Por Victoria Hope
Em Sheffield, 1989, os adolescentes Daniel e Alison se conhecem em uma festa em casa e se unem por seu amor pela música. Daniel é popular, já Alison nem um pouco. Quando eles se encontram na pista de dança, suas vidas mudam para sempre.
O relacionamento que eles forjam naquela noite os seguirá para sempre e os deixará imaginando o que poderia ter sido. Vinte anos depois, Daniel está em Sheffield e Alison em Sydney. Ambos são casados, com filhos quase crescidos.
A vida parece diferente para ambos do que eles imaginaram aos dezessete anos. Daniel, impotente diante da forte influência que a memória de Alison ainda tem sobre ele, estende a mão para ela na esperança de que eles possam reacender aquela centelha.
Mix Tape é um drama romântico dirigido por Lucy Gaffy e estrelado por Jim Sturgess (21, Across the Universe), Teresa Palmer (Warm Bodies, The Fall Guy, “A Discovery of Witches”), Florence Hunt (“Bridgerton”) e Rory Walton-Smith
A série traz justamente aquele sentimento de romance que há anos não é visto em séries de televisão, o que torna esse projeto algo bem especial. Toda a ideia do romance que poderia ter sido, é muito interessante e no cinema foi abordada por alguns títulos como "Vidas Passadas", "In the Mood For Love' entre outros.
Aquele romance da juventude e toda ideia do que ele poderia ter sido são ideias que tomam o imaginário da vida adulta. Todos conhecem ao menos uma pessoa que já passou por isso em algum momento da vida, o que torna a trama de Daniel e Alison tão identificável.
De forma bem leve, a série revisita a dinâmica complexa de um amor adolescente que, apesar de intenso, não resistiu às provações do tempo e das escolhas individuais. As atuações ótimas dos protagonistas, tanto em suas versões jovens quanto adultas, são um dos pontos altos, capturando a inocência e a intensidade do primeiro amor, bem como as nuances das vidas que construíram separadamente.
A trama nos envolve na expectativa de um reencontro, nos questionando se a chama daquele sentimento juvenil ainda pode reacender. A sacada genial de modernizar o conceito da mixtape, substituindo as fitas cassete por playlists em aplicativos de música, traz uma nostalgia inteligente, conectando diferentes gerações e ressignificando a forma como compartilhamos nossos sentimentos através da música.
Se há uma coisa certa sobre os dois primeiros episódios da série, é que a curiosidade sobre o futuro do casal e a esperança de que o destino os una novamente nos mantém presos e torna essa história bem intrigante para apaixonados por romance.
NOTA: 8.5/10