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[Review] Morbius entretém e tem muito coração, mas isso é o suficiente?

 

Por Victoria Hope

Antes mesmo da estreia, há meses, muitas críticas foram traçadas sobre Morbius, desse escolha do elenco aos vazamentos, sendo alguns lançados pelo próprio diretor. O filme sequer estava perto da data de lançamento quando críticas negativas tomaram conta das plataformas de rankings cinematográficos. 

Logo surgiu a pergunta que não quer calar: De onde vieram tantas críticas negativas sem o projeto ter sequer sido lançado ainda para a imprensa? Após uma pesquisa aprofundada pelos confins da internet, foi possível notar que o reddit, plataforma anônima, foi um dos maiores responsáveis por possíveis vazamentos.

Não é de hoje que o site vaza informações sobre os mais diversos projetos, principalmente com a intenção de hypar ou de flopar certos filmes, como foi o caso de Morbius. Diferente de outros filmes da Marvel, esse realmente foca apenas no personagem e não se escora em participações especiais a torto e direito, o que talvez dê pistas sobre o motivo de muitos críticos e fãs da label não terem curtido tanto a produção. Talvez muitos estejam apenas repetindo as palavras de um único crítico que não curtiu a exibição teste. 

Morbius / Foto: Sony Pictures

Morbius não é necessariamente fiel aos quadrinhos, apesar de levar algumas cenas vampirescas de luta que parecem ter saído diretamente das páginas, mas consegue fazer o que poucos materiais canon conseguiram fazer, que é trazer empatia para esse complicado personagem que inicia sua aparição com vilão, mas logo se torna um anti-herói amado por muitos. 

Entende-se um boicote feito por sabe-se lá quem, muito provavelmente contra a figura de Jared Leto, que protagoniza o longa, mas apenas a participação dele não parece parâmetro para tamanho ódio à produção. Esse sem dúvida é um dos filmes mais diferentes da Marvel que a Sony entregou até hoje e surpreendentemente, o longa realmente diverte e entretém em alguns momentos.

O longa foca inteiramente na amizade entre o Doutor Michael Morbius com seu colega de infância, 'Milo', interpretado pelo hilário Matt Smith (que rouba a cena). É claro que ainda acompanhamos o dia a dia do doutor ao lado de sua parceira de laboratório, Martine (Adria Arjona), enquanto juntos, tentam descobrir uma cura para a deterioração da saúde do doutor e seu amigo.

Morbius/ Foto: Sony Pictures

Apesar de algumas cenas que muitos adolescentes vão chamar de 'cringe' por não estarem familiarizados com o tipo de atuação de Matt Smith, por exemplo, o filme tem muito coração e a melhor parte é que essa é a primeira vez que um filme da Marvel realmente foca na área científica e da medicina sem floreios ou romanização.

Jared Leto entrega um Morbius carismático e que mesmo sendo o 'vilão', consegue demonstrar empatia para com outras pessoas, principalmente crianças que assim como ele, são PCD. Inclusive, são nesses momentos de introspecção que o lado mais humano do protagonista aflora, trazendo bons momentos de descontração; a única pena mesmo é que os detetives da trama, que tinham tudo para ser os alívios cômicos, são a pior parte do filme, já que absolutamente nenhuma das piadas deles aterrissa e outro ponto que os fãs com certeza não irão curtir, são as duas cenas pós-crédito.

Os efeitos especiais não são os piores, apesar de confusos, inclusive são superiores ao CGI utilizado em outros filmes da Sony, apesar de que o bom e velho aspecto de videogame que também apareceu em Avengers, Endgame e até mesmo em Homem Aranha: Sem Volta pra Casa, também marca presença por aqui nas cenas finais de luta. Esse definitivamente NÃO é o pior filme lançado pelos estúdios, não com títulos como Venom na casa, mas infelizmente devido ao 'boicote', será considerado assim por muitos, o que é uma pena.

NOTA: 8/10

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