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[Review] GOAT, novo terror estrelado por Tyriq Withers e Marlon Wayans

 

Por Victoria Hope

Goat (Him) é um dos filmes de terror mais antecipados do ano, principalmente pela volta da trama de filmes de terror relacionados à esportes, como "Cisne Negro", mas as semelhanças da história, que mostra o sofrimento e todo sacrifício feito por atletas de alto nível, terminam por aí em todos os sentidos, 

A trama gira em torno de Cam (Tyriq Withers), um brilhante jogador de futebol americano que ganha à chance de treinar com seu maior ídolo do esporte, Isaiah White (Marlon Wayans) antes de participar da tradicional peneira de seu time favorito, mas o que parecia ser um sonho, logo se torna um pesadelo a partir do momento em que o jovem percebe que o veterano esconde segredos que sua mente jamais poderia imaginar.

Toda a premissa do longa tinha tudo para dar certo, principalmente em tempos onde a saúde mental masculina e a masculinidade tóxica refletida no mundo dos esportes se torna o principal tema abordado,  porém o roteiro deixa muito a desejar. A direção de Justin Tipping, com apoio do produtor Jordan Peele, é belíssima visualmente falansdo, mas o roteiro talvez seja um dos maiores inimigos dessa história.


Marlon Wayans / Foto: Universal Pictures

Mas apesar do desenvolvimento, o filme ainda pode ser considerado um terror elevado, principalmente por conta das atuações excelentes de Marlon Wayans, que aqui entrega um trabalho tão rico quanto um de seus melhores papéis da carreira em "Requiem para Um Sonho" e pelo trabalho excepcional do novato Tyriq Withers, que entregou uma bela atuação na série "Atlanta" e aqui faz o melhor que pode com o texto e o material que lhe entregaram.

Visualmente, Goat é um dos filmes mais belos do ano, com cenas belíssimas e cortes que lembram de clipes musicais muito bem trabalhados, porém, vale lembrar que esse não é um videoclipe e sim um filme, logo, o roteiro deveria ser tão rico e bem trsbalhado quanto as imagens apresentadas.

Todos os simbolismos do longa, desde a representação do demônio Mammon, que faz referência à ganância e ao dinheiro à participação de personagens que representam os fãs os "stans" inabaláveis, são completamente superficiais e não são exploradas de forma aprofundada, fazendo com que o mistério de toda a história seja resolvido em questão de minutos por olhos mais atentos. 

Muitos temas poderiam ter sido explorados aqui, desde o colorismo que é nítido no universo esportivo à tematicas como à exploração da frágil estrutura do patriarcado, que corrompe e destrói os sonhos e a vida de jovens como Cam, mas tudo isso sequer é mostrado em segundo plano, pois tudo é tão raso quanto um pires de uma xícara chique; não qualquer pires simples, mas sim um pires intrincado, com belíssimas pinturas e uma borda dourada, mas que é tão frágil que qualquer contato com uma superficie mais rígida, destrói sua estrutura em dezenas de pedacinhos.

NOTA: 6.5/10


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