como Kristen Wiig, Will Ferrell, Adam Sandler, Eddie Murphy, Chevy Chase, Amy Poehler, Seth Meyers e Maya Rudolph – entre muitos outros – retornarão à série que os catapultou para a fama e relembrarão esquetes que marcaram a história do programa. “Será um especial repleto de estrelas, com meio século de esquetes, membros do elenco, apresentadores e outros colaboradores, no que certamente será uma noite extraordinária”, promete Michaels.

 

DOCUMENTÁRIOS REVELAM OS BASTIDORES DO PROGRAMA  

 

“LADIES & GENTLEMEN… 50 YEARS OF SNL MUSIC” 

ESTREIA: 7 DE MARÇO  

O primeiro documentário, que irá ao ar em março, celebra as histórias não contadas por trás das apresentações musicais, esquetes e participações especiais dos últimos 50 anos. O especial de três horas também traz entrevistas com músicos, membros do elenco, escritores e produtores. Participam nomes como Bad Bunny, Elvis Costello, Miley Cyrus, Billie Eilish e Finneas, Dave Grohl, Debbie Harry, Mick Jagger, Dua Lipa, Paul Simon, Chris Stapleton, Justin Timberlake e Jack White, entre muitos outros. O documentário é produzido por Lorne Michaels, Ahmir “Questlove” Thompson, Zarah Zohlman, Erin David, Dave Sirulnick, Jon Kamen, Meredith Bennett, Alexander H. Browne, Shawn Gee e Tariq Trotter.

“Todo mundo conhece as aparições mais famosas do ‘SNL’, seja Elvis Costello, Prince ou os Beastie Boys, mas elas são apenas a ponta de um enorme iceberg”, disse Thompson. “O processo de rever as incríveis imagens de arquivo foi como estar em uma máquina do tempo. Estou muito feliz por ter feito a viagem e agora poder compartilhá-la com todos.”

 

“SNL 50: BEYOND SATURDAY NIGHT” 

ESTREIA: 7 DE MARÇO 

O segundo documentário de quatro episódios, também com estreia em março, comemora o 50º aniversário de uma forma muito especial. Cada episódio destacará um elemento diferente do programa, incluindo um vislumbre do processo de seleção de elenco, apresentando cenas de audições nunca vistas e relatos em primeira mão de alguns dos nomes mais icônicos do SNL.

 

Neste documentário, Juaquin Cambron atua como showrunner e produtor executivo ao lado de Neville e Caitrin Rogers.

Com mais de 60 colaboradores, incluindo ex-alunos do SNL, e abrangendo décadas de história do SNL, SNL50: BEYOND SATURDAY NIGHT LIVE oferece uma visão dos bastidores de algumas das marcas mais icônicas da instituição de comédia noturna. Com produção executiva do vencedor do Emmy® Morgan Neville, cada episódio revela novos insights sobre a rica história do programa, revelando tudo, desde a sala dos roteiristas até o famoso processo de audição.

 

“Sou obcecado pelo SATURDAY NIGHT LIVE há décadas. No SNL50, tive a sorte de colaborar com alguns dos meus cineastas independentes favoritos para contar algumas histórias mais profundas do SNL. Juntos, esses episódios independentes fornecem uma nova perspectiva sobre o SNL e o que o faz funcionar”, disse Neville.

SATURDAY NIGHT LIVE vai ao ar ao vivo nas noites de sábado às 23h30, diretamente dos estúdios da NBC 30 Rock (Rockefeller Center em Nova York) e se tornou, ao longo das décadas, uma plataforma para comediantes que deram o salto para Hollywood e se tornaram estrelas.

 

É o programa mais indicado da história do Emmy®: concorreu a 305 estatuetas e ganhou 84 prêmios, um recorde que faz parte de seu legado indiscutível. O programa de Lorne Michaels, transmitido pela primeira vez em 11 de outubro de 1975, teve o lendário comediante George Carlin (The Daily Show) como seu primeiro apresentador e marcou seu estilo desde o início com o monólogo de introdução sempre concluído com a mesma frase: “Ao vivo de Nova York, é sábado à noite!”

Considerado pela revista TIME como “um dos 100 maiores programas de televisão de todos os tempos”, SATURDAY NIGHT LIVE lançou grandes comediantes como Chevy Chase, Chris Farley, Bill Murray, Eddie Murphy, Julia Louis-Dreyfus, Robert Downey Jr., Phil Hartman, Chris Rock, David Spade, Sarah Silverman, Mike Myers, Adam Sandler, Molly Shannon, Will Ferrell, Jimmy Fallon, Seth Meyers , Bill Hader, Kristen Wiig, Kate McKinnon, entre muitos outros.


Não perca a comemoração especial dos 50 anos do SATURDAY NIGHT LIVE,  

somente no Universal+ exclusivamente para a América Latina!  

 

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[Review] Bridget Jones, Louca pelo Garoto e pronta para ser feliz de novo

 

Por Victoria Hope

Ela está de volta! A loirinha mais apaixonada dos cinemas retorna em "Bridget Jones: Louca pelo Garoto", trazendo o elenco clássico dos quatro filmes anteriores para essa conclusão, que é de longe, um dos melhores filmes da franquia.

Agora mais madura, Bridget Jones (Renée Zellweger), precisa conciliar a vida de mãe e dona de casa, agora que já não mais trabalha como uma produtora de TV. Um trágico acontecimento muda totalmente a vida da família Jones e agora, Bridget tenta retomar sua vida, mesmo que para isso precise de um empurrãozinho de seus amigos queridos.

Nessa nova geração, como uma mãe solteira, Bridget mergulha novamente no mundo dos encontros, mas dessa vez, com a ajudinha de um aplicativo de namoro e é lá que ela encontra um rapaz bem mais jovem e se apaixona perdidamente! Mas será esse o final feliz tão aguardado da protagonista?


