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[Entrevista] Uma conversa com Salif Cissé e a diretora Fabienne Godet sobre a comédia francesa Voz de Aluguel

 

Por Victoria Hope

Apresentado anteriormente em estreia mundial no Festival de Cinema de Comédia de L'Alpe d'Huez e agora em cartaz no Festival de Cinema Francês no Brasil, "Voz de Aluguel" conta a história de um escritor idoso em busca das sombras e de um jovem imitador em busca da luz.

Na trama dessa comédia deliciosa dirigida por Fabienne Godet, Baptiste (Salif Cissé) gostaria de viver da sua arte, mas na verdade vende seguros por telefone enquanto espera que o sucesso bata à sua porta. Pierre (Denis Podalydès) gostaria de viver da sua arte, mas as muitas exigências que o sobrecarregam tornam esse sonho impossível. 

Um dia, porém, Pierre tem uma ideia: sugere que Baptiste se torne seu dublador. Ele quer entregar seu celular particular para Baptiste para que este possa gerenciar todas as suas ligações, pessoais e profissionais, permitindo que ele se concentre em escrever seu próximo romance sem se distrair com a vida. 

É claro que Baptiste fará mais do que apenas responder e interpretar: ele inventará e reinterpretará as histórias contadas pelo excêntrico escritor e como uma espécie de espírito benevolente, ele tenta, através de sua mentalidade peculiar e perspectiva externa, organizar a vida de Pierre, o que leva a um turbilhão de mal-entendidos, triangulos amorosos e muito mais! Confira abaixo a conversa que nossa equipe teve com Fabienne e Salif em São Paulo: 


Voz de Aluguel / Foto: Festival de Cinema Francês

Amélie Magazine: Como é estar no Brasil pela primeira vez para o lançamento da comédia Voz de Aluguel?

Salif: Estou muito feliz por estar aqui! Desde quando soube que viria ao Brasil, estava muito ansioso e entusiamado porque não conhecia o país! Não sabia da relação dos brasileiros com o cinema francês então está sendo uma grande descoberta!

Fabienne: Também estou muito feliz! Fiquei enstusiasmada em estar aqui! Ainda tenho uma semana para conhecer os brasileiros e para trazer um pedacinho da França para eles! Também quero participar das festas e tomar muitas cairpirinhas (risos) e me divertir no Brasil! 

Amélie Magazine: Nosso protagonista Baptiste não é apenas muito talentoso como também é muito confiante e engraçado! Dito isso, Salif, Você se identifica com o personagem?

Salif: Depende muito das situações, mas por conta do teatro, isso me ajudou muito. Isso me proporcionou um certo charme para conseguir mais confiança em mim mesmo e hoje eu acho que domino situações de stress de uma forma melhor, mas é claro que em algumas situações, assim como todo mundo, em que a gente não tem tanta confiança em si.

Amélie Magazine: Qual é o momento mais marcante do filme para vocês e que pretendem levar para o coração a vida toda?

Fabienne: Gosto muito de duas cenas específicas! Uma cena em que o Pierre o Baptiste estão num jantar e Pierre acaba falando algumas coisas pessoais e eles brincam juntos, é nesse momento que a amizade deles começa! E é claro, a música do final, onde o Salif canta com uma voz masculina e feminina e realmente essa canção é interpretada com uma atuação tão boa de Salif, que me emociona toda vez que assisto. Não me canso de ver!

Salif: É engraçado que para mim também são essas duas cenas que eu escolheria (risos). A primeira, principalmente do ponto de vista de ator, é que o Denis (Pierre) é um ator muito talentoso, muito profissional, que oferece um leque de emoções muito grandes, mas não necessariamente entregando uma sensibilidade muito pessoal e eu senti que nessa cena algo muito pessoal que o Denis entregou nos olhos dele, que é uma coisa que a Fabienne procurava e senti que ela estava procurando isso no Denis e esse momento foi muito bonito! 

Essa parte de intimidade que vi nos olhos dele. Além disso, todas as músicas do filme não são apenas performances, são conectadas e muito com a emoção do filme!

Amélie Magazine: O filme fala muito sobre o uso da tecnologia dol telefone celular e das redes sociais. Gostaria de saber de Fabienne, se essa crítica foi inserida de forma intencional na história, como uma "cutucada" nessa obrigação das pessoas estarem online e disponíveis o tempo todo. 

Fabienne: Realmente pensei nisso, inclusive tem um filme que fiz chamado "Um Lugar na Terra", com o Benoît Poelvoorde, um famoso ator belga, que diz que a maior liberdade é não ter que responder ao telefone. Até pensei se colocaria essa frase no filme, mas acabei desistindo. 

