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Mostra de SP 2025 | Jay Kelly

 

Por Victoria Hope

Do que é feito um ator? De suas escolhas pessoais? De sua carreira ou do legado que deixa para trás? Essas são algumas das perguntas respondidas por Jay Kelly, nova dramédia estrelada por George Clooney e Adam Sandler para a Netlflix.

Com sua estreia programada para o encerramento da Mostra de SP 2025, o longa conta a história de Jay Kelly (Clooney), um ator em seus quase sessenta anos, prestes a receber um prêmio pelo corpo de se trabalho, mas que atualmente passa por uma crise ao perceber que deixou a família de lado para focar em sua carreira e agora talvez seja taarde demais para tentar criar laço com aqueles que sempre estiveram ao seu redor.

Com ajuda de seu agente, Ron (Adam Sandler), o ator embarca em uma viagem para Europa que irá mudar a vida de ambos para sempre, nessa jornada de autodescoberta onde tanto o ator quanto o agente e sua equipe colocarão em perspectiva tudo o que fizeram em seus tempos de parceria e se ao final, realmente valeu a pena sacrificarem tanto em prol do trabalho e tão pouco à suas famílias.

Em atuações belíssimas de Clooney e Adam Sandler, que mais uma vez mostra ter um talento enorme para o drama, o público é introduzido à história dos bastidores do cinema pelo ponto de vista de uma estrela que apesar da idade, ainda está no auge de sua carreira, principalmente por ser um homem privilegiado em hollywood.

Sem grandes pretenções, o filme leva a audiência a questionar os caminhos que as estrelas trilham até chegar à carreira de seus sonhos e quando sonhos de amigos e familiares essas estrelas precisaram destruir para serem considerados os melhores. Quantos aniversários, quantas datas especiais eles perderam porque tinham algum filme para gravar? E os agentes? O quanto de suas vidas dedicam às carreiras de seus talentos, deixando suas próprias famílias de lado?

O filme traz aquele sentimento melancôlico de que nem todos podem ou vão se perdoar e que está tudo bem seguir em frente. Uma das cenas, que celebra as carreira do ator, se cruza à carreira do próprio George Clooney em uma montagem cinematográfica de emocionate. 

Nota: 8/10

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Larissa Manoela e Giovanna Rispoli enfrentam os desafios da vida adulta em Traição Entre Amigas, adaptação da obra de Thalita Rebouças


 Por Victoria Hope

Traição Entre Amigas, novo longa-metragem dirigido por Bruno Barreto e estrelado por Larissa Manoela e Giovanna Rispoli, estreia nos cinemas de todo o Brasil no dia 04 de dezembro. O filme é baseado no primeiro livro da escritora best-seller Thalita Rebouças e promete emocionar o público ao abordar os altos e baixos de uma amizade abalada por uma traição.

A história acompanha Penélope (Larissa Manoela) e Luiza (Giovanna Rispoli), duas jovens adultas que são totalmente inseparáveis desde crianças. Apesar das personalidades bem diferentes, elas constroem uma relação intensa de cumplicidade, como só acontece em verdadeiras amizades. Mas tudo muda quando uma delas comete uma traição e resolve contar para a outra. Os sentimentos afloram: raiva, mágoa, vergonha, arrependimento, e a amizade que parecia inabalável se desfaz. A partir desse rompimento, os caminhos de ambas tomam rumos diferentes: Penélope busca recomeçar em Nova York, enquanto Luiza se joga nos relacionamentos virtuais, entre promessas de amor e armadilhas emocionais.


Traição Entre Amigas / Imagem Filmes

O longa marca uma mudança na carreira de Larissa Manoela, agora em um papel mais denso e desafiador. Conhecida por interpretar personagens leves e voltados ao público infantil, a atriz mergulha em uma narrativa emocionalmente complexa ao dar vida à impulsiva Penélope, jovem que precisa lidar com as consequências devastadoras de uma traição cometida contra sua melhor amiga. Em Traição Entre Amigas, Penélope explora conflitos internos, sentimentos de culpa e o amadurecimento forçado diante de um rompimento doloroso, revelando uma nova faceta de Larissa Manoela e sua versatilidade como atriz.

A direção do filme é assinada por Bruno Barreto, um dos cineastas mais renomados do país, responsável por sucessos como: “Flores Raras”, “Vovó Ninja", “Dona Flor e Seus Dois Maridos” e “O Que É Isso, Companheiro?”, sendo este último indicado ao Oscar® de Melhor Filme Estrangeiro. O roteiro é assinado por Marcelo Saback e Thalita Rebouças, com produção da L. C. Barreto, e distribuição nacional da Imagem Filmes.

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Mostra de SP 2025 | Papagaios

 

Por Victoria Hope

Papagaios, suspense nacional de Douglas Soares teve sua estreia no Festival de Gramado e também está em cartaz na 49ª Mostra de Cinema em São Paulo e definitivamente foi um dos meus filmes mais antecipados do evento. Na trama, Tunico (Gero Camilo) é o mais famoso “Papagaio de Pirata” do Rio de Janeiro, uma categoria de pessoas que adoram aparecer ao fundo das reportagens, perseguindo repórteres para todos os lados a fim de terem seus 15 minutos de fama na TV. 

Após um grave acidente em um parque de diversões, Beto (Ruan Aguiar), um jovem misterioso que trabalhava em uma das atrações do local, se torna obcecado pela figura de Tunico e logo se torna seu pupilo, a fim de buscar fama a qualquer custo; qualquer custo mesmo.

O longa, repleto de ambiguidades, toca em uma ferida profunda que vem há muitos anos (ou até mesmo séculos) antes da criação dos influencers digitais. O desejo de ser visto, para deixar uma marca seja na sua comunidade ou no mundo é algo fascinante de acompanhar, afinal, como dizia o ditado, "quem não é visto, não é lembrado" e se tem um personagem que tem medo de ser esquecido por todos, esse é Tunico, interpretado de forma brilhante por Gero Camilo, não é a toa que o ator venceu o Kikito de Ouro em Gramado por esse personagem tão envolvente. 