Bridget Jones: Louca pelo Garoto / Universal Pictures

O filme acerta muito ao focar no amadurecimento da personagem após de tantas décadas, afinal tudo mudou, mas algumas coisas continuam iguais e esse sentimento traz um acalento. Dessa vez o público acompanha a personagem no complicado processo de luto, onde ela pára de cuidar de si mesma para viver apenas em função dos filhos.

Muitas mulheres, principalmente acima dos trinta anos, com certeza vão se identificar com todas as batalhas internas e externas de Bridget, que mostra de forma leve e ao mesmo tempo, emocionante, como é retomar as rédeas da própria vida após uma tragédia. 

Novamente entre dois novos amores, um jovem segurança de parque chamado Roxter (Leo Woodall) e o novo professor de ciências de seu filho, Mr Wallaker (Chiwetel Ejiofor), Bridget terá que fazer uma escolha, amparada por seus melhores amigos, colegas de trabalho e é claro, com presença do insaciável Daniel (Hugh Grant), que também tem novidades pessoais.


Bridget Jones: Louca pelo Garoto / Foto: Universal Pictures

Divertido, hilário e alguns momentos e sem muitas pretenões, "Bridget Jones: Louca Pelo Garoto" é o filme que vai fazer com que fãs de romance se apaixonem novamente pelo universo dessa personagem tão leve e ao mesmo tempo, tão identificável com todas as questões femininas. 

A grande mensagem que fica é a de que é póssível ser feliz de novo, não apenas após o luto, mas sim, durante o luto também, mostrando a importância de se processar os sentimentos, mas também dar tempo ao tempo.

Se essa foi a possível conclusão da saga de Bridget, então essa história terminou com chave de ouro, com muitas lágrimas, risos e amor envolvido! É a conclusão perfeita para a história dessa personagem que tem nos acompanhado por tantos anos. O longa estreia dia 13 de fevereiro nos cinemas. 

NOTA: 9/10

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[Review] Sing Sing

 

Por Victoria Hope

Sing Sing, estrelado por Colman Domingo, é inspirado em um emocionante projeto da vida real que utiliza as artes, principalmente o teatro, como forma de reabilitação para detentos da prisão de Sing Sing nos Estados Unidos.

Na trama, acompanhamos a história de um personagem da vida real, chamado John Divine G (Colman Domingo), que é um dos detentos e também diretor e idealizador do projeto teatral para outros prisioneiros. Além de ser escritor e roteirista das peças, John, também é ator e antes mesmo de ser encarceirado, era advogado. 

Esse é um daqueles filmes inspiradores, que deixam o coração quentinho com otimismo ao lembrar que a arte tem papel fundamental na cura, mas um dos principais destaques definitivamente é a performance de Colman Domingo, que merecidamente, concorre ao Oscar de Melhor Ator por esse mesmo papel.

O longa acerta pela simplicidade, mostrando o dia a dia dos encarceirados e passando, mesmo que de forma bem rápida pela vida de pelo menos dois ou três detentos. Talvez essa falta de profundidade em explorar a vida dos outros detentos seja um dos poucos pontos que deixa a desejar, mas ao menos o público consegue se conectar com todos.

Sing Sing / Foto: Diamond Films & A24

Basicamente todo o elenco, a não ser por Colman Domingo e Paul Raci, é composto por pessoas da vida real, ex-encarceirados de Sing Sing e de outras prisões americanas, que também fizeram parte desse programa social de teatro nos presídios.

Sing Sing acerta ao trazer humanidade aos encarceirados, sem cair em armadilhas fáceis do melodrama, apesar do longa conseguir arrancar uma lágrima aqui e outra ali. Todos os personagens são extremamente cativantes, únicos e fazdem um excelente trabalho em dirigir a produção para um caminho mais otimista, que preza pela mudança através do amor e não através da violência.

Alguns dos momentos mais emocionantes, ficam por conta de toda a desconstrução da masculinidade tóxica que o programa social tenta desmantelar. Muito ali é desconstruído; desde as crenças principais dos encarceirados, mostrando que eles são mais do que seus crimes, bem como também o conceito de que as pessoas não mudam, afinal, todos são capazes de mudar de vida e é isso que o programa de reabilitação promove. Esse é um filme para assistir com a família, se inspirar, refletir e ter a certeza de que dias melhores virão, mesmo que leve tempo para mudanças reais realmente acontecerem. 

NOTA: 8.5/10

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O Macaco | Novo terror inspirado em conto de Stephen King, chega ao Rotten Tomatoes com 94% de aprovação

 


Por Victoria Hope

Com estreia agendada para 20 de fevereiro no Brasil e distribuição da Paris Filmes, “O Macaco”, filme de terror repleto de humor macabro, acaba de entrar no agregador de críticas Rotten Tomatoes com 94% de aprovação, após primeiras exibições. Adaptado de um conto do rei do terror Stephen King, o longa estrelado por Theo James é dirigido e coescrito por Osgood Perkins (“Longlegs) e produzido por James Wan (“Jogos Mortais”; “Annabelle”; “M3gan”). O trailer oficial oferece uma prévia das mortes surreais que o público poderá conferir nos cinemas – uma experiência que promete ser única, diferente de tudo o que o diretor fez até agora. Assista ao trailer aqui e baixe imagens neste link.

Na trama, os gêmeos Bill e Hal (Theo James) encontram no sótão um velho macaco de brinquedo de seu pai e começa uma série de mortes terríveis. Os irmãos decidem jogar o brinquedo fora e seguir em frente com suas vidas, distanciando-se com o passar dos anos.

O elenco ainda conta com Elijah Wood, Tatiana Maslany, Christian Convery e mais. O autor Stephen King assina o roteiro com Perkins. A produção é da Neon, Atomic Monster, Black Bear Pictures, Range Media Partners, Stars Collective Films, C2 Motion Picture Group e Oddfellows Entertainment. A distribuição nacional é da Paris Filmes.