Acho que é muito importante a gente estar presente, porque muitas vezes estamos com alguém, mas ao mesmo tempo estamos conectados o tempo todo no celular, proque achamos que temos que responder imediatamente para as outras pessoas o tempo todo, quando na verdade é muito mais importante você se dedicar à pessoa que esta com você presencialmente; é importante estar presente com ela! E na minha idade, tenho ido cada vez mais na direção de estar presente e no tempo presente!

Amélie Magazine: Salif, você é muito talentoso! Quais são suas inspirações que o levaram para a carreira dos palcos e cinemas? Afinal, aqui você não apenas atua, mas também é comediante e canta! Como foi esse processo?

Salif: Muito obrigado! Foi muita sorte na verdade e não algo que calculei ao longo do tempo! Foi algo sempre muito orgânico. Sempre admirei os atores, costumava pesquisar sobre a vida deles pelo wikipedia, acompanhava a trajetória deles também, mas eu mesmo não pensava em ser ator até o momento em que fiz teatro como muita gente faz e acabei percebendo que existia algo natural nisso para mim.

Quando eu deixava de atuar, sentia muita falta, então foi isso que me levou a me dedicar mais. Admirei muitos atores do teatro e tive muito apoio de pessoas que admiro e tenho no coração.


Amélie Magazine:  Se vocês pudessem voltar no tempo e mandar uma mensagem para o seu "eu" ainda criança, qual seria?

Salif: Eu diria para ele não se questionar demais, para ele aproveitar mais, viver mais no presente e diria também para ele ficar tranquilo! Não pense no lado negativo, veja as coisas pelo lado positivo!

Fabienne: Não necessariamente para eu pequenina, porque tive a sorte de ter uma infância muito feliz com pais muito compreensivos que me deixavam sonhar, mas para eu jovem, tive muitos bloqueios sociais principalmente no meio do cinema, mas uma coisa que me ajudou muito foi uma frase marcante, porque eu achava que tinha muitos defeitos e a frase que me inpirou foi "Não tente ser outro, outra coisa do que você já é", porque como eu era tímida, eu admirava muito as pessoas extrovertidas e eu queria ser outra pessoa. Mas minhas amigas diziam que eu tinha algo ótimo, que era saber escutar, então eu parei de querer ser outra pessoa e depois dessa frase até pensei: "Ah, até que tenho minhas qualidades" (risos)

Amélie Magazine: Três palavras que defininem "Voz de Aluguel"

Salif: Amizade, Encontro e Instrospecção

Fabienne: As Artes, Música e a Graça!

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Entrevista com Bastien Bouillon sobre o drama vencedor do Festival de Veneza, Mãos A Obra

 

Por Victoria Hope

Em "Mãos a Obra", filme premiado de Valérie Donzelli, Paul Marquet (Bastien Bouillon) era um fotógrafo de sucesso que abandonou tudo para se dedicar à escrita. No entanto, embora seus livros tenham recebido boas críticas, ele não é exatamente um autor de sucesso. 

Após o fracasso de seu terceiro romance, sua editora (Virginie Ledoyen) anunciou que não publicaria seu quarto livro, "Story of an End", uma narrativa sobre o término de seu próprio relacionamento, detalhando seu recente divórcio da esposa (Donzelli), que acaba de se mudar para Montreal com seus dois filhos adolescentes. 

Nesse momento, Paul está com dificuldades financeiras e, apesar da insistência de seu pai (André Marcon), aluga um estúdio de um amigo próximo da família e começa a trabalhar como faz-tudo por um salário ridiculamente baixo em um aplicativo de empregos que conecta prestadores de serviços a clientes na cidade. Essas experiências levam a uma descoberta em sua escrita, inspirando um novo manuscrito que sua editora envia às pressas para a gráfica! 

Durante o Festival de Cinema Francês, mossa equipe teve oportunidade de bater um papo com Bastien sobre esse trabalho e explorar temas como mercado de trabalho, cinema e inspirações e você encontra essa conversa na íntegra abaixo:

Paul, protagonista de Mãos A Obra / Foto: Festival de Veneza

Amélie Magazine: Como é fazer parte de um filme que foi vencedor de Melhor Roteiro em Veneza?

Bastien: Estou muito orgulhoso em fazer parte desse filme que venceu o Prêmio de Melhor Roteiro em Veneza e tenho mais orgulho ainda em atuar com um papel ao qual me identifico tanto do ponto de vista artístico, humano e político.

Amélie Magazine: E qual é o seu momento favorito do filme?

Bastien: O meu momento favorito foi a cena em que tive que ir para a casa de uma moça para construir um armário e quanto cheguei lá enquanto a dona da casa estava festejando. Esse momento mostra o distanciamento entre ele, Paul, que está trabalhando enquanto elas estavam se divertindo.

Amélie Magazine: Assim como Paul, muitas vezes fazemos uma transição de carreira. Você pessoalmente já passou por isso?