Papagaios / Foto: Olhar Filmes

Toda a artmosfera do longa é muito bem construída, em um slow burn muito bem construido, onde muitos dos diálogos são focados pelo "não dito", onde olhares e gestos dizem mais do que mil palavras e é nesse momento onde Ruan, em seu papel estreante em longa metragem, entrega absolutamente tudo em uma performance devastadora, no melhor sentido da palavra, apresentando esse personagem tão controverso, sedutor e ao mesmo tempo assustador.

Enquanto Tunico parece ser um livro aberto, Beto parece ser um enigma a ser decifrado e qual foi a minha surpresa ao perceber a virada de chave, quanto o público finalmente entende qual dos dois personagens realmente esconde suas verdadeiras intenções. 

Uma das cenas mais belas do longa, é embalada por uma trilha envolvente enquanto Tunico e Beto ensaiam suas posições em frente a um espelho, quase como que numa dança que representa a movimentação dos papagaios de pirata em frente as câmeras. É o tipo de cena que marca um dos momentos mais icônicos do cinema brasileiro e diz muito sobre o tutor e seu pupilo.


Papagaios / Foto: Acervo Leo Jaime

A direção de fotografia é incrível e ajuda a criar a estética típica dos anos 90, quando os celulares estavam começando a chegar, mas a internet que conhecemos hoje ainda não existia, então percebe-se que a única mídia onde os papagaios poderiam aparecer era na TV e no rádio, alías, após o filme, será impossível assistir aos noticiários sem imaginar que as pessoas de fundo são papagaios de pirata até mesmo nos dias de hoje.

Traçando uma comparação ainda mais moderna, é possível comparar os papagaios com aquelas pessoas que surrupiam vídeos de outros criadores de conteúdo, colocam uma tela verde para replicar o vídeo ao fundo e ficam em frente a tela sem dizer nenhuma palavra, apenas acenando com a cabeça e fazendo gestos com as mãos, como se tivessem feito "um grande mousse", quando na verdade estão apenas tentando ganhar seus minutos de fama em cima de um conteúdo que tem bastante alcance, como vídeos virais, por exemplo. 

Papagaios traz diversas mensagens relevantes e sai completamente fora da curva de projetos mais recentes do cinema nacional e apesar do ritmo mais lento, com certeza vai fazer fãs de suspense se apaixonarem por essa história e por seu elenco. O final é de cair o queixo e extremamente ambíguo, o que vai fazer com que o público questionar qual é a verdadeira intenção dos protagonistas até o último segundo.

NOTA: 8.5/10 

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Mostra de SP 2025 | A Sombra do Meu Pai

 

Por Victoria Hope

"A Sombra de Meu Pai", que fez história ao ser lo primeiro filme nigeriano a competir em Cannes, é um conto semi autobiográfico do estreante Akinola Davies Jr, ambientado em um único dia na metrópole nigeriana de Lagos, durante a crise eleitoral de 1993. 

A história acompanha um pai, afastado dos dois filhos pequenos, durante uma jornada por essa enorme cidade enquanto a agitação política ameaça sua volta para casa e o filme recebeu a menção honrosa do júri da Caméra d’Or no Festival de Cannes.

Enquanto acompanhamos dois gêmeos,  Aki (Godwin Egbo) e Olaremi (Chibuike Marvellous Egbo) que vivem seus dias entre brincadeiras e estudos, percebemos que há ausência de alguém na cena até sermos introduzidos a Folarin, pai dos garotos, interpretado de forma brilhante por Sope Dirisu (His House). 

As crianças reclamam da ausência do pai no dia a dia, enquanto o adulto tenta justificar dizendo que precisa trabalhar em outra cidade todos os dias para manter o bem-estar dos garotos, mas e quantas pessoas cresceram com pais que trabalhavam o dia inteiro e mal podiam ver seus filhos? Essa não é uma história tão incomum, alíás, é tão usual e verdadeira que é quase impossível o público, principalmente das gerações millenal e Z, não se identificarem com a trama.

Nesse meio tempo, em alguns dos raros dias onde a mãe dos meninos está fora de casa, Folarin precisa ir para Lagos trabalhar e decide levar os filhos para trabalharem um dia com ele e aí se inicia uma jornada eletrizante (e ao mesmo tempo perigosa), enquanto a Nigéria passa por um de seus momentos mais complicados da história, em meioo a ascenção do fascismo e a destruição da democracia no ano de 1993.

A Sombra de Meu Pai, é uma belíssima carta de amor à ausência paterna, inclusive, em muitos momentos, o realismo mágico toma conta da trama, afinal, não sabemos se o que eastá acontecendo é real ou se a imaginação fértil das crianças está criando aqueles momentos especiais com o pai que talvez nunca esteve ali.

Repleto de poesia, uma das melhores direções de fotografia do ano e momentos que vão arrancar lágrimas, o longa é sem dúvida um dos projetos mais belos da temporada e que merece ser reconhecido nas premiações do próximo ano, incluindo com indicações de Melhor Ator para Sope Dirisu, Melhor Direção para Akinola Davies Jr Melhor Filme em Lingua Estrangeira. Estaremos aqui na torcida.

Nota: 9.5/10

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Mostra exibe Queen Kelly e promove debate sobre a restauração do filme com o arquivista norte-americano Dennis Doros

 

Por Victoria Hope

Sempre atenta às discussões sobre memória e preservação do cinema, a Mostra dedica parte da programação a obras restauradas, títulos raros, novas cópias de clássicos e filmes "perdidos" a serem redescobertos.

Um desses casos é Queen Kelly (1929), cuja reconstrução chega à 49ª Mostra após estrear no Festival de Veneza. O arquivista Dennis Doros, responsável pela reconstituição, está no festival e participa de uma mesa sobre o processo do restauro neste domingo (19), depois da exibição da produção, que será apresentada às 20h45, na Sala Grande Otelo da Cinemateca Brasileira. A participação no debate está vinculada ao ingresso para a sessão.

Filme mítico, e com diferentes versões após uma conturbada produção, o título dirigido por Erich von Stroheim, estrelado por Gloria Swanson, sofreu com os cortes do estúdio e a intervenção da própria Swanson, em um momento de transição para o cinema falado, transformando Queen Kelly em um fragmento que entraria para a história de Hollywood. Doros conta que o resultado dessa versão de é uma "reimaginação" da concepção original de Stroheim. A reconstrução se baseia na descoberta de materiais, na recuperação de originais em nitrato e ferramentas digitais utilizadas em restaurações.