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Semana do Cinema 2025 oferece ingressos a R$10 e 60% de desconto em salas VIP e IMAX de todo o país

 

Por Victoria Hope

A campanha Semana do Cinema, que se tornou um sucesso ao criar um preço único promocional ao longo de sete dias, para ingressos de cinema em todo o país, está de volta e ainda mais acessível. A primeira edição de 2025, que acontece de 06 a 12 de fevereiro, trará ingressos por apenas R$10 em salas comuns, 3D E XD e ingressos com 60% de desconto em salas VIP/ IMAX e tem o objetivo de democratizar o acesso à cultura e ao entretenimento. 

Em sua sexta edição, a Semana do Cinema terá, também, combos com pipoca e bebida com valores diferenciados. A campanha é idealizada pela FENEEC (Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas), com apoio da ABRAPLEX (Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex) e Ingresso.com.

Durante esse período, diversos longas, incluindo os indicados ao Oscar, estarão em cartaz, sendo alguns deles, "Ainda Estou Aqui", "Wicked", "Conclave", "Babygirl", "Emília Perez", "O Brutalista", "Anora" e muitos outros e além disso, para quem ama cinema nacional, filmes como "Chico Bento e A Goiabeira Maraviosa" também vão estar em cartaz.

 As redes participantes são Cinemark, Cinépolis, Cinesystem, Kinoplex, MovieCom,  Multiplex, Reserva Cultural e UCI Cinemas, mas vale também conferir a lista completa cinemas da sua cidade para saber sobre as principais promoções e descontos em ingressos e combos de pipoca disponíveis!


O Brutalista é uma das grandes estreias marcadas para a Semana do Cinema

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Rotterdam Film Festival 2025 | Perla

 

Por Victoria Hope

Em "Perla", na década de 1980, uma mãe solteira que fugiu da Tchecoslováquia comunista tem de regressar à sua terra natal para pagar uma dívida antiga. A viagem arriscada é perturbada por acontecimentos inesperados que revelam segredos que podem mudar completamente o rumo de sua vida.

Ao longo da história, acompanhamos Perla, uma artista plástica que está tentando retomar a vida dela em outro país após tantos anos. Ela tem tudo o que deseja, um marido amoroso, clientes que adoram seu trabalho artístico, amigos que a respeitam e uma filha talentosa e amorosa, mas tudo muda quando seu ex-marido enfermo misteriosamente descobre seu número e a liga para visitá-lo em sua antiga cidade e é a partir desse momento que sua história tem uma reviravolta.

Enquanto Perla tenta batalhar com diversos sentimentos relacionados ao seu passado com seu ex e o sentrimento de que nunca se sentiu verdadeiramente em casa em outro país, ao mesmo tempo ela tenta consolar sua filha que nunca havia conhecido seu pai, tampouco sabia sobre o que havia acontecido com seus pais na Tchevoslováquia.


Perla / Foto: Golden Girls Film

O longa faz um excelente trabalho em mostrar que as escolhas da protagonista não podem ser vistas como algo tãao simples, pois existe uma escala cinza da moralidade que permeia sua realidade e ao mesmo tempo que ela tenta fugir de seu passado, a realidade é que ele sempre estará a espreita, quer ela queira ou não.

Em meio a diálogos ora verbalizados, ora apenas 'ditos" com olhares e sussurros que a audiência apenas pode imaginar, o exímio trabalho do elenco, com destaque para Hilde Dalik e Simon Schwarz, transporta o o público diretamente para aquela realidade  dos personagens, afinal, é impossível não se imaginar naquela situação. 

Quem nunca desejou com todas as forças poder voltar ao passado, mesmo que este tenha sido uma experiência dolorosa, justamente por conta dos poucos momentos bons que estiveram lá; esse é o questionamento de Perla, que sofreu tanto quanto seu ex-marido, mas que lutou para dar a melhor vida e educação que um parente pode dar para sua filha, longe de toda a dor e tensão política e social que ainda assolam sua terra natal. 


Perla / Foto: Golden Girls Film

Acompanhada de uma belíssima fotografia, a direção magnífica de Alexandra Makarová é minuciosa, com atenção a cada mínimo detalhe, seja um cenário bucólico, uma peça de roupa, um detalhe em um quarto de hotel, absolutamente tudo enche os olhos e nos leva a mergulhar para dentro do universo de Perla e sua família. 

"Perla" relembra que nem todos irão conseguir um encerramento na vida relacionado à questões que causaram feridas no passado e que está tudo bem seguir em frente, virar a página e deixar o passado para trás, coisa que a protagonista não faz e acaba pagando o preço, porém, essa é uma das lições que irão marcá-la para sempre. 

Mas não é apenas isso, pois todas as escolhas de Perla, irão afetar diretamente a família dela e são essas consequências que ela terá que lidar no futuro e ela sabe disso muito bem e é por esse motivo que ela carrega dentro de si uma enorme melancolia, afinal, a vida é feita de escolhas, sejam elas para o bem e para o mal e cabe apenas a pessoa saber quais eram suas intenções; talvez sua família não entenda, talvez seu ex nunca entenda, talvez ela nunca consiga o perdão verdadeiro, seja das pessoas ao seu redor, ou perdão de si mesma, mas esse é mais um dos mistérios da vida que ela terá que descobrir com suas próprias pernas. 

NOTA: 9/10

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[Review] O Maravilhoso Mágico de Oz - Parte I

 

Por Matheus Nascimento

A adaptação russa de O Mágico de Oz é um filme divertido que consegue equilibrar a trama simples com bons personagens, no entanto, apresenta alguns problemas que, para alguns, podem afastá-los do longa, como sua linguagem focada no público infantil, muitas situações genéricas e mensagens vazias sobre a relação familiar entre a protagonista e sua família. Vale lembrar que o filme estreia dia 30 de janeiro nos cinemas. 