Bastien: Na verdade  pessoalmente não como ele fez da fotografia para literatura (risos), mas na realidade eu espero poder continuar fazendo esse meu trabalho como ator e me alimentar da minha própria arte, que é o que mais amo fazer! 

Amélie Magazine: O filme nos confronta como às vezes o caminho em busca do sonho pode ser solitário e nos isola do mundo, como aconteceu com Paul. Poderia falar um pouco sobre isso?

Bastien: Exatamente. Ter sucesso no mundo da arte não é fácil. É difícil ter confiança na gente e isso depende muito do nosso apoio familiar e daqueles que estão ao nosso redor. Me lembro de quando fazia escola de artes e antes de receber todos esses louros, até pensei em me alistar ao serviço militar! (risos). 

Me lembro que eu estava passando por um processo, tinha meus 23 anos na época e aí me perguntaram o que eu fazia da vida e aí eu falei: "Trabalho com teatro" e a resposta das pessoas era: "Tá, mas o que você realmente vai fazer? Trabalhar apenas com arte vai estragar sua vida". E eu fiquei pensando sobre isso que me disseram e foi exatamente isso que me fez desistir da ideia de me alistar e seguir carreira no teatro.

Amélie Magazine: Se você pudesse voltar para o passado e deixar um recado para o pequeno Bastian, qual seria?

Bastien: Hmm...Respire! 

Amélie Magazine: O livro que inspirou o filme é muito emocionante. Você leu o livro e se sim, qual foi seu momento favorito que você teve a chance de representar aqui?

Bastien: Eu acabei de ler o livro, porque gravei uma versão audiolivro dessa obra e foi muito emocionante! Tem várias passagens que me marcaram e uma delas fala sobre o fato de que escritores ficam muito solitários e acabam tendo que fazer outras coisas quando passam dificuldades! Tem uma passagem do livro que fala sobre isso e tem outras passagens também que me marcaram muito.

Amélie Magazine: Como ator, quais são os três filmes franceses favortos que na sua opinião são essenciais para quem se considera fã de cinema? 

"Bastien: Bem, "Quando Chega o Outono" (Quand Vient L'automne) de François Ozon depois, "A Gangue de Paris" (Le Gang des Bois du Temple)" de Rabah Ameur-Zaïmeche e um que ainda não foi lançado oficialmente, que se chama "The Great Arch" (L'inconnu de la grande arche) de Stéphane Demoustier. 

Amélie Magazine: E voltando ao filme, qual foi a sua parte favorita das filmagens de "Mãos a Obra?"

Bastien: Os momentos que eu tive que usar força física foram meus favoritos! Acho que até bati num muro sem querer (risos), mas eu realmente gostei das cenas que exigiam mais do meu lado físico no longa!


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[Entrevista] Valérie Donzelli, diretora do drama francês Mãos a Obra fala sobre carreira, paixões e a uberização do trabalho

 

Por Victoria Hope

Em "Mãos A Obra" drama vencedor do Festival de Veneza na categoria de Melhor Roteiro, Paul era o que podemos chamar de um profissional muito bem-sucedido, pois antes ele era um fotógrafo de renome na França, com dinheiro na conta e uma família bem estruturada, até que um dia decide largar tudo e viver apenas da literatura, mas a escolha infelilizmente traz diversas questões na vida do rapaz, já que seus dois livros fracassaram comercialmente e a partir daí, começa o dilema de sua vida, pois tudo o que poderia dar errado, acontece e sem saída, com um recém-divórcio, sem dinheiro e obras originais recusadas, o protagonista decide tomar uma decisão drástica.

Essa bela adaptação doli vro “À pied d’œuvre”, de Franck Courtès, chega em um momento mais do que oportuno, onde a uberização dos serviços tem se tornado cada vez mais presente na vida dos trabalhadores que se veem sem alternativas em um mundo mais caro e mais hostil a cada badalar do relógio. 

O drama, que teve sua estreia no Festival de Cinema Francês desse ano, traz uma visão sobre a ideia de largar tudo para viver o sonho e como ao mesmo tempo, o mundo em si, faz com que pessoas como Paul tentem desistir da liberdade de ser. Conversamos com Valérie, a diretora desse belíssimo longa durante o festival e exploramos as diversas nuances da história desse personagem que ao mesmo tempo parece distante, é extremamente próximo da realidade de toda uma geração.


Valérie Donzelli no Festival de Veneza / Foto: Venice Film Festival 2025

Amélie Magazine: Parabéns pela vitória de Melhor Roteiro no Festival de Veneza de 2025! Como foi a sensação de vencer esse prêmio?

Valérie: Me senti muito orgulhosa e honrada, mas também feliz, porque vencer um prêmio em um festival traz luz ou um holofote para o seu filme e isso torna mais fácil de pessoas conhecerem seus projetos. porque para fazer existir um filme independente hoje em dia, é algo extremamente difícil. não é sempre fácil. 

