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[Review] Stop Making Sense, um show de Talking Heads

 

Por Victoria Hope

Stop Making Sense é mais do que um concerto do Talking Heads, é mais do que um filme, é arte em sua mais pura forma, sem freios e sem pudor, é uma desconstrução do que chamamos de show musical no auge dos anos 80 Uma desconstrução do próprio conceito. 

Filmado por Jonathan Demme, anos antes dele trabalhar em obras consagradas como “O Silêncio dos Inocentes' e 'Philladelphia', o diretor conseguiu capturar a banda de uma forma única, criativa e muito divertida, o que ajudou a tornar esse um dos maiores shows de rock da história. 

A primeira música é tocada apenas uma pessoa, o excêntrico David Byrne, apenas acompanhado de seu violão, enquanto a equipe de produção monta o 'cenário' do palco, incluindo caixas de som e introduzindo instrumentos musicais aos poucos. Já segunda música, conta para duas pessoas, a terceira música conta com três pessoas, e por aí vai até que a banda esteja completa no palco conforme a setlist continua.

É uma experiência única e incrível de presenciar. Mostra como naquela época os microfones estavam ligados de verdade, ou seja, as vozes podem ser ouvidas de forma clara, sem interferência e David Byrne, como o eterno showman e artista visual que é, domina os palcos do início ao fim, comandando a atenção do público, seja com sua voz, hora com seriedade, hora brincando com seu timbre, bem como através de danças completamente lúdicas e livres, como quem dança o que sente no momento, sem regras e como se ninguém estivesse olhando. 


Stop Making Sense / Foto: A24

Ao dançar, Byrne mostra a liberdade que sente cantando e a melhor parte é que toda a banda se une a ele com a mesma energia em todos os momentos; é nítido que aquela foi uma experiência divertida e especial para todos que estavam naquele palco.

Esse show mudou vidas e com certeza irá mudar a vida de quem assistir nas telas grandes do IMAX. energia de Stop Making Sense é completamente inebriante, contagiante e nós podemos apenas imaginar o quão mágico oi para aquele público dos anos 80 poder presenciar esse concerto ao vivo e a cores bem em sua frente. 

Sucessos desde 'Psycho Killer' à 'Once in a Lifetime' não puderam faltar e a experiência de poder assistir esse concerto remasterizado em alta definição, definitivamente ajudou a nos transportar para aquele show, quase como se estivéssemos ali com todos os expectadores, sem telas nas mãos, apenas aproveitando aquele momento que fez  e a ainda faz história.

NOTA: 10/10

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