Na trama, levada por um furacão a um mundo mágico e desconhecido, Ellie e seus novos amigos, o Espantalho, o Homem de Lata e o Leão Covarde, partem rumo à Cidade Esmeralda em busca do Mágico, que concederá seus desejados pedidos. O ponto alto de O Maravilhoso Mágico de Oz - Parte I são seus personagens. Ellie, a Dorothy desse universo, é interpretada por Ekaterina Chervova, que faz um bom trabalho, conseguindo trazer à personagem uma menina que, às vezes imatura, também é corajosa em outros momentos. 

O totó falante é algo muito legal no longa, já o Espantalho é um dos personagens mais irritantes, junto com o pássaro de uma das feiticeiras. A todo momento, ele tenta ser engraçado, mas acaba ficando um pouco forçado. O Homem de Lata e o Leão são competentes e, juntos com a protagonista, fazem o público torcer pela jornada até a Cidade das Esmeraldas.


O Maravilhoso Mágico de Oz- Parte 1 / Foto: Imagem Filmes

A direção de Igor Voloshin é competente, especialmente nas boas movimentações de câmera, principalmente na abertura do longa, onde temos um panorama dessa nova e estranha versão de Oz, porém, algo nítido na produção é o caminho até a Cidade das Esmeraldas, que parece ter sido gravado no quintal da casa do diretor. 

No entanto, as partes internas e os cenários são lindos, principalmente os castelos das feiticeiras Bastinda e Gingema, onde é possível notar um forte elemento de fantasia. Os visuais de todo o elenco são bons e conseguem se diferenciar muito bem do clássico de 1939.

Um dos momentos frustrantes na rodagem do longa é a caracterização em termos de personalidade das duas feiticeiras, pois neste universo, elas são más, enquanto as bruxas são boas. Bastinda, a Bruxa Má do Oeste, interpretada por Svetlana Khodchenkova (Wolverine: Imortal), e Gingema, a Bruxa Má do Leste, interpretada por Vasilina Makovtseva (Uma Criatura Gentil), são extremamente caricatas, chegando ao ponto de fazer a infame risada maligna.

Uma parte do elenco parece estar em um filme e elas em outro, e a atuação das atrizes beira o ridículo, às vezes criando um humor involuntário. A produção é um filme que vale a pena assistir, seja por curiosidade ou por ser fã do universo de Oz como um todo. As crianças, que são o público-alvo, provavelmente gostarão bastante do filme, no entanto, ele peca pela falta de cenas de ação – só há uma, que ocorre bem no final do terceiro ato. Além disso, o final é frustrante, já que o clímax do longa acontece na ida à Cidade das Esmeraldas e termina justamente nesse momento. 

NOTA: 5/10

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[Review] Acompanhante Perfeita

 

Por Victoria Hope

Essa definitivamente não é a sua história de amor convencional. Com um pitada de "Black Mirror" e "Ex-Machina", Acompanhante Perfeita segue o casal Iris e Josh num final de semana entre amigos numa casa de campo luxuosa e tranquila. 

Os dois se conhecem num mercado e, logo, começam a sair. Apaixonados, os dois vivem um romance de cinema. Mas nem tudo é o que parece: Iris é um robô. E nem ela mesmo sabia. A viagem toma, então, um rumo inesperado, com perseguições, sangue e revelações chocantes.

Esse é um daquels filmes que pode ser considerado tanto terror, quanto suspense de comédia, pois o humor é algo bem característico, principalmente nos dois primeiros atos. Aos poucos, Acompanhante Perfeita revela mensagens ainda mais importantes por trás, desde a mensagem sobre as mazelas do patriarcado bem como a forma que humanos tratam máquinas (e até inteligências artificiais), nos dias de hoje. 

Acompanhante Perfeita / Foto: Warner Bros. Pictures

Josh (Jack Quaid) é a personificação do cara babaca que se acha muito legal e tem síndrome de protagonista, enquanto Iris (Sophia Tatcher), apesar de ser um robô, parece fascinada pela vikda e pela ideia de amor, principalmente seu amor pelo protagonista.

A garota não sabe o que é, mas mesmo após descobrir, que sua vida não passa de uma farça, ela ainda tenta recuperar laços, o que entra naquele longo dilema da singularidade digital, uma teoria que diz que um dia as máquinas conseguiram se alimentar, se mover e ter "vida própria", sem a necessidade de um humano por trás, mas para além do lado tenológico, essa história representa muito bem como funciona a mecânica de um romance abusivo.

A audiência percebe desde o começo que Josh apenas via Iris como um brinquedo sexual, mas isso não é tão distante da forma que muitas pessoas tratam seus parceiros, principalmente mulheres, na vida real e essa é uma das mensagens principais do longa: até quando  Iris irá se sujeitar a isso? Porque mesmo sabendo que não passa de uma peça a ser usada, ela ainda acredita que o "príncipe encantado" existe.


Acompanhante Perfeita / Foto: Warner Bros. Pictures

Outro ponto positivo para o filme é a excelente representatividade queer, que aparece como uma bela surpresa em meio a tanto suspense, em cenas comandadas por Harvey Guillén (Eli) e Lucas Gage (Patrick), mas apesar disso, o filme definitivamente poderia ter desenvolvido mais pontos principais relacionados aos outros personagens.

Acompanhante Perfeita já pode entrar naquela lista de famosos filmes "good for her" (bom pra ela), mas um pouco mais de desenvolvimento da Iris em tela teria sido bem interessante de ver, apesar de que acompanhamos toda sua jornada até sua emancipação.

O desfecho é completamente satisfatório e muitos com certeza até vão querer uma continuação da franquia, mas pessoalmente, acredito que o fim foi excelente ao que se propôs e abre caminho para uma mensagem de empodeiramento que é muito necessária, principalmente agora. 

