Por Victoria Hope
No drama 'On The Pulse', de Alix Delaporte, Gabrielle acaba de ingressar em um programa de notícias de prestígio. Sem nenhum treinamento formal, ela deve provar seu valor e encontrar seu lugar entre uma equipe experiente de correspondentes especiais.
No calor da ação, ela aprenderá a linguagem e o código desses repórteres, sempre apaixonados, muitas vezes engraçados e, às vezes, marcados pela vida e pela profissão. E há também Vincent, o editor-chefe do programa, que ela não consegue evitar de desafiar.
Baseado nas experiências da própria diretora, o filme é uma carta de amor e até mesmo de receio à indústria do jornalismo. Em meio à choros e risos, acompanhamos o dia a dia de uma redação e quais são os caminhos para chegarmos até a notícia diária. É muito interessante e respeitosa a forma que o filme aborda como são tomadas as decisões editoriais, como é filmada uma matéria e até onde vai a ética jornalística.
O filme acerta muito em mostrar como a cobertura jornalística mudou ao longo dos anos, principalmente agora com a inclusão ainda maior da tecnologia e aparelhos digitais tanto para a captura quanto para a construção das reportagens. 'On The Pulse' é um excelente título para um filme que mostra o dia a dia frenético da redação. