Por Victoria Hope
Estrelado por Helen Mirren, Golda - A Mulher de uma nação, narra as polêmicas decisões de risco que Golda Meir, primeira-ministra de Israel, enfrentou durante a Guerra do Yom Kippur em 1973. Em circunstâncias inimagináveis, as ações da 'Dama de Ferro de Israel', primeira mulher a ocupar esse posto na nação, definiram o destino de milhares de vidas.
O sentimento de culpa toma conta de todo o filme desde seus momentos iniciais, onde uma trilha que se assemelha ao tema de 'vilões', embala os passos da figura Golda Meir enquanto ela é levada a julgamento por todas suas decisões que abalaram Israel no outono de 1973.
Há sempre um certo medo de que filmes biográficos sobre figuras políticas, de alguma forma tentem romantizar a vida e trajetória das pessoas que marcaram história, mas felizmente, Golda não cai nessa armadilha, apesar de vez ou outra tropeçar em estereótipos já ultrapassados.
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| Golda - A Mulher de Uma Nação / Foto: Diamonds Films |
Helen Mirren está ótima e apresenta um controle e elegância enormes mesmo abaixo de tanta maquiagem prostética, mas nada disso é demérito para a performance que ela entrega em tela. Até mesmo nas excessivas e inúmeras cenas onde a personagem acende o cigarro, Mirren se entrega ao papel e mergulha nessa figura histórica tão marcante.
Mas a perfomance de Helen é um dos pequenos trunfos que segura a trama de Golda, que hora se arrasta demais com cenas que pouco agregam à trama; um corte aqui, um foco longo demais em objetos que no fim não dizem nada, mostram uma certa pretensão na direção, mas são poucos momentos assim.
Golda aborda os conflitos sem tocar na contradição relacionada à Israel e o acordo de paz que de fato nunca vingou de fato. É um filme um tanto quanto seco, que merecia mais elementos para estar par a par com a performance de Mirren. Para os amantes de história que gostam de filmes sobre conflitos históricos, o longa é interessante, mas apenas isso.
NOTA: 8/10
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