A 49ª Mostra exibe também uma cópia maior do indiano Sholay (1975), de Ramesh Sippy, que completa 50 anos; o português Aniki-Bóbó (1942), de Manoel de Oliveira; e o argelino Crônica dos Anos de Fogo(1975), de Mohammed Lakhdar-Hamina, que faleceu em maio de 2025 — pelo filme que estreou há cinco décadas, ele foi o primeiro cineasta árabe-africano a receber a Palma de Ouro do Festival de Cannes.


Lua Cambará - Nas Escadarias do Palácio / Foto: TV Brasil

O japonês Chuva Negra (1989), de Shohei Imamura, que faz parte da efeméride dos 80 anos das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, integra a programação com uma nova cópia. Em memória ao evento trágico, a Mostra vai passar ainda Alma Errante – Hibakusha (2025). Uma sessão dupla ocorre no Sato Cinema neste domingo (19), às 19h. A exibição será seguida de uma apresentação da música Rosa de Hiroshima (baseada no poema de 1946 do escritor Vinicius de Moraes), interpretada por Mariana de Moraes, filha de Vinicius, e por Gerson Conrad, do Secos & Molhados, grupo que eternizou a canção.

Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), de Marcelo Gomes, que comemora 21 anos da primeira exibição do filme na Mostra, onde recebeu os prêmios do júri, de melhor ator, para João Miguel, e da crítica de melhor filme brasileiro, terá a sua versão restaurada exibida.

O cinema brasileiro também está representado com as restaurações de Lua Cambará – Nas Escadarias do Palácio (2002), de Rosemberg Cariry, Tônica Dominante (2001), de Lina Chamie, e Um Céu de Estrelas (1995), de Tata Amaral, que completa três décadas.

Além disso, a nova cópia digital de Garota de Ipanema (1967), de Leon Hirszman, confeccionada pelo laboratório de imagem e som da Cinemateca Brasileira, também faz parte do programa.

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Mostra de SP 2025 | Frankenstein de Guillermo Del Toro

 

Por Victoria Hope

O anúncio de que Guillermo Del Toro adaptaria "Frankenstein" uma das obras mais aclamadas e queridas da literatura gótica, encheu os fãs do gênero de esperanças, porém com o anúncio veio a melancolia pelo fato de que o filme não seria lançado nos cinemas e sim diretamente para o streaming, porém felizmente, muitas pessoas vão poder assistir o longa em diversas sala de cinema do país antes da estreia oficial no dia 7 de novembro na Netflix.

Frankenstein de Mary Shelley pessoalmente é uma das minhas obras favoritas da literatura, logo, as expectativas estavam altas, porém, apesar de visualmente o filme ser impecável, o roteiro deixa a desejar, principalmente na subversão de vários temas que são essenciais para a obra e que foram trocados pela liberdade criativa de Del Toro, hora bem vinda, hora causando estranhamento.

Na trama, dividida em duas partes, o público é introduzido ao Doutor Victor Frankenstein (Oscar Isaac), um brilhante, porém excêntrico cientista que sonha em criar vida após a mostre. Acompanhamos sua história desde sua infância conturbada, com um pai quase sempre ausente e uma mãe amável à sua vida adulta, quando após anos de estudo, decide colocar suas teorias em prática e trazer a vida uma criatura perfeita.

Enquanto acompanhamos o jovem doutor em missões perigosas em busca das partes de corpo perfeita para sua criatura, também somos introduzidos à cunhada de Victor, Elizabeth (Mia Goth), que estranhamente é muito parecida com a mãe do cientista. 

Frankenstein / Foto: Netflix

As duas horas e meia do filme são bem sentidas, afinal, o primeiro ato se arrasta demasiadamente, carregado por uma atuação extremamente caricata de Oscar Isaac, que a todo momento parece ler o roteiro ao invés de interpretar como alguém da época e infelizmente o mesmo acontece com quase todo o elenco, incluindo Mia Goth, extremamente mal aproveitada e com pouquíssimas falas, apesar de interpretar 2 (quase 3) personagens no longa. 

Quem realmente surpreende é Jacob Elordi como a Criatura, que entrega uma das melhores atuações do ano e que com certeza deveria ser valorizado na temporada de premiações. Tudo o que ele entrega em cena, desde a inocência e curiosidade da Criatura, até mesmo sua performance corporal de tirar o fôlego, ajudam a dar vida a essa criatura tão amada por fãs de terror, trazendo toda a poesia por trás das falas do personagem, o que com certeza deixaria Mary Shelley muito orgulhosa, afinal, sabemos que Del Toro, como nenhum outro diretor, tem um respeito máximo pelas criaturas e monstros das histórias e é aqui onde o roteiro brilha. 

Mas é claro que outro aspecto extremamente positivo do filme é o visual, incluindo os figurinos belíssimos e intricados que parecem ter saído diretamente da época que representam. A única pena é o CGI horroroso de animais que aparecem ao longo do filme e estragam completamente a imersão, principalmente durante o segundo arco da história. Esse é um filme que vai dividir opiniões, talvez pela expectativa que fãs tem sobre o nome de Del Toro e por conta do elenco recheado de estrelas, mas essa talvez seja uma das adaptações mais fiéis de Frankestein que tivemos até hoje. 

NOTA: 8.5/10

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Mostra de SP 2025 | Sirât

 

Por Victoria Hope

Existem filmes que deixam a audiência boquiaberta comk sua conclusão e "Sirât", é um desses títulos que marca quem assiste para sempre. Na trama, o público acompanha a  busca desesperada de um pai e seu filho por uma jovem desaparecida que aparentemente sumiu em uma rave no deserto.

O que se segue, é uma jornada assustadora e sufocante enquanto essa família tenta encontrar a garota, ao mesmo tempo em que conhecem um grupo de pessoas que vivem a vida de raves e pouco se importam com o amanhã; pelo menos à primeira vista, é o que parece ser, mas logo, o protagonista e seu filho vão perceber que aqueles desconhecidos oferecem muito mais do que uma 'vida sem regras'.

