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[Review] Disforia


Por Victoria Hope

Mais uma pérola do cinema nacional, Disforia é o primeiro longa do diretor gaúcho Lucas Cassales, que em sua estreia trouxe uma das melhores direções e fotografias que nossa equipe tem visto em anos, o que definitivamente justifica o Prêmio de Melhor Direção no Rio Fantastik Festival 2020

Sem apelar para sustos fáceis ou em uma narrativa totalmente linear, Disforia conta a história de Dário, um psicólogo que volta a atender crianças depois de um trauma pessoal. Sua primeira paciente é Sofia, uma menina de 9 anos que provoca sensações angustiantes nas pessoas que a cercam. Um turbilhão se reinicia na vida de Dário, trazendo culpas e fantasmas que ele pensava estarem enterrados.

Nada na trama passa perto da obviedade e as escolhas feitas por cada um dos personagens instigam, ao ponto em que em um momento achamos saber absolutamente tudo sobre cada um deles, mas em questão de segundos, surge algo do passado dessas pessoas que gera uma reviravolta completa na história.

Sofia / Lança Filmes
O que aconteceu com a esposa de Dário? O que leva um psicólogo a questionar sua própria sanidade após tantos anos de ofício? Estas são algumas das questões levantadas no thriller, todas respondidas ao longo da trama, porém sem muitas explicações para que o expectador.

Em alguns momentos o espectador sente estar na pele de Dário, tal qual o desconforto das cenas onde o personagem se encontra. Sentimos absolutamente toda a angústia, receio e medo vividos pelo protagonista.

Sem dúvida, o filme tem absolutamente tudo para quem é apaixonado por horror psicológico e adora tramas com finais em aberto que fazem o expectador pensar além da caixinha. O longa deixa uma sensação de dúvida sobre o que aconteceu de verdade. Será que foi tudo um devaneio?

Disforia estreia no dia 12 de março nos cinemas 

Nota: 10/10

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