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[Review] Valerian e a Cidade dos Mil Planetas

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Por Victoria Hope


Valerian tinha tudo para ser o melhor filme do ano, porém a trama confusa e diálogos não muito bem construídos, não ajudou a tornar o filme mais agradável. Você sabia que foram os quadrinhos clássicos  franceses de Valerian, dos anos 60, inspiraram o visual dos filmes de Star Wars? 

Talvez você veja semelhança nas duas produções, porém, o que o filme novo não explorou muito, a saga Star Wars abordou demais:  Investir no desenvolvimento dos personagens.  Valerian e a Cidade dos Mil Planetas.  Vale lembrar que essa história era muito popular na Europa, mas infelizmente, Valerian não foi um quadrinho que alcançou outros países como Estados Unidos e Brasil.

Investir em um nicho tão pequeno foi um risco que Luc Besson ( O 5º Elemento) sabia que iria correr, mas mesmo assim, apostou no seu sonho de infância, que era dirigir um filme sobre seus dois personagens favoritos dos quadrinhos.

Alguns fãs das HQs de Valerian: Spatio-Temporal Agent, vão notar que o filme está um pouco distante dos quadrinhos, apesar de também apresentar ambientes e gráficos vislumbrantes, que mais parecem de outro mundo. 

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Valerian e Laurerine em cena de ação de Valerian / Diamond Films



Visualmente, Valerian é perfeito. Todos os gráficos, a utilização de uma cartela de cores mais quentes, os ambientes do espaço, são maravilhosos e definitivamente arrancaram suspiros, mas é aquela velha premissa: Imagens muito bonitas, mas onde está o conteúdo? 



Por conta do público não estar tão familiarizado com a história, sem um desenvolvimento adequado dos personagens, a tarefa de torcer pelos protagonistas se torna ainda mais difícil, principalmente por conta do diálogo. O filme tem diversas cenas leves e hilárias, que acabam dando o tom do filme do início ao fim, mas sentimos falta de um drama maior.


As duas sequências mais belas do filme ficam por conta da abertura, ao som de Space Oddity, do David Bowie, onde vemos astronautas de diversas etnias se conhecendo, até a chegada dos alienígenas que criaram relações com os humanos e logo em seguida, a belíssima cena 
na praia dos Pearls, uma sociedade alienígena que vive em perfeita com seu meio ambiente. 

Outro ponto positivo, é a valiosa lição de empatia e harmonia entre os povos ensinada por ambas as cenas, que serviram para dar tom ao que viria a seguir nas outras sequências. 


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Valerian e Bubbles ( Rihanna) / Diamond Films

É claro que Valerian apostou no romance entre Laureline e Valerian, afinal, é uma história de dois parceiros agentes, que se apaixonam aos poucos, porém o filme toca demais nesse ponto, esquecendo-se de mostrar como é que o relacionamento deles se desenvolve até lá. Sabemos que Valerian nutria sentimentos por Laureline, porém tudo acontecesse tão rápido que  acaba perdendo a força. 

Um dos pontos positivos do filme, além dos visuais e da excelente trilha sonora, foi a participação da cantora Rihanna, que apesar de aparecer muito rapidamente, foi hilária no papel da alienígena que pode trocar de formas, Bubbles. Ainda em sua participação, houve uma clara crítica a pessoas que são contra imigração, pois seu personagem é uma alienígena imigrante ilegal em um dos planetas, que sofreu muito na mão das outras raças alienígenas, por não ser de lá. 

Se você estiver em busca de um filme divertido, que vai te deixar mais leve, com gráficos incríveis, Valerian e a Cidade dos Mil Planetas é um filme para você, mas tenha em mente que os diálogos não são os melhores e que o filme talvez seja um pouco longo demais para a proposta apresentada. 

Nota: 3/5

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