Inicialmente, a rave parece ser o ápice da liberação, mas aos poucos, começa a revelar um lado muito sombrio e assustador das festas que acontecem em meio ao deserto, principalmente desertos do oriente médio onde conflitos seguem sem freio. 

Sirât / Foto: Mostra Internacional de Cinema de SP 

O título do filme evoca a Ponte As-Sirât, um dos elementos centrais do imaginário islâmico, que diz que no Dia da Ressurreição, as almas devem passar por uma passagem mais fina que um fio de cabelo, correndo o risco de cair em um submundo repleto de chamas e a alegoria não poderia ser mais verdadeira quando se fala no filme, que de sua maneira, reflete essa mesma passagem.

Tanto o lado emocional dos protagonistas quando o espiritual é posto à prova conforme eles avançam com seus carros ao som de techno, enquanto o sentimento da morte e desespero segue todos os seus rastros, culminando em momentos chocantes.

Não há mais o que falar sobre a trama sem que spoilers sejam contados, mas a catarse de toda a história faz Sirât valer a pena. É um filme forte, pesado, porém com umja mensagem extremamente relevante, principalmente com o cenário socio-político atual.

NOTA: 8.5/10 

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Mostra de SP 2025 | Papagaios, suspense vencedor de 4 kikitos no Festival de Gramado, integra programação oficial

 

Por Victoria Hope

O longa-metragem “Papagaios”, do cineasta carioca Douglas Soares, faz parte da 49ª da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que ocorre de 16 a 30 de outubro. 

O premiado suspense, que levou quatro Kikitos no Festival de Gramado deste ano, sendo de Melhor Longa-Metragem pelo Júri Popular, Melhor Ator (Gero Camilo), Melhor Direção de Arte (Elsa Romero) e Melhor Desenho de Som (Bernardo Uzeda, Thiago Sobral e Damião Lopes), integra a Mostra Brasil e tem exibições confirmadas nos dias 18 e 29 de outubro. 

Estamos muito honrados em participar da Mostra de São Paulo, que é um dos mais importantes eventos de cinema do País. Tivemos uma excelente recepção do público e da crítica no Festival de Gramado e essa será uma nova oportunidade de apresentar a produção aos espectadores que ainda não conseguiram conferir o filme”, comenta o cineasta Douglas Soares. 

Papagaios” traz uma sátira social sobre os limites éticos da fama, em um suspense marcado por mistérios e uma pitada de humor, indagando sobre o que o ser humano está disposto a fazer para aparecer na TV, seja em tragédias, velórios de famosos ou nos noticiários.

Sucesso de crítica no Festival de Gramado pela imprensa especializada, o longa-metragem teve uma de suas cenas considerada como uma das mais belas do cinema brasileiro recente. Ela traz os dois personagens principais, Tunico (Gero Camilo) e Beto (Ruan Aguiar), em uma coreografia misteriosa e inusitada, ao som da canção “Naquela Mesa”, de Sérgio Bittencourt, com interpretação de Nelson Gonçalves. 


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O Bom Bandido | Estrelado por Channing Tatum e Kirsten Dunst, longa estreia nos cinemas nessa quinta (16)

 

Por Victoria Hope

O Bom Bandido (“Roofman”), longa estrelado por Channing Tatum ("Pisque Duas Vezes") e Kirsten Dunst (“Guerra Civil”), estreia nos cinemas de todo o Brasil nesta quinta-feira (16), com distribuição da Diamond Films. 

Com direção de Derek Cianfrance ("Namorados Para Sempre"), o longa é inspirado na história real do carismático ladrão Jeffrey Manchester, e narra o dilema de um homem que precisa escolher entre preservar sua liberdade ou se arriscar vivendo uma história de amor improvável.

Tatum é quem interpreta o protagonista que dá nome ao filme, um criminoso em fuga que encontra abrigo no telhado de uma loja de brinquedos. Era para ser um esconderijo temporário, mas Jeff de repente se vê apaixonado por uma das funcionárias do estabelecimento. Para manter o relacionamento, ele adota uma nova identidade e começa a assumir riscos cada vez maiores, desde ir visitá-la até se tornar um membro ativo daquela comunidade. Contudo, é uma questão de tempo até que segredos do passado o alcancem e o casal fique diante de decisões que podem mudar as suas vidas. 

Além de Tatum e Dunst, O Bom Bandido ainda conta com um elenco estelar, composto por nomes como Peter Dinklage ("Game of Thrones"), Lakeith Stanfield ("Atlanta"), Juno Temple ("Ted Lasso") e Ben Mendelsohn (“Sede Assassina”).  

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Mostra de SP 2025 | Drácula de Radu Jude

 

Por Victoria Hope

Existe um limite quanto fala-se em filmes tediosos, mas "Drácula" de Radu Jude talvez ultrapasse todos esses limites em termos de chatice, mau gosto e vulgaridade. Raramente inicio críticas falando do que não apreciei em um longa, mas isso não quer dizer que o filme não tenha pontos interessantes abordados.

O uso excessivo da IA, mesmo que em crítica, ainda assim não deixa de ser inteligência artificial e não deixa de utilizar litros e litros de recursos naturais para tentar "passar uma mensagem". Apesar disso, O Drácula de Jude apresenta uma ferrenha crítica à indústria cinematográfica, ao consumismo exacerbado e ao próprio uso indiscriminado de inteligência artificial.

Na trama, acompanhamos um autor que utiliza uma IA fictícia chamada Dr. AI Judex, para criar diversos filmes temáticos de Dracula. Enquanto o personagem autor tenta criar um filme com símbolos que supostamente o público gosta, o público é atacado com centenas de cenas repetitivas de sexo, palavras de baixo calão e violência. 

O artifício da IA falsa funcionaria muito bem como uma crítica caso a IA verdadeira não tivesse sido utilizada, fora que, o ritmo do filme, que é excessivamente longo, se torna cansativo rapidamente, até mesmo porque há uma repetição da mensagem em cada um dos "capítulos" apresentados.

Criticas ao capitalismo são salpicadas em casa uma das tramas, as vezes funcionando muito bem, como no episódio específico onde Dracula é pintado como um CEO carrasco de uma empresa, mas na maioria das vezes à crítica não vai muito longe. 