Amélie Magazine: E qual é o momento de "Mãos a Obra", que você vai levar para sempre em seu coração?

Valérie: Eu simplesmente adorei tudo! Gostei de escrever o roteiro, gostei de filmar, gostei de editar o filme, da montagem também! Todos os momentos foram muito especiais e prazerosos. Difícil, mas muito prazeroso, mas se eu tivesse que escolher um momento para guardar comigo para sempre, seria o final do longa, quando tudo se resolve e nós entendemos que tudo o que Paul escreveu foi inspirado pela vida dele fazendo esses trabalhos e foi isso que entrou no romance que ele está escrevendo nessa história! Esse ponto no filme, ao final, mostra o reconhecimento dos leitores e sobretudo do filho dele também,!

Amélie Magazine: Assim como Paul, muitos de nós já passamos por várias transições de carreira e até mesmo de vida. Isso é algo que ressoa para você?

Valérie: Isso aconteceu comigo com filmes, porque é claro que às vezes não funciona do jeito que você gostaria de funcionasse. Tem momentos onde o dinheiro não entra e a gente precisa dar um jeito, mas ao contrário de Paul, eu tenho uam certa ética e consigo construir meu equilíbrio econômico de tal maneira que eu não preciso fazer os tipos de trabalho que Paul teve que se submmeter para preservar sua liberdade.

Amélie Magazine: O filme nos confronta sobre o fato de que às vezes existe uma solidão quando tentamos alcançar um sonho e isso acontece com o Paul no filme. Poderia falar um pouco sobre isso?

Valérie: A condição na qual ele se encontra, fez com que aos poucos ele deixasse de fazer o que ele fazia antigamente quando ele tinha um trabalho fixo e uma chegada de dinheiro. Ele passa a a abandonar vários hábitos, incluindo deixar de ir ao cinema, deixar de ir à um restaurante, não pode mais receber amigos na casa dele, então pouco a pouco, o mundo dele vai se restringindo mais e mais! Achei muito interessante mostrar ele se tornando meio que um "monge", que corta todas as relações com o mundo para se concentrar no mundo dele que é escrever esse livro, que é esse processo de se restringir e de ficar na solidão. Foi muito interessante mesmo.

Amélie Magazine: Vamos voltar no tempo. Se você pudesse voltar ao passado e deixar uma mensagem para a pequena Valérie que nem imaginava que se tornaria uma diretora premiada que teve a oportunidade de vir ao Brasil, qual seria esse recado? 

Valérie: Eu diria para ela seguir o que ela sente, siga seu coração, siga suas convicções, porque isso é o que eu sempre fiz. E eu também diria para ela que seria melhor ela também se tornar produtora (risos)!

Amélie Magazine: E qual é o seu momento favorito do livro que você conseguiu adaptar para esse  filme?

Valérie: A cena do animal! Adorei transcrever essa cena!

Amélie Magazine: Uma mensagem para os brasileiros que vão assistir ao filme durante o Festival de Cinema Francês nesse ano?

Valérie: Eu diria aos brasileiros que essa é uma história de certa forma universal, porque esse fenômeno da"uberização" da sociedade é algo que tem acontecido no cenário mundial e todo mundo em algum momento da vida pode ser confrontado com essa situação, então esse sentimento de se identificar com o Paul é totalmente universal, porque pode acontecer a qualquer momento. E é importante ver como as pessoas conseguem lidar com as necessidades financeiras e ao mesmo tempo, lutar para eles conseguirem ser as pessoas que eles projetam ser. 

Querem ter uma família ou querem ficar sozinhos? Querem escolher um trabalho ou outro? Se quisermos seguir um caminho na vida, precisamos combinar essas necessidades financeiras da vida com o que as pessoas pretendem fazer de suas próprias vidas, afinal, são escolhas que só cabem a elas.

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[Entrevista] Victor Rodenbach fala sobre Os Bastidores do Amor

 

Por Victoria Hope

Na dramédia romântica "Os Bastidores do Amor", durante anos, Henri e Nora compartilharam tudo: eles se amam e ela dirige as peças em que ele atua. Quando Henri consegue seu primeiro papel no cinema, a produção do novo espetáculo deles fica ameaçada e o relacionamento explode. Eles começam a se perguntar: é possível amar um ao outro sem pertencer um ao outro?

Sob o brilho das relações amorosas, alegrias, tristezas e dúvidas entre criador e ator, Vimala Pons e William Lebghil conferem a esta obra uma atmosfera leve e peculiar, mesmo que as personagens apresentem nuances que vão da raiva à doçura juvenil. Tudo é sério, mas também beira a futilidade, assim como são as relações amorosas modernas.

