Por Victoria Hope
O anúncio de que Guillermo Del Toro adaptaria "Frankenstein" uma das obras mais aclamadas e queridas da literatura gótica, encheu os fãs do gênero de esperanças, porém com o anúncio veio a melancolia pelo fato de que o filme não seria lançado nos cinemas e sim diretamente para o streaming, porém felizmente, muitas pessoas vão poder assistir o longa em diversas sala de cinema do país antes da estreia oficial no dia 7 de novembro na Netflix.
Frankenstein de Mary Shelley pessoalmente é uma das minhas obras favoritas da literatura, logo, as expectativas estavam altas, porém, apesar de visualmente o filme ser impecável, o roteiro deixa a desejar, principalmente na subversão de vários temas que são essenciais para a obra e que foram trocados pela liberdade criativa de Del Toro, hora bem vinda, hora causando estranhamento.
Na trama, dividida em duas partes, o público é introduzido ao Doutor Victor Frankenstein (Oscar Isaac), um brilhante, porém excêntrico cientista que sonha em criar vida após a mostre. Acompanhamos sua história desde sua infância conturbada, com um pai quase sempre ausente e uma mãe amável à sua vida adulta, quando após anos de estudo, decide colocar suas teorias em prática e trazer a vida uma criatura perfeita.
Enquanto acompanhamos o jovem doutor em missões perigosas em busca das partes de corpo perfeita para sua criatura, também somos introduzidos à cunhada de Victor, Elizabeth (Mia Goth), que estranhamente é muito parecida com a mãe do cientista.
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| Frankenstein / Foto: Netflix |
As duas horas e meia do filme são bem sentidas, afinal, o primeiro ato se arrasta demasiadamente, carregado por uma atuação extremamente caricata de Oscar Isaac, que a todo momento parece ler o roteiro ao invés de interpretar como alguém da época e infelizmente o mesmo acontece com quase todo o elenco, incluindo Mia Goth, extremamente mal aproveitada e com pouquíssimas falas, apesar de interpretar 2 (quase 3) personagens no longa.
NOTA: 8.5/10