Em alguns momentos, as cenas de nu frontal principalmente feminino são tão excessivas que cheguei a pensar que estava vendo um filme feito por um adolescente na puberdade e não por um diretor adulto renomado. É um filme incômodo que por mais que tente parecer 'genial", só se torna um produto vazio, tal qual o produto que ol próprio personagem autor tenta criticar. Seria essa uma então? Talvez.

Nota: 4/10

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CCXP 2025 | Evento confirma presença de Pedro Bandeira, autor da série Os Karas

 

Por Victoria Hope

A CCXP25, o maior festival de cultura pop do mundo, anuncia a participação do icônico Pedro Bandeira em sua próxima edição, que acontece de 4 a 7 de dezembro no São Paulo Expo. Autor de livros infantojuvenis que marcaram gerações, ele chega à CCXP para o lançamento da versão em quadrinhos do clássico A droga da obediência, publicado pela editora Moderna, com roteiro de Felipe Pan, ilustração de Olavo Costa e cores de Mariane Gusmão. Bandeira estará presente no Artists’ Valley, no dia 7 de dezembro (domingo), onde receberá fãs e celebrará uma trajetória que atravessa décadas e influenciou leitores desde os anos 1980.

Nascido em Santos (SP) em 1942, Pedro Bandeira se mudou para São Paulo aos 19 anos e iniciou uma trajetória diversa, atuando como ator, diretor e cenógrafo. Também trabalhou na televisão como redator e editor, até descobrir na literatura sua grande vocação. Em 1972, começou a escrever para revistas infantis da Editora Abril e, em 1983, lançou seu primeiro livro, O dinossauro que fazia au-au. Um ano depois, veio o sucesso que o consagraria: A droga da obediência, primeira aventura do grupo “Os Karas”.

Com mais de 100 livros publicados e 20 milhões de exemplares vendidos, Bandeira é hoje um dos autores mais lidos do país. Sua obra, que transita entre o mistério, a aventura e o humor, já recebeu prêmios como Jabuti, APCA, Adolfo Aizen e o selo Altamente Recomendável da FNLIJ. Desde 2009, é autor exclusivo da Editora Moderna, que relançou seus clássicos para novas gerações de leitores.



A Droga da Obediência completou 40 anos em 2024, e em breve ganhará as telonas com sua primeira adaptação para os cinemas, com produção da Conspiração e coprodução Globo Filmes e Scriptonita Films. A Droga da Obediência já vendeu mais de 4 milhões de cópias, e é o livro inaugural da série literária Os Karas, que totaliza 8 milhões de livros vendidos

Na CCXP25, a presença do autor se soma a outros grandes nomes já confirmados para o Artists’ Valley, como: Sara Pichelli – co-criadora de Miles Morales e artista de títulos como Spider Man, Guardians of the Galaxy e Scarlet Witch 

Joe Quesada – ex-editor-chefe e Chief Creative Officer da Marvel Comics, criador de Disciple e artista de títulos como Demolidor e Homem-Aranha

Netho Diaz – brasileiro com trabalhos em Cobra Commander, G.I. Joe, Wolverine e Venom

J. M. DeMatteis - roteirista de Homem-Aranha: A Última Caçada de Kraven e Moonshadow

Gerry Conway - roteirista de A Morte de Gwen Stacy e co-criador do Justiceiro 

Elena Casagrande, Phil Hester, Nick Dragotta, Frank Martin, John Timms, Lucas Meyer, entre outros.

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Wicked Parte 2 | Universal Pictures traz Ariana Grande, Cynthia Erivo, Jonathan Bailey e Jon M. Chu ao Brasil

 

Por Victoria Hope

A Universal Pictures anuncia hoje a turnê brasileira de “Wicked: Parte II” (Wicked: For Good), sequência da história não contada das Bruxas de Oz. Como parte da campanha de divulgação do filme, o diretor Jon M. Chu, as atrizes Ariana Grande (Glinda) e Cynthia Erivo (Elphaba), e o ator Jonathan Bailey (Fiyero) estarão em São Paulo no início de novembro para um evento para fãs e imprensa assinado pela Universal Pictures em parceria com a TV Globo. Wicked: Parte II chega aos cinemas brasileiros em 20 de novembro.  

O premiado Jon M. Chu retorna para dirigir a continuação após comandar a sensação global de 2024 - aclamada como a maior adaptação cinematográfica da Broadway de todos os tempos colecionando 10 indicações ao Oscar (incluindo Melhor Filme), vencedora de Melhor Figurino e Melhor Design de Produção e responsável por mais de 750 milhões de dólares em bilheteria global. Ariana Grande e Cynthia Erivo, ambas indicadas ao Oscar, voltam a estrelar nos papéis de Glinda e Elphaba, que passa a ser vista como a temida Bruxa Má do Oeste. Já Jonathan Bailey retoma como o Príncipe Fiyero. 


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[Entrevista] Visa e Team Liquid fortalecem parceria com foco na inclusão feminina e trazem experiências inéditas à BGS 2025

Por Victoria Hope

E hoje começa mais uma edição da Brasil Game Show, dessa vez no Distrito Anhembi, com muitas novidades e a prssença de diversas marcas que fazem parte da história do evento. A espera acabou e o evento abre oficialmente suas portas nesta quinta-feira (9), dando início a uma maratona de quatro dias de pura imersão no universo dos games.

Como tradição, o primeiro dia, considerado um pré-show e data oficial de imprensa, marcou o pontapé inicial do evento com uma programação especial voltada a convidados e credenciados. Nesse dia, nossa equipe teve a oportunidade de conversar com Mariana Dinis, Diretora de Marketing da Visa, que esse ano firma a paceria da marca com a Team Liquid para uma experiência para lá de imersiva no estande da gigante dos games.

Nesse ano, durante os quatro dias de evento, o estande da Team Liquid receberá nomes de peso como Kami, Revolta, FRTTT e a recém-chegada Babi, em uma ação chamada "Jogue com um Pro", onde visitantes terão oportunidade de enfrentar os campeões convidados em partidas 5x5 e além disso, a Visa, que também é patrocinadora do time VALORANT, oferece pela primeira vez um espaço VIP mais do que especial, com comes e bebes e uma área para descanso, além de máquinas para que os visitantes possam jogar partidas com o squad da Team Liquid.