Durante o Festival de Cinema Francês, tivemos a oportunidade de conversar com diversos elencos e realizadores, incluindo o brilhante diretor de "Os Bastidores do Amor", Victor Rodenbech sobre amor, carreira e relacionamentos líquidos na era moderna.


Le Beau Rolê / Foto: Festival de Cinema Francês


Amélie Magazine: Como é fazer parte do Festival de Cinema Francês?

Victor Rodebach: Me sinto honrato em ter meu filme sendo assinado pelo Festival! E vir para o Brasil sempre foi um sonho de infância meu, então é muito emocionante estar aqui com meu primeiro filme!

Amélie Magazine: "Os Bastidores do Amor" fala sobre a melancolia por trás do amor. O filme  pode ser engraçado em alguns momentos, mas tem uma profunda tristeza relacionada ao amor e relacionamentos passados. Qual foi sua inspiração para abordar esse tema na história?

Victor Rodebach: Para meu primeiro filme, eu tinha essa vontade de falar sobre algo que eu conheço e não apenas sou fã de cinema, como também fã de teatro, conheço muito bem e também minha namorada é diretora de teatro.

Amélie Magazine: Então você diria que essa história é bem pessoal? Você se identifica com muitos pontos dos persoangens?

Victor Rodebach: *risos* Sim, esse é um projeto bastante pessoal! Agora falando sobre a melancolia, eu quis fazer desde o começo uma comédia romântica, mas ao invés de começar por um encontro, como na maioria das comédias românticas, quis começar aqui pelo rompimento, pelo fato deles estarem terminando, pois acho que esse lado traz a melancolia que você sentiu ao assistir.

Preferi começar com essa ideia de "recasamento", com um relacionamento sendo quebrado no início para ao longo do filme ser reconstruído, então é melancólico no começo, mas se firma pelo caminho da luz, onde ambos ficam bem.

Amélie Magazine: E qual foi o momento mais engraçado no set de filmagens?

Victor Rodebach: O momento mais engraçado foi aquele onde filmamos a peça de teatro! Foi baseado em histórias que eu vivenciei presencialmente e coisas que conheço. Me diverti muito ao mostrar o lado ao mesmo tempo um pouco ridículo, porque a paixão dessa mulher se tornou uma obsessão e daí nasce um certo ridículo, mas ao mesmo tempo, é tudo feito com muita ternura, então eu nunca quis deixar o sentimento de acalento com esse desastre da peça, que foram os momentos divertidos de filmar.

Amélie Magazine: Como é dirigir atores que estão fazendo papel de atores?

Victor Rodebach: Me inspirei muito com esses atores e com a diretora, que na vida real também é diretora de teatro! (risos) Então de uma certa forma, ela se apoiou na experiência dela e os atores se inspiraram também em sua experiência como atores, mas teve uma segunda etapa, que como eles são atores e diretores dentro do filme, onde essa competência dos atores alimentou a maneira com que eles revisitaram esses papéis! Então um alimenta o outro e foi realmente super interessante de ver!

Amélie Magazine: Quais foram suas maiores inspirações em termos de direção para "Os Bastidores do Amor?"

Victor Rodebach: Recentemente essas comédias de recasamento me inspiraram muito! Para voltar mais no tempo, me inspirei bastante nas comédias românticas americanas dos anos 40 e 50 e depois, no Woody Allen também, por exemplo em "Annie Hall", que me inspirou bastante.

Amélie Magazine: Se você pudesse dirigir uma adaptação de uma de suas peças teatrais favoritas, qual seria?

Victor Rodebach: Talvez uma peça de Anton Tchékhov, como acontece no filme. Uma peça que fale sobre a vida!

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IT, Bem-Vindos a Derry | Série aclamada de terror da HBO Max se intensifica na estreia do quinto episódio neste domingo

 

Por Victoria Hope

Os fãs de terror ganharam uma nova obssessão para chamar de sua todos os domingos! A série aclamada "IT: Bem-Vindos a Derry", está trazendo cada vez mais fãs para o universo deliciosamente aterrorizante de Stephen King e ampliando o universo cinematográfico baseado na obra do autor! 

Recapitulando o último episódio, há séculos, uma Coisa caiu do céu e mudou o destino de Derry para sempre. Agora, no quinto episódio de IT: Bem-Vindos a Derry que estreia neste domingo, 23 de novembro, às 23h na HBO e na HBO Max, as tensões aumentam e esse mal revela uma face ainda mais aterrorizante. 

Após descobrir a verdade sobre a operação do General Shaw, Leroy decide levar sua família para a base militar em busca de segurança. Enquanto os Guardiões da tribo discutem como conter a crescente violência na cidade, os militares invadem a casa da Rua Neibolt, e as crianças seguem para os esgotos, determinadas a cumprir seu próprio objetivo. 