NOTA: 8.5/10

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[Review] The Moon, Sobrevivente

 

Por Victoria Hope

"The Moon: Sobrevivente", estrelado por D.O do supergrupo de kpop EXO, traz excelentes efeitos visuais e uma boa produção, mas que infelizmente são desperdiçados por um roteiro nada robusto, o que é uma pena, pois o longa tinha um excelente potencial, principalmente pela forma em que o ambiente espacial é retratado com tamanha fidelidade.

Em um futuro próximo, no ano de 2029, uma missão sul-coreana à lua deixa o astronauta Sun-woo completamente abandonado no espaço. O Centro Espacial Naro recorre a Kim Jae-guk, um antigo capitão, para ajudar a trazer Sun-woo de volta para casa em segurança.

Como outros filmes do gênero 'desastre espacial' tal qual "Apollo 13", "Perdido em Marte" e "Interestelar", entre outros, na trama acompanhamos o drama de uma tripulação que tenta viajar a lua, o que desencadeia na morte da primeira equipe e agora, no presente, novos astronautras coreanos desbravam o esbaço a fim de vencer a tão almejada corrida à lua. 


The Moon: Sobrevivente / Foto: Sato Company

Alguns pontos geopolíticos são relativamente interessantes, como por exemplo, o fato de a Lua poder ser objeto de conflito sobre a exploração mineral no futuro, mas o tem a não possui profundidade suficiente para que o público realmente se importe com os personagens principais.

O ritmo do longa é bem lento, mas não de forma contemplativa e sim de uma forma um tanto quanto arrastada, já que pouco acontece após as primeiras sequências de ação que ocorrem entre a primeira e a segunda tripulação, mas quando Sun-woo se torna o foco, a história simplesmente não se desenvolve.

Até mesmo as atuações, lembram muito o melodrama de k-dramas, as famosas novelas tradicionais coreanas, o que faz com que "The Moon: Sobrevivente" realmente pareça uma novela aos moldes de blockbuster, mas sem a força que um filme com essa temática demanda. 

NOTA: 6/10

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[Review] A nova versão de Lobisomen tem bons sustos, mas não satisfaz

 

Por Victoria Hope

Na nova versão de Lobisomen, atacados por um animal misterioso, Blake (Christopher Abbott) e sua família se escondem em uma fazenda enquanto a criatura ronda o perímetro. Conforme a noite avança, no entanto, o rapaz  começa a se comportar de forma estranha, transformando-se em algo irreconhecível.

Quando as apostas de um nvo universo cinematográfico para os monstros clássicos da Universal foi proposta, uma das maiores questões entre os fãs mais ávidos de terror seria o aspectoda modernização desses contos e como eles funcionariam em um cenário do presente.

Com a adaptação de "O Homem Invisível", de Leigh Whannell, que também dirige Lobisomen, teve início a largada para esse novo universo de adaptações, mas no que o clássico Lobisomen acerta, essa nova reimaginação deixa muito a desejar. 

A ideia de transformar Lobisomen em um drama familiar onde a masculinidade é o assunto principal, funciona muito bem isoladamente, porém aqui no novo filme é tratada de forma tão superficial, com diálogos que literalmente tentam forçar uma emoçlão aqui e ali, que a mensagem acaba se perdendo.

Lobisomen / Foto: Universal Pictures

Blake tinha tudo para ser um excelente lobisomen da mitologia, principalmente porque o filme tenta voltar a essas origens mais animalescas, porém até mesmo o lado mitológico é deixado de lado para que o realismo exacerbado tome conta da história. 

Mas de longe, o que mais decepciona é a maquiagem da criatura em si, que sequer se parece com um homem lobo, está mais para Goblin, aliás, o que realmente não contribui muito para a suspensão da descrença, mas esse não é um erro apenas do novo filme, pois muitas obras que abordam lobisomens em produções contemporâneas, sempre tentam humanizar demais a criatura, fazendo dela mais homem do que bicho, diferenter do clássico 'peludo' da universal, mas é claro que, apesar disso, o filme tem boas cenas de susto e o momento da transformação realmente faz com que a audiência prenda a respiração, mas esse é o único ponto que realmente chama atenção.

Anova criatura não apresenta um visual apelativo, que é um dos principais aspectos que transformam monstros do terror em verdadeiros ícones e isso é um dos principais fatores que torna essa nova adaptação um tanto quanto decepcionante. Talvez se elenco que apresentasse performances mais robustas, todo o filme teria um outro aspecto, mas infelizmentre, isso não acontece.

NOTA: 6/10

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[Review] Conclave - Uma verdadeira aula sobre a construção de um thriller

 

Por Victoria Hope

"Conclave", o mais novo filme de Edward Berger, venceu o Globo de Ouro recentemente na categoria de Melhor Roteiro e a cada hora que passa, é nítido o quão merecedora do título é essa adaptação que faz com que a audiência prenda a respiração e finque as unhas nas poltronas com tanta tensão no ar.

A trama gira em torno do Cardeal Thomas (Ralph Fiennes), que recebe o enorme fardo de organizar uma conclave, cerimônia de escolha do próximo papa, após a morte repentina do sucessor. Ao longo da história, revelam-se segredos sobre os cardeais participantes e até mesmo sobre a própria igreja, com uma revelação que promete abalar as estruturas da instituição milenar.

Com uma excelente fotografia, atuações impecáveis, figurino majestoso e um roteiro de tirar o fôlego, Conclave é sem dúvida um dos maiores filmes dessa temporada e um thriller político voraz, que nos relembra de todo o peso e importância de clássicos como "O Nome da Rosa", afinas ambas as obras são tão relevantes hoje quanto eram há anos atrás.