Espaço exclusivo da Visa no estande da Team Liquid

Amélie Magazine: Com a renovação da parceria entre a Visa e a Team Liquid, quais são os planos em termos de patrocício na área de eSports, principalmente nessa nova edição da BGS?

Mariana Dinis: A Visa já está há um ano com a Team Liquid e esse é o segundo ano que a gente participa da BGS com eles, então é uma forma de entrar nesses eventos e nos conectarmos com essa nova geração. A nossa parceria com a Team Liquid, tem foco principalmente no patrocínio do time feminino de Valorant, que tem tudo a ver com essa frente de inclusão que a Visa trabalha. 

É assim que nossa equipe fomenta essas oportunidades para as pessoas prosperarem no universo dos eSports, então tem tudo a ver com o que a Visas faz. E além dessa associação com o time, temos também esse ano uma série de ativações, que temos tanto no centro de treinamento da Team Liquid em eventos como Resenha das Minas, Tapa Cavalo, como participação em eventos como a BGS também.


Amélie Magazine: E o quais atividades a Visa vai promover por aqui durante esses 4 dias de evento?

Mariana Dinis: Aqui estamos com bastante coisa legal esse ano! Temos uma loja da Team Liquid com itens bem bacanas e vale lembrar que quem paga com Visa tem 20% de desconto e também, para quem fizer compras acima de R$600, terá acesso ao espoaço exclusivo da Visa aqui no estande, onde as pessoas vão poder descansar, carregar o celular, comer algumas comidinhas e além disso, também vão poder tirar foto com o troféu do Game Changer, que é o troféu que as meninas do Valorant venceram e até ter oportunidades de fotos com os convidados e jogar uma partida de X1 com os times.

São 50 acessos por dia ao espaço exclusivo, então serão cinquenta pessoas por dia e além disso, os dez primeiros ainda recebem um kit super legal de itens da Team Liquid, então claro, em todo evento onde entramos em parcerias, não temos apenas o benefício de dar o desconto, mas também oferecer experiências bacanas para os fãs, para que a gente possa fomentar cada vez mais ações como essa. 

Amélie Magazine: Você comentou sobre a representatividade feminina nos eSports com o incentivo da Visa, então, como a Visa se vê no futuro com essas parcerias? Mais patrocínios para times femininos em vista ou até mesmo patrocínio de campeonatos dedicados?

Mariana Dinis: A gente sabe que nesse universo dos games, cerca de 50% do público é feminino, mas ainda existe um certo preconceito com a inclusão das meninas nesse universo, com aquela frase típica de que "games são coisas de meninos", mas nós sabemos que no universo gamer, tem muitas meninas jogando sim e a gente quer cada vez mais ver as mulheres participando desse espaço.

Por enquanto, aqui no Brasil estamos focados na Team Liquid e a gente também tem diversas atuações da Visa também em outros mercados na América Latina, como por exemplo, a gente patrocina outros times de eSports e também participa de vários eventos. Campeonatos por enquanto não são o foco, mas com a Team Liquid, a gente consegue passar essa mensagem de mais mulheres nos eSports, de que o universo gamer pode sim ser um universo inclusivo, todos podem ter acesso e todo mundo pode prosperar nesse ambiente.


Troféu que o time feminino de Valorant em exposição no Espaço Visa 

Amélie Magazine: Qual a importância da Visa estar presente em mais um ano da BGS com a Team Liquid e de estar cada vez mais inserida no meio gamer?

Mariana Dinis: O mundo gamer, é uma oportunidade gigantesca de negócios para a Visa. A gente sabe que na América Latina movimenta certa de 9 milhões de dólares, então, é um mundo de diversas formas de pagamento que são possibilidades pela Visa, para estarmos cada vez mais inseridos.

Sabemos que o público gamer adora coisas mais fluídas, rápidas, experiências mais fáceis e convenientes, que é tudo o que a Visa oferece nesse mundo de pagamentos, então, para a gente, nossa missão é ser a melhor forma de pagamentos, então faz todo sentido estarmos aqui nesse cenário, trazendo soluções cada vez mais convenientes para os gamers. 

Estar nesses eventos nos conectando com esse público e com as parcerias entre os times, também vai de encontro com outro objetivo que temos em mente, que e conversar e se conectar com a galera mais jovem, com a geração Z e com as gerações mais jovens. Essa é forma de nos conectarmos de uma forma mais aprofundada, proporcionando experiências que realmente acolham esse público e sejam realmente relevantes para suas experiências aqui na BGS e em outros eventos.

Amélie Magazine: Se você pudesse escolher trrês paralvras para definir a parceria entre a Visa e a Team Liquid na BGS desse ano, quais seriam?

Mariana Dinis:  Acho que tem uma questão de Relevância e como é que somos relevantes para esse público, Fandom, porque assim, existe uma fanbase super leal à Team Liquid, então é muito legal a Visa fazer parte dessa base de fãs e entrar nesse mundo onde os fãs tem essa conexão super especial com os gamers e Conectividade, por estarmos sempre vendo as soluções mais novas, dinâmicas e convenientes para esse público que está sempre conectado. 

Amélie Magazine: Uma mensagem para todos que visitarem o estande da Team  Liquid aqui na BGS!

Mariana Dinis: Gente, venham aqui no estande! Tem muita coisa legal. desade descontos na loja utiizando cartão Visa como pagamento à experiências diferentes e interativas. Tem a Sala Visa para que vocês possam descansar, tem a roleta que você pode participar para ganhar brindes, tem jogos com o pessoal da Team Liquid! Venham para cá para aproveitar porque está muito bacana! 


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[Review] O Telefone Preto 2 evoca espírito vingativo e se consagra como um dos melhores filmes de terror do ano

 

Por Victoria Allen Hope

No primeiro instante, o anúncio de uma sequência de um filme de terror tão novo como "O Telefone Preto", pegou os fãs de terror de surpresa, afinal, filmes como esse levam anos para ganhar sequências-legado, mas "O Telefone Preto 2" conseguiu a proeza de ser ainda mais completo (e aterrorizante) do que o título anterior, se consangrando em um dos melhores filmes do gênero nesse ano.