IT: Bem-Vindos a Derry / Foto: HBO Max

No episódio anterior, a série revelou o que realmente aconteceu nos primórdios de Derry: a Coisa, uma entidade ancestral vinda dos confins do espaço, caiu exatamente no local onde, no futuro, surgiria a cidade. Por anos, vagou livremente, alimentando-se do medo dos primeiros habitantes e assumindo inúmeras formas. Para deter seus horrores, uma tribo nativa descobriu uma forma de enfraquecer esse mal e confiná-lo aos limites da cidade, em um pacto que selou o destino de Derry e deu origem aos ciclos de terror que assombram a pequena cidade. 

Ambientada no universo de IT, criado por Stephen King, a série de oito episódios se inspira no livro que deu origem à história e expande a visão assustadora apresentada por Andy Muschietti nos dois filmes da franquia. O elenco reúne Taylour Paige, Jovan Adepo, Chris Chalk, James Remar, Stephen Rider, Madeleine Stowe, além de Rudy Mancuso e Bill Skarsgård. 

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O Iluminado | Clássico do terror tera reexibição nos cinemas em comemoração aos 45 anos

 

Por Victoria Hope

Os amantes do terror já podem anotar na agenda: a Warner Bros. Pictures trará O Iluminado de volta às telonas brasileiras após 45 anos do seu lançamento e os ingressos poderão ser adquiridos a partir de 27 de novembro, na pré-venda. Dirigido por Stanley Kubrick, o longa será reexibido entre os dias 11 e 17 de dezembro, disponível em sessões IMAX e regulares.  

A história leva o público para o coração do inverno do Colorado, quando o isolamento de uma família em um hotel dá início a uma série de horrores que percorrem a linha entre o real e o sobrenatural. Estrelado por Jack Nicholson, Shelley Duvall e Danny Lloyd, O Iluminado adapta a obra homônima de Stephen King e se consolidou como um dos grandes clássicos do cinema. 

E para quem está acompanhando a série aclamada "Bem-Vindos a Derry" da HBO Max, com certeza irá reconhecer um personagem bem icônico que também faz parte do sinistro Hotel Overlook e que trará diversas conexões com todos os outros livros de Stephen King! 

Para mais informações sobre ingressos e sessões, consulte a programação da rede de cinema mais próxima.  


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Com sessão de autógrafos, segunda edição da obra Golandar, O Paladino, será lançada no dia 30 de novembro

 

Por Victoria Hope

O autor Roberto T. G. Rodrigues vai lançar, no dia 30 de novembro, a segunda edição de Golandar, O Paladino, pela Emó Editora, que é um selo focado em dar espaço a vozes diversas e valorizar narrativas brasileiras.

O evento vai rolar no Restaurante Vikings Tatuapé, das 18h às 21h, e vai reunir leitores, fãs de fantasia e admiradores do mundo geek.

A festa vai ter um clima super imersivo: o local, que é conhecido pela sua decoração inspirada na cultura nórdica, vai contar com a apresentação de um trovador medieval e convidados fantasiados, tudo para reforçar a atmosfera épica do livro do Roberto.

Golandar, O Paladino está voltando em uma nova edição, expandida e revisada, solidificando o autor como uma das vozes mais criativas da ficção fantástica brasileira atual. A história segue um herói em desenvolvimento que enfrenta conflitos, dilemas morais e desafios mágicos em um mundo repleto de batalhas, política e espiritualidade — elementos que já conquistaram leitores desde o seu lançamento original.

A nova edição destaca exatamente o que mais atrai os fãs de fantasia moderna: um universo original, repleto de detalhes, personagens que evoluem ao longo da jornada e uma narrativa que lembra o melhor dos RPGs de mesa, com missões principais e secundárias, cenas de exploração, reviravoltas bem construídas e uma era medieval vibrante, criada com muita imaginação e cuidado.

Quem já leu a obra a descreve como uma aventura empolgante, com um ritmo envolvente e um final eletrizante, deixando o leitor na expectativa pelos próximos volumes da série A Era de Ouro da Magia.

Roberto T. G. Rodrigues vai estar lá para uma sessão de autógrafos, bate-papo com o público e interação com a comunidade nerd que acompanha sua carreira literária.

SERVIÇO

Lançamento da 2ª Edição de “Golandar, o Paladino” – Roberto T. G. Rodrigues

Data: 30 de novembro de 2025 (domingo)

Horário: 18h às 21h

Local: Restaurante Vikings Tatuapé

Endereço: Rua Euclides Pacheco, 351 – São Paulo (SP)

Atividades: sessão de autógrafos, ambientação temática, trovador medieval e participação de convidados caracterizados.