Conclave / Foto: Diamond Films

Torturado por questões existências e tomado por dúvidas quanto a dogmas e até mesmo a seus próprios posicionamentos dentro da igreja, Cardeal Thomas se encontra em meio a muitas intrigas, fofocas e segredos que pouco a pouco vão sendo revelados. 

O filme em nenhum momento tenta ser didático, afinal, o processo real da conclave que realmente acontece no vaticano é guardado a sete chaves, mas tanto o autor do livro quanto o diretor do filme, acertam em trazer à tona muitos relatos vistos em diversas reportagens investigativas que tentam se aprofundar sobre a temática, mesmo que para isso caiam na ficcionalização. 

Conclave é um filme que definitivamente será polêmico entre a grande audiência, justamente por tocar em um tema que diversas vezes é abordado pelo protagonista dessa história, numa reflexão sobre o quanto certezas absolutas podem ser a ruína de todos e o quanto abraçar o passado pode ser perigoso.



Ralph Fiennes entrega uma das maiores performances de sua carreira ao dar vida ao complicado Cardeal, com escolhas extremamente sóbrias em termos de atuação, o que com certeza irá lhe trazer muitas indicações nas próximas temporadas de premiações, porém, outros nomes se destacam ao seu lado, sendo alguns deles, o hilário Stanley Tucci (Cardeal Aldo) junto a Lucian Msamati (Cardeal Joshua)John Lithgow (Cardeal Joseph), Isabella Rossellini (Irmã Agnes) e o magnífico estreante Carlos Diehz, que aqui interpreta o misterioso e pacífico cardeal Vincent.  

Cada cena de Conclave parece uma pintura clássica, mérito da belíssima direção de fotografia do francês Stéphane Fontaine, combinada com o figurino impecável de Lisy Christl, que se atenta a cada pequeno detalhe, tal qual como se ambos criassem juntos as mais belas pinturas renascentistas.

Absolutamente todos os detalhes, desde a iluminação ambiente à um colar posicionado no pescoço e um foco num canto obscuro de uma sala, são milimetricamente pensados para reforçar a mensagem do quão minucioso é o trabalho de todo o corpo de profissionais que atua por trás das paredes do vaticano e o final definitivamente irá deixar muita gente boaqueaberta, mas é extremamente coerente com a narrativa e todos os momentos que levam à essa revelação. Sem dúvida, esse é um filme para ser saboreado, digerido e reassistido muitas vezes. 

NOTA: 9.5/10

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Os Filmes Que Eu Não Vi | Festival exibe e premia filmes independentes brasileiros

Por Victoria Hope

De 15 a 19 de janeiro de 2025, a Sala Walter da Silveira, em Salvador, será a casa da primeira edição do Festival Os Filmes Que Eu Não Vi, idealizado por Sol Moraes e que tem produção da Água Doce Produções. O evento busca dar visibilidade a filmes brasileiros independentes que enfrentam desafios na distribuição, permanecendo desconhecidos do grande público.

Durante os cinco dias de programação, o festival exibirá e premiará produções de todas as regiões do Brasil, oferecendo um panorama diversificado do cinema nacional. Além das sessões de filmes, o público poderá participar de mesas de debate que abordarão questões fundamentais como produção, distribuição e exibição cinematográfica no Brasil. 

A proposta central do evento é criar pontes entre criadores e espectadores, promovendo uma conexão mais profunda com a cultura brasileira e explorando formas de aproximar essas obras do público e é possível conferir a programação completa no site oficial do festival.

Revitalização das Salas de Cinema - A primeira edição do Festival Os Filmes Que Eu Não Vi marca um momento significativo para a cena cultural de Salvador. O evento é parte do projeto Os Filmes Que Eu Não Vi, financiado pela Lei Paulo Gustavo por meio de edital da SECULT/FUNCEB/DIMAS, e representa um esforço coletivo para ampliar o acesso ao cinema brasileiro independente.

Sol Moraes, idealizadora do festival / Foto: Juliana Buos


Como parte das iniciativas do projeto, foram revitalizados dois importantes espaços de exibição da capital baiana: a Sala Walter da Silveira e a Sala Alexandre Robatto. As melhorias incluem a aquisição de novos equipamentos de projeção e som, além da instalação de piso tátil, garantindo acessibilidade e modernização para melhor atender ao público.

A reabertura da Sala Walter da Silveira simboliza o início de um novo ciclo, transformando o espaço em um polo cultural que abrigará não apenas exibições, mas também cursos, seminários e palestras. A partir de fevereiro de 2025, a Sala Alexandre Robatto sediará o cineclube Cine GeraSol, com exibições mensais seguidas de debates, enriquecendo o diálogo sobre o cinema nacional.

O projeto também consolida uma parceria com a plataforma digital CINEBRASILJÁ, que funciona como uma cinemateca virtual, permitindo acesso contínuo a filmes brasileiros fora do circuito comercial. Essa integração entre espaços físicos e digitais fortalece a disseminação da produção cinematográfica nacional.

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Serviço:

O quê: Festival Os Filmes Que Eu Não Vi

Quando: 15 a 19 de janeiro de 2025

Onde: Sala Walter da Silveira, Salvador

Realização: Água Doce Produções

Para mais detalhes sobre o festival, siga o perfil oficial no Instagram: @osfilmesqueeunaovi


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Ameaça no Ar | Com direção de Mel Gibson, suspense ganha novo trailer com adrenalina nas alturas

Por Victoria Hope

A Paris Filmes acaba de lançar o novo trailer de “Ameaça no Ar” (Flight Risk), suspense dirigido por Mel Gibson que traz o ator indicado ao Oscar® Mark Wahlberg como protagonista. A produção chega aos cinemas nacionais em 23 de janeiro

Com roteiro assinado por Jared Rosenberg, o filme conta uma história de alto risco. Um piloto (Mark Wahlberg) é responsável por transportar uma profissional da Força Aérea (Michelle Dockery) que acompanha um fugitivo (papel de Topher Grace) até seu julgamento. 