Nessa sequência, o público é reintroduzido ao jovem Finney (Mason Thames) e sua irmã Gwen (Madeleine McGraw) que agora são sobreviventes do vilão Grabber (Ethan Hawke) e ganharam certa fama na cidade, porém, parece que a sorte não está mais ao seu lado quando a irmã caçula começa a ter visões novamente, dessa vez com novas vítimas que nunca havia visto antes.

A extensão desse universo é muito bem-vinda, introduzindo o público a novos personagens muito bem desenvidos e apresentando um terror atmosférico ainda mais palpável, com direito a cenas gore pesadíssimas relacionadas às vítimas, trazendo tons do sadismo do vilão interpretado de forma brilhante por Hawke, aqui cedento por vingança e pelo desejo de machucar todos às volta de Finney, bem ao estilo Freddy Krueger clássico. 

Um dos destaques do filme com certeza fica nas mãos da Gwen, que na sequência se torna a protagonista na luta contra o espírito vingativo de Grabber. É ela quem se destaca ao rebuscar o passado através de seus sonhos para tentar descobrir como parar o vilão de ir atrás de mais novas possíveis vítimas.


O Telefone Preto 2 / Foto: Universal Pictures

Enquanto o primeiro título pode ser considerado um terror 'elevado', pelos fãs, aqui no segundo, o roteiro tem uma reviravolta completa, tranformando o filme em um terror tradicional slasher daqueles que marcaram história, com direito à jumpscares, cenas de perseguições sangrentas e combates de tirar o fôlego.

Aqui, o diretor Derrickson, continua a acertar não apenas no ar dos anos 70, com todos os cenários, figurinos e até mesmo trilha completamente adequados para a época, como também na escolha das filmagens, trocando de lentes o tempo todom fazendo com que alguns momentos pareçam ter sido filmados diretamente com uma filmadora VHS. 

Nesse novo cenário, com o vilão se encontrando morto, o maior desafio do diretor foi transformar aquela figura muito real e de carne e osso em algo verdadeiramente capaz de causar danos e machucar suas vítimas mesmo sendo um fantasma agora e é por isso que as referências ao clássico "A Hora do Pesadelo" são tão importantes aqui. 

Muitos detalhes sobre o passado da família de Finney acabam se entrelaçando com a trama principal, trazendo uma perspecitiva completamente nova sobre a personagem da mãe das crianças, trazendo respostas à muitas dúvidas que surgiram no primjeiro filme. Essa é uma daquelas sequências raras de terror que realmente eleva o status do primeiro longa, trazendlo um grande potencial para que o legado de Grabber continue. 

NOTA: 9/10

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Mostra de SP 2025 | Bugonia

Por Victoria Hope

Bugonia, de Yorgos Lanthimos, definitivamente será um dos filmes mais divisivos do diretor grego, que novamente firma sua parceria com Emma Stone nesse remake que satiriza a estupidez humana e nos relembra do momento socio-político atual no mundo inteiro.

Na trama, somos introduzidos à Teddy (Jesse Plemmons), um rapaz viciado em teorias da conspiração, que acredita que alienígenas do planeta Andrômeda invadiram a Terra em busca da destruição total do planeta e cabe a ele, um simples humano comum, parar essa ameaça, nem que para isso ele precise da ajuda de seu primo mais novo, Dom (Aidan Delbis)

O alvo da dupla atrapalhada é ninguém mais que Michelle (Emma Stone), uma poderosa CEO da indústria farmacéituca, que segundo Teddy, é uma alienígena. Nenhum dos dois rapazes tem provas, porém por um golpe de sortem, conseguem sequestrar a empresária e a partir dai, começam um jogo de torturas físicas e psicológicas com a mulher, afim de arrancarem uma suposta confissão.

Olhos mais atentos com certeza poderão até mesmo notar alfinetadas modernas sobre casos como o de Luigi Mangione, acusado do assassinato do CEO da United Healthcare, Brian Thompson. Não que Bugonia seja o primeiro filme a falar sobre a revolta da classe trabalhadora contra o capital, mas muitos com certeza vão assimilar semelhanças com o caso mais recente na mídia. 


Bugonia / Foto: Universal Pictures


Com um tom de Misery, do Stephen King, o filme é repleto de mensagens extremamente relevantes, desde a crítica ao capitalismo à indústria farmacêutica à um estudo sobre teorias conspiratórias e como a internet, pelo bem ou pelo mal, pode influenciar pessoas a acreditarem em tudo o que leem, por mais caóticas e conspiratórias que sejam as teorias.

Tem momentos no filme onde o personagem Teddy chega a requintes de crueldade contra Michelle e é nesse instante que a audiência começa a se questionar se todo esse ódio de Teddy é pelos supostos alienígenas invasores ou se ele odeia a mulher em si pelo fato dela ser essa CEO que supostamente está ligada à uma tragédia que aconteceu com a mãe do rapaz ou por ela também supostamente ser uma das empresárias que está acabando com a população de abelhas e consequentemente, destruindo o planeta.

Em Bugonia, Emma Stone está mais contida, porém se diverte no papel da inabalável magnata Michelle, sabendo dosar o drama e bom humor com maestria ao lado de Jesse Plemmons, que aqui apresenta um dos melhores trabalhos de sua carreira, mas vale também o destaque para Aidan Delbis, que apesar de novato, faz um excelente trabalho e ainda adiciona uma importante representatividade neurodiversa muito bem vinda às telas. 

Além da brilhante direção de fotografia e uma ótima trilha sonora, o filme faz pensar, mas por trazer tantos plot-twists e caos em tela, pode ser mais um título divisivo para o público geral. É um filme mais simples do que Pobres Criaturas do mesmo diretor, por exemplo, mas não isso não quer dizer que o projeto não tenha seus trunfos.

NOTA: 9/10

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Com distribuição da Imagem Filmes, The Mastermind e Sonhos, serão exibidos no Festival do Rio

 

Por Victoria Hope

O prestigiado festival acontece no Rio de Janeiro entre os dias 02 e 12 de outubro e traz o melhor do cinema mundial contemporâneo.