Editora: Emó Editora

Link de pré-venda: https://loja.emoeditora.com.br/fantasia/golandar-o-paladino

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Segunda temporada de Percy Jackson e os Olimpianos do Disney+ ganha trailer oficial

 

Por Victoria Hope

O Disney+ apresentou o aguardado trailer oficial da segunda temporada da série original Disney+ Percy Jackson e os Olimpianos, antecipando uma nova e heroica aventura por águas desconhecidas. Baseada em O Mar de Monstros, o segundo livro da amada série best-seller de Rick Riordan, a nova temporada promete monstros ainda mais eletrizantes, caos repleto de ação e desafios maiores do que nunca, enquanto os jovens semideuses embarcam em uma perigosa missão para salvar o Acampamento Meio-Sangue e o amigo Grover.

A segunda temporada de Percy Jackson e os Olimpianos estreia em 10 de dezembro com seus dois primeiros episódios no Disney+ e Hulu, com novos episódios sendo lançados toda quarta-feira.

Depois que a barreira protetora do Acampamento Meio-Sangue é violada, Percy Jackson embarca em uma épica odisseia no Mar de Monstros em busca de seu melhor amigo Grover e da única coisa que pode salvar o acampamento: o lendário Velocino de Ouro. Com a ajuda de Annabeth, Clarisse e seu novo meio-irmão Tyson, a sobrevivência de Percy se torna essencial para impedir Luke, o Titã Cronos e seu plano iminente de destruir o Acampamento Meio-Sangue – e, por fim, o Olimpo.

A segunda temporada é estrelada por Walker Scobell, Leah Sava Jeffries, Aryan Simhadri, Charlie Bushnell, Dior Goodjohn e Daniel Diemer, ao lado de um elenco estelar de atores recorrentes e convidados, incluindo Lin-Manuel Miranda, Jason Mantzoukas, Glynn Turman, Timothy Simons, Virginia Kull, Courtney B. Vance, Andra Day, Adam Copeland, Sandra Bernhard, Margaret Cho, Kristen Schaal, Tamara Smart, Rosemarie DeWitt, Toby Stephens e muitos outros.

Veja o trailer:


Também a partir de 10 de dezembro, os fãs poderão ter acesso a conteúdo exclusivo da segunda temporada com o Podcast Oficial de Percy Jackson e os Olimpianos, uma série complementar não-roteirizada que oferece acesso aos bastidores da série. Os episódios do podcast estarão disponíveis para assistir no Disney+, Hulu e YouTube, ou para ouvir em várias plataformas de podcast. Um novo episódio do podcast estará disponível após a estreia de cada novo episódio de Percy Jackson e os Olimpianos.

A terceira temporada de Percy Jackson e os Olimpianos está atualmente em produção em Vancouver. Enquanto aguardam o lançamento da segunda, os fãs podem reviver a emoção da primeira temporada, já disponível no Disney+ e chegando ao Hulu a partir de segunda-feira, 10 de novembro.

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O Iluminado | Warner Bros. Pictures traz clássico do terror de volta aos cinemas

 

Por Victoria Hope

É chegada a hora de conferir um dos clássicos de Kubrick nos cinemas! Uma das obras-primas do terror, O Iluminado completa 45 anos em 2025 e estará de volta aos cinemas no Brasil. A Warner Bros. Pictures traz o clássico do diretor Stanley Kubrick para sessões entre os dias 11 e 17 de dezembro.

Nesta adaptação de um dos principais livros de Stephen King, uma família enfrenta um rigoroso inverno isolada em um hotel. Enquanto o pai (Jack Nicholson) se torna cada vez mais instável e violento, seu filho (Danny Lloyd) entra em contato com os próprios poderes paranormais, e passa a ter visões terríveis do passado e futuro daquele lugar.

E para quem está acompanhando a série "Bem-Vindos à Derry" da HBO Max, vale lembrar que todas as obras de Stephen King são interligadas por um único universo e muitas referências ao clássico O Iluminado podem ser vistas em alguns dos personagens dessa primeira temporada. 

Para mais informações sobre ingressos e sessões, consulte a programação da rede de cinema mais próxima.

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CCXP 2025 | Conheça os 428 artistas aprovados no Artists’ Valley

Por Victoria Hope

A CCXP25, maior festival de cultura pop do mundo, reforça mais uma vez a diversidade e o talento no Artists' Valley, espaço que é considerado “O coração do evento”. Este ano, 428 artistas estarão nas mesas, juntando-se a 30 artistas presentes exclusivamente no estande da Chiaroscuro Studios, formando um line-up de mais de 450 quadrinistas que vão encantar o público com suas criações únicas e inspiradoras. Todas as informações sobre o espaço estão neste link.

 

A edição de 2025 reforça o compromisso da CCXP com a diversidade e a representatividade dentro do Artists’ Valley. Entre os artistas aprovados no concorrido processo de seleção com mais de 800 inscritos, temos 136 pessoas que se identificam como mulheres, 60 vêm das regiões Norte e Nordeste e 22 da região Centro-Oeste, formando um line up repleto de estilos, culturas e histórias, reflexo da riqueza cultural que o Brasil tem a oferecer, com profissionais que trazem diferentes perspectivas e experiências para suas criações.
 