À medida que atravessam o Alasca, a tensão aumenta e a confiança é testada já que nem todos a bordo são quem mostram ser.  Confira o trailer oficial abaixo:



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[Review] Maria Callas

 

Por Leticia Cristine 

Maria é um filme dramático bibliográfico sobre Maria Callas, conhecida como “La Divina” e possivelmente o mais famoso soprano do século XX, estrelado por Angelina Jolie e dirigido por Pablo Larraín, o filme finaliza a trilogia do diretor de cinebiografias intimistas de mulheres famosas, que começou com Jackie em 2016 e Spencer em 2021. 

A direção de Larraín frequentemente inclui cenas visualmente marcantes que intensificam o subtexto emocional da história. A justaposição de cenários opulentos com momentos de vulnerabilidade crua é eficaz, criando uma distância emocional que convida o público a refletir sobre as personas pública e privada de Callas e a cinematografia do filme é estilosa e evocativa, capturando o glamour e a tragédia da vida de Callas.

A escolha de Angelina Jolie para o papel principal foi certeira, a atriz encarna a personagem com muita proeza, sua performance às vezes conhecida por ser narcisista encaixa perfeitamente com Maria, sendo ao mesmo tempo íntima e arrebatadora, além da atriz ter se dedicado intensamente por sete meses na arte da ópera, porém no filme o que ouvimos é uma mistura dos vocais de Angelina Jolie com o de Maria Callas, segundo o diretor, durante as canções é utilizados desde 1% a 70% da voz de Jolie, em comparação com a de Callas, não deixando menos importante e admirável a sua dedicação para o canto, pois isso é sentido em tela.


Maria Callas / Foto: Diamond Films

Embora o filme seja focado em Jolie, outras performances também chamam a atenção, como Haluk Bilginer como Aristotle Onassis, Kodi Smit-McPhee como Mandrax, Alba Rohrwacher como Bruna e Pierfrancesco Favino como Ferruccio, os quatro atores fazem um trabalho incrível de suporte para Jolie.

A ideia genial do filme para mim é não ser um documentário normal, contando a história de vida Maria Callas, e sim apresentando uma narrativa fragmentada e não linear que captura a complexidade da vida pessoal e profissional de Maria Callas, focando mais em seu mundo interior e na turbulência emocional, especialmente em torno de seu relacionamento com Onassis, do que em acontecimentos de sua vida. 

Todavia, acredito que seja exatamente isso que talvez cause um sentimento de desconexão do público com o núcleo emocional do filme, e o escopo limitado do filme pode significar que espectadores que não estão familiarizados com Callas podem ter dificuldades em entender toda a profundidade de sua importância além de sua vida amorosa conturbada e isso é possível observar nas variações em notas da crítica, com isso recomendo todos irem assistir e tirar sua próprias conclusões, pois o que eu achei genial e captou a minha atenção mais do que um filme linear pode causar a reação oposto a outros.

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[Review] Goosebumps, 2ª Temporada, Eps 1 & 2

 

Por Victoria Hope

Para quem cresceu nos anos 90 e sente arrepios só de ouvir algumas teclas de piano, sabe que Goosebumps é um dos nomes que praticamente se tournou sinônimo de terror para crianças e jovens adultos e definitivamente, essa é uma obra que resistiu ao teste do tempo. 

As adaptações do ícone do terror R.L Stine já haviam ganhado adaptação para a televisão no passado e agora, nessa nova adaptação do Disney+ que teve início em 2023, com nova temporada agora em 2025, consegue capturar o espírito da série clássica, sendo bem sucedida em reviver a franquia para um novo público e toda uma nova geração.

Nessa nova antologia de 8 episódios, Goosebumps reimagina e moderniza muitas das histórias clássicas acomopanhando um ritmo linear, onde tudo tem, começo, meio e fim e essa nova adpatação funcionou muito bem, mantendo o toque característico da série clássica e ao mesmo tempo trazendo algumas temas nostálgicas e elementos reconhecíveis dos livros.


Goosebumps 2 - The Vanishing / Foto: Disney+

A segunda temporada de Goosebumps, simplesmente “O Desaparecimento”, basicamente repete a mesma fórmula da primeira temporada, porém com um ritmo muito mais dinâmico, melhores performances do elenco e um enredo envolvente que definitivamente vai chamar a atenção principalmente do público da geração Z.  

Nessa nova história, acompanhamos o icônico David Schwimmer (Friends), como um pai nerd chamado Anthony, que se vê envolvido em um grande mistério que se estende por décadas após o falecimento de seu irmão Matty,que desapareceu com um grupo de jovens num boeiro, o que fez com que o cientista, único sobrevivente, passasse anos de sua vida trabalhando duro em seu porão, desesperado por respostas e alguma forma de encerramento. 

Por coincidência do destino, ele acaba recebendo seus filhos gêmeos Cece e Devin e os dois, acabam se envolvendo nesse mesmo mistério ao lado de um grupo de jovens desajustados da cidade e é a partir daí que o misteiro dessa nova fase começa.


Goosebumps 2 - The Vanishing / Foto: Disney+

Muitas referências à filmes de terror clássicos como Little Shop Of Horrors, Suspiria entre outros podem ser notadas ao longo dos dois primeiros episódios da segunda temporada e com certeza, ao longo da série, os fãs mais ávidos irão encontrar outras referências que marcaram diversas gerações.

Um dos pontos altos da série definitivamente fica por conta das atuações do elenco jovem que não deixa nada a desejar, bem como uma trilha sonora envolvente que conta com os maiores hits super atuais, o que com certeza vai agradar a todos os públicos,

A saga de Goosebumps é reconhecida por ter sido no passado, a obra de introdução ao terror para crianças e adolescentes de diversas gerações, então esse remake tem muito potencial de se tornar também um queridinho caso eles invistam em mais antologias curtas para as próximas temporadas.