A Imagem Filmes irá exibir The Mastermind, dirigido por Kelly Reitchard, e Sonhos, do diretor Michel Franco, na 27ª edição do Festival do Rio, um dos mais importantes e prestigiados festivais de cinema do Brasil. Ambos os filmes estão entre os destaques da edição deste ano e prometem impactar o público com suas narrativas intensas e performances marcantes.

The Mastermind, dirigido por Kelly Reitchard e estrelado por Josh O'Connor, será exibido no Festival do Rio antes de sua estreia oficial nos cinemas, marcada para o dia 16 de outubro, com distribuição da Imagem Filmes em parceria com a MUBI

O filme acompanha JB Mooney (Josh O’Connor), um carpinteiro desempregado que se torna ladrão de arte amador e planeja seu primeiro grande assalto. A performance de O'Connor, conhecido por seu trabalho em “Rivais” e “The Crown”, é um dos pontos altos do filme, que também conta com Alana Haim, Bill Camp, John Magaro, dentre outras estrelas no elenco.

Sonhos, de Michel Franco, traz uma abordagem profundamente sensível e emocional sobre a vida e os dilemas existenciais de seus personagens. Estrelado por Jessica Chastain e Isaac Hernandez, o filme explora temas de identidade, perda e o desejo de alcançar o impossível, através do relacionamento complexo entre a socialite Jennifer (Chastain), que vive de fazer trabalhos filantrópicos e Fernando (Hernandez), o bailarino mexicano que ela patrocina, e com quem tem um caso. A estreia oficial nos cinemas será no dia 30 de outubro.

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[Review] GOAT, novo terror estrelado por Tyriq Withers e Marlon Wayans

 

Por Victoria Hope

Goat (Him) é um dos filmes de terror mais antecipados do ano, principalmente pela volta da trama de filmes de terror relacionados à esportes, como "Cisne Negro", mas as semelhanças da história, que mostra o sofrimento e todo sacrifício feito por atletas de alto nível, terminam por aí em todos os sentidos, 

A trama gira em torno de Cam (Tyriq Withers), um brilhante jogador de futebol americano que ganha à chance de treinar com seu maior ídolo do esporte, Isaiah White (Marlon Wayans) antes de participar da tradicional peneira de seu time favorito, mas o que parecia ser um sonho, logo se torna um pesadelo a partir do momento em que o jovem percebe que o veterano esconde segredos que sua mente jamais poderia imaginar.

Toda a premissa do longa tinha tudo para dar certo, principalmente em tempos onde a saúde mental masculina e a masculinidade tóxica refletida no mundo dos esportes se torna o principal tema abordado,  porém o roteiro deixa muito a desejar. A direção de Justin Tipping, com apoio do produtor Jordan Peele, é belíssima visualmente falansdo, mas o roteiro talvez seja um dos maiores inimigos dessa história.


Marlon Wayans / Foto: Universal Pictures

Mas apesar do desenvolvimento, o filme ainda pode ser considerado um terror elevado, principalmente por conta das atuações excelentes de Marlon Wayans, que aqui entrega um trabalho tão rico quanto um de seus melhores papéis da carreira em "Requiem para Um Sonho" e pelo trabalho excepcional do novato Tyriq Withers, que entregou uma bela atuação na série "Atlanta" e aqui faz o melhor que pode com o texto e o material que lhe entregaram.

Visualmente, Goat é um dos filmes mais belos do ano, com cenas belíssimas e cortes que lembram de clipes musicais muito bem trabalhados, porém, vale lembrar que esse não é um videoclipe e sim um filme, logo, o roteiro deveria ser tão rico e bem trsbalhado quanto as imagens apresentadas.

Todos os simbolismos do longa, desde a representação do demônio Mammon, que faz referência à ganância e ao dinheiro à participação de personagens que representam os fãs os "stans" inabaláveis, são completamente superficiais e não são exploradas de forma aprofundada, fazendo com que o mistério de toda a história seja resolvido em questão de minutos por olhos mais atentos. 

Muitos temas poderiam ter sido explorados aqui, desde o colorismo que é nítido no universo esportivo à tematicas como à exploração da frágil estrutura do patriarcado, que corrompe e destrói os sonhos e a vida de jovens como Cam, mas tudo isso sequer é mostrado em segundo plano, pois tudo é tão raso quanto um pires de uma xícara chique; não qualquer pires simples, mas sim um pires intrincado, com belíssimas pinturas e uma borda dourada, mas que é tão frágil que qualquer contato com uma superficie mais rígida, destrói sua estrutura em dezenas de pedacinhos.

NOTA: 6.5/10


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KOFF 2025 | 3ª edição do festival chega a São Paulo trazendo filmes com Hyun Bin e mais

 

Por Ricardo Junior

O Festival de Cinema Coreano (KOFF) 2025 acontece de 2 a 8 de outubro em São Paulo, no Reserva Cultural. O evento exibe longas e curtas da cinematografia sul-coreana, incluindo uma homenagem ao cineasta Lee Chang-dong e uma mostra comemorativa dos 50 anos do KOFA (Arquivo de Filmes Coreanos). 

Destaques da programação:

Homenagem a Lee Chang-dong:

O festival presta uma homenagem a um dos maiores nomes do cinema coreano, com exibição de obras como Pettermint Candy, Oasis e Poetry e a programação tambémm conta com filmes estrelados por atores como Hyun Bin e Kang Ha-neul, e a entrada é gratuita. 

50 Anos do KOFA:

Como parte da comemoração do KOFA, serão exibidos sete filmes clássicos da década de 1950, restaurados em 4K! O KOFA - Arquivo de Filmes Coreanos, é uma organização sem fins lucrativos que organiza e preserva a obra cinematográfica do país!

Vale lembrar que São Paulo recebe dois títulos dos sete: The Flower in Hell (1958), de Shin Sang-ok, e Piagol (1955), de Lee Kang-cheon.

SERVIÇO:

Local: Reserva Cultural, São Paulo (SP) 

Datas: 2 a 8 de outubro de 2025 

Para conferir a programação completa e mais detalhes, acesse o site oficial: koffko.com.br.

Siga as redes sociais do KOFF para atualizações e novidades. 

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