“O Artists’ Valley da CCXP é o ponto de encontro entre fãs e criadores: o lugar ideal para encontrar grandes nomes dos quadrinhos mundiais e descobrir novos talentos que estão renovando e até transformando o mercado. Em cada mesa, o público encontra clássicos, lançamentos e produtos exclusivos — e, acima de tudo, vive a experiência única de adquirir essas obras diretamente com os artistas, garantir um autógrafo, registrar uma foto e levar para casa uma lembrança inesquecível”, afirma Ivan Costa, cofundador da CCXP e curador da programação de quadrinhos.

 

 Grandes nomes confirmados
 

·  Sara Pichelli – co-criadora de Miles Morales e artista de títulos como Spider-ManGuardians of the Galaxy e Scarlet Witch 
 

·  Nick Dragotta – artista de Absolute Batman, título campeão de vendas que tem atraído uma nova legião de leitores para os quadrinhos de super-heróis
 

·  J. M. DeMatteis - roteirista de Homem-Aranha: A Última Caçada de Kraven e Moonshadow
 

·  Gerry Conway - roteirista de A Morte de Gwen Stacy e co-criador do Justiceiro
 

·  Chris Bachalo - artista de hqs favoritas dos fãs, incluindo Geração XMorte e Doutor Estranho
 

·  Netho Diaz – brasileiro com trabalhos em Cobra Commander, G.I. Joe, Wolverine e Venom
 

·  Pedro Bandeira -  Autor da série de livros infantojuvenis “Os Karas”,  que inclui A Droga da Obediência, obra que chega agora aos quadrinhos com lançamento na CCXP25
 

·  Mike Deodato - Artista de AvengersElektraThe Incredible HulkSpider-Man e Thor.
 

·  Elena CasagrandeLucas Werneck, Phil HesterFrank MartinJohn TimmsChristian DuceLucas Meyer, entre outros.

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CCXP 2025 | Prime Video anuncia programação com elencos de Fallout e The Boys

 

Por Victoria Hope

Prime Video revelou hoje sua programação de três dias de painéis no prime time do Palco Thunder, na CCXP25, um dos maiores festivais de cultura pop do mundo, realizado de 4 a 7 de dezembro, na São Paulo Expo. Na quinta-feira (4), às 18h45, o público terá um gostinho do que vem por aí na próxima temporada de Cangaço Novo, além de conferir detalhes do filme Corrida dos Bichos, em um painel especial dedicado às produções locais Originais Amazon. 

Já na sexta-feira (5), às 18h45, o elenco e produtor executivo de Fallout subirão ao palco para antecipar o que o público pode esperar da segunda temporada. Para fechar em grande estilo, o elenco e showrunner de The Boys estarão no Thunder no sábado (6), às 20h, para dar início à celebração de despedida deste fenômeno global com seus apaixonados fãs brasileiros. Os jornalistas e especialistas em cultura pop Marcelo Forlani e Mari Palma serão os apresentadores encarregados de entregar muito conteúdo exclusivo e prévias inéditas.

Os painéis do Prime Video contarão com diversos convidados, incluindo Thainá Duarte (Dilvânia), Allan Souza Lima (Ubaldo) e Alice Carvalho (Dinorah),  de Cangaço Novo; Bruno Gagliasso, Rodrigo Santoro, Isis Valverde e Matheus Abreu, de Corrida dos Bichos; Ella Purnell (Lucy MacLean), Aaron Moten (Maximus), Walton Goggins (Cooper Howard/The Ghoul), Justin Theroux (Robert House) e o produtor executivo e diretor Jonathan Nolan, de Fallout; e Erin Moriarty (Luz Estrela), Laz Alonso (Leitinho), Tomer Capone (Frenchie), Karen Fukuhara (Kimiko Miyashiro), Colby Minifie (Ashley Barrett), e o produtor executivo e showrunner Eric Kripke, de The Boys.

Fallout / Foto: Prime Video

Além das apresentações no Palco Thunder, o Prime Video também marcará presença no Unlock, programação voltada ao mercado e dedicada a criar conexões entre executivos, estúdios e criadores. 

Na quinta-feira (4), às 16h30, a Vice Presidente de Originais Internacionais, Nicole Clemens, e a Head de Originais para LATAM, Canadá e Austrália, Javiera Balmaceda, participam de um painel sobre a força e a importância das produções Originais Internacionais para o Prime Video, mediado pelo jornalista Igor Ribeiro. 

Os participantes da CCXP25 também poderão visitar o estande do Prime Video com ativações de produções Originais Amazon como The Boys, Fallout e Spider Noir, além de experiências exclusivas de Amazon Prime. 

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