NOTA: 8.5/10

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[Review] Aqui

 

Por Victoria Hope

Muito tem se falado sobre "Aqui", filme que prometia a reunião da equipe do clássico Forrest Gump, incluindo Tom Hanks, Robin Wright e o director Robert Zemeckis, contando também com o roteiro de Zemeckis e Eric Roth.), mas a espera de mais de 30 anos por essa parceria não rendeu muitos frutos. 

Baseado em uma história em quadrinhos de Richard McGuire, Aqui é filmado a partir de um único ponto de vista: o canto de uma sala de estar em algum lugar dos Estados Unidos. (Presumivelmente em algum lugar no meio do Atlântico,

O foco principal do filme está na relação romântica entre Richard (Hanks) e Margaret (Wright), que são introduzidos ao público quando adolescentes e aos poucos, vão se apaixonando, tem uma família juntos e assim vivem até os 80 anos de idade. Tinha tudo para ser a história perfeita de amor, não fosse por tantas subtramas que distraem e nem sempre se interseccionam com o enredo principal da história.


Aqui/ Foto: Miramax

Além da história desse casal, Aqui mostra diversos relances por outras vidas dessa casa, desde a era dos dinossauros, até a chegada dos primeiros habitantes, que são dos povos originários, até a passagem da realeza, entre muitas outras famílias até o retorno ao casal principal.

O filme mostra muuito bem como funcionavam as relações românticas de gerações passadas e o quanto as esposas, em sua maioria, tiveram que fazer diversos sacrifícios pela família, para que seus maridos vivessem seus sonhos e esse é um ponto importante, pois toca numa ferida geracional extremamente relevante.

"Aqui" tem várias boas idéias, porém tudo se perde quando não há correlação com os temas abordados e outro lado que desagrada é definitivamente o fato de que em todas as histórias de séculos mostrados em tela, o público acompanha histórias de amor entre casais, agora justamente quando a única família negra, racializada da história aparece, seu amor jamais é mencionado, pois o roteiro não os aprofunda, como também apenas foca em um momento sobre situações hipotéticas de racismo que o filho da família provavelmente vai sofrer ou sobre a crise do Covid -19, o que deixa um gosto amargo na boca. 

NOTA: 5/10

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A Verdadeira Dor, filme premiado estrelado por Kieran Culkin e Jesse Eisenberg, estreia nos cinemas em 30 de janeiro

 

Por Victoria Hope

Com seu estilo distinto de contar histórias e uma jornada emocional instigante sobre relacionamentos complexos, Jesse Eisenberg e Kieran Culkin apresentam performances comoventes em A Verdadeira Dor, que estreia nos cinemas brasileiros em 30 de janeiro.

Explorando temas universais como herança cultural, aceitação e relacionamentos familiares, ambientado contra o cenário pitoresco da Polônia, A Verdadeira Dor foi aclamado tanto pelo público quanto pela crítica. 

O filme foi indicado a 4 prêmios Globo de Ouro®, incluindo Melhor Filme, Melhor Ator (Jesse Eisenberg), Melhor Roteiro, e venceu na categoria de Melhor Performance por Ator Coadjuvante, com Kieran Culkin. Além disso, o filme ganhou na categoria Roteiro on Prêmio Waldo Salt Roteiro no Festival de Cinema de Sundance no ano passado e foi nomeado um dos 10 Melhores Filmes de 2024 pela AFI.

A Verdadeira Dor, da Searchlight Pictures, está com certificação Fresh no Rotten Tomatoes™ e foi elogiado pelos críticos como "uma obra-prima" (Taylor Gates, Collider) e "uma odisséia encantadora, engraçada e bonita" (Owen Gleiberman, Variety).

Sinopse

Os primos em desacordo, David e Benji, se reencontram para uma viagem pela Polônia para homenagear sua amada avó. A aventura toma um rumo inesperado quando as antigas tensões entre eles ressurgem, contra o pano de fundo da história de sua família.

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Vencedor do Prêmio do Júri em Cannes, Emilia Pérez, conquista quatro prêmios no Globo de Ouro

 

Por Victoria Hope

O drama “Emilia Pérez”, de Jacques Audiard, ganhou quatro prêmios no Globo de Ouro, que aconteceu no último domingo. Vencedor nas categorias “Melhor Filme de Língua Não Inglesa”, “Melhor Filme Musical ou de Comédia”, “Canção Original” e “Atriz Coadjuvante” (Zoe Saldaña), o longa, que chega aos cinemas brasileiros em 06 de fevereiro, com distribuição da Paris Filmes, foi a produção cinematográfica mais premiada da noite. “Emilia Pérez” também venceu o Prêmio do Júri na última edição do Festival de Cannes e está na pré-lista do Oscar em seis categorias, incluindo Melhor Filme Internacional. Assista ao trailer aqui e baixe as imagens neste link.

O longa acompanha Rita (Saldãna), uma advogada de um grande escritório que está mais interessada em libertar os criminosos do que em levá-los à justiça. Certo dia, ela recebe uma inesperada proposta: o líder do cartel, Manitas (Karla Sofía Gascón), a contrata para ajudá-lo a se retirar de seu negócio e realizar um plano que vem preparando secretamente há anos: tornar-se a mulher que ele sempre sonhou ser. A trama é livremente adaptada do romance ‘‘Ecoute’’ de Boris Razon. O elenco ainda conta com Selena Gomez, Adriana Paz e Edgar Ramírez.

Why Not Productions e Page 114 assinam a produção, com coprodução de Saint Laurent por Anthony Vaccarello, Pathe, France 2 Cinema, em associação com Library Pictures International, Logical Content Ventures, Les Films du Fleuve e The Veterans. A distribuição nacional é da Paris Filmes.

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