Por Victoria Hope
'Planeta dos Macacos: A Guerra' é um dos melhores filmes do ano e nos lembra de que a empatia é essencial
O que podemos aprender sobre a humanidade em um filme relacionado a macacos? A resposta é absolutamente tudo! Com tantos conflitos, políticos e ideológicos acontecendo, Planeta dos Macacos: A Guerra, finaliza sua trilogia com uma grande mensagem sobre a importância da empatia nas relações não apenas entre humanos, mas também entre humanos e a natureza.
A cada cena do filme, percebemos o quanto a humanidade decaiu e como a falta de empatia e humanismo de um ou dois lados acaba por criar conflitos assustadores. Na conclusão da trilogia, é impossível não sentir a dor dos personagens, principalmente do protagonista Cesar, que sofrerá uma perda da qual jamais irá se recuperar.
Em Planeta dos Macacos: A Guerra, Cesar (Andy Serkis) e seus macacos são forçados a entrar em uma guerra mortal contra um exército de humanos armados, que são guiados pelo cruel Coronel
(Woody Harrelson). Após uma sucessão de perdas inimagináveis durante essa batalha, Cesar luta contra seus extintos mais sombrios, a fim de vingar a morte de entes queridos.
Do início ao fim, acompanhamos os conflitos entre Cesar e os humanos, principalmente soldados humanos. Somos também introduzidos aos Donkeys, primatas capturados por humanos que servem como uma espécie de 'guarda costas'; Para quem possui conhecimentos em história geral, esses Donkeys representam no filme os antigos 'capatazes' ou Capitães do Mato, pois apesar de também pertencerem as famílias dos primatas, eram obrigados a capturar e chicotear escravos que fugiam.
Cena de Planeta dos Macacos: A Guerra |
O filme tem muitas passagens que relembrar a dor da escravidão e para muitos expectadores negros, como eu, á tensão podia ser sentida à flor da pele. Mas em Planeta dos Macacos: A Guerra, também entramos em outra referência, a'bíblica' de certo modo, segundo o próprio diretor e o ator Andy Serkis (Cesar), onde o protagonista leva sua família até uma suposta terra prometida, onde haveria comida em abundância e estariam finalmente seguros, assim como a missão de Moisés.
As alusões à figura religiosa não param por aí, pois até mesmo a derrota dos primatas sobre os humanos nesse terceiro filme, acontece apenas porque uma enorme avalanche de neve cai sobre o penhasco, consumindo todos os humanos e salvando apenas os macacos, que por ser primatas, conseguiram subir nas árvores mais altas para se proteger. Essa passagem se assemelha muito à abertura do Mar Vermelho.
As alusões à figura religiosa não param por aí, pois até mesmo a derrota dos primatas sobre os humanos nesse terceiro filme, acontece apenas porque uma enorme avalanche de neve cai sobre o penhasco, consumindo todos os humanos e salvando apenas os macacos, que por ser primatas, conseguiram subir nas árvores mais altas para se proteger. Essa passagem se assemelha muito à abertura do Mar Vermelho.
Nova personagem original junto ao pacífico Maurice |
Não poderia deixar de falar sobre Nova, a jovem personagem introduzida no filme e a única humana sobrevivente na Guerra entre macacos e seres humanos. Ela não fala, porém aprende a se comunicar com os primatas, principalmente com o orangotango Maurice, que a ensina a falar por linguagem de sinais.
Com a introdução da personagem, um fato apenas foi reforçado sobre o líder Cesar e seus primatas: a empatia nunca morreu para seu grupo. A todo o momento, Cesar poderia ter abandonado a garotinha ou até mesmo a matado, a fim de se vingar de todos os humanos, porém, o que o líder faz é completamente contrário a vingança; Ele vê que a garota já não tem mais ninguém no mundo, então a acolhe em sua família, como se ela fosse uma igual entre eles. Novamente os primatas do filme demonstram o quão evoluídos e melhores são do que alguns humanos apresentados, que querem apenas carnificina.
Mas nem só de drama vive um filme, não é mesmo? Em Planeta dos Macacos: A Guerra, somos introduzidos a um novo e hilário personagem chamado Bad Ape (Steve Zahn), que quase rouba a cena do filme, com seu humor pontual e sotaque divertido. Ele ajuda a quebrar toda a tensão do filme no momento certo, mas ainda permitiu que os expectadores se emocionassem com sua história, ao ensiná-los sobre seu passado sombrio como macaco de circo e até mesmo a perda de seu filho, outro ponto que fez com que Cesar, que também perdeu um filho recentemente, sentisse ainda mais empatia pelo colega primata.
Planeta dos Macacos: A Guerra é sem dúvida um dos melhores filmes do ano e merece pelo menos 4 estatuetas do Oscar! Vamos ficar na torcida! O Filme já está em cartaz em todos os cinemas do Brasil ;)
Nota: 5/ 5
Com a introdução da personagem, um fato apenas foi reforçado sobre o líder Cesar e seus primatas: a empatia nunca morreu para seu grupo. A todo o momento, Cesar poderia ter abandonado a garotinha ou até mesmo a matado, a fim de se vingar de todos os humanos, porém, o que o líder faz é completamente contrário a vingança; Ele vê que a garota já não tem mais ninguém no mundo, então a acolhe em sua família, como se ela fosse uma igual entre eles. Novamente os primatas do filme demonstram o quão evoluídos e melhores são do que alguns humanos apresentados, que querem apenas carnificina.
Mas nem só de drama vive um filme, não é mesmo? Em Planeta dos Macacos: A Guerra, somos introduzidos a um novo e hilário personagem chamado Bad Ape (Steve Zahn), que quase rouba a cena do filme, com seu humor pontual e sotaque divertido. Ele ajuda a quebrar toda a tensão do filme no momento certo, mas ainda permitiu que os expectadores se emocionassem com sua história, ao ensiná-los sobre seu passado sombrio como macaco de circo e até mesmo a perda de seu filho, outro ponto que fez com que Cesar, que também perdeu um filho recentemente, sentisse ainda mais empatia pelo colega primata.
Planeta dos Macacos: A Guerra é sem dúvida um dos melhores filmes do ano e merece pelo menos 4 estatuetas do Oscar! Vamos ficar na torcida! O Filme já está em cartaz em todos os cinemas do Brasil ;)
Nota: 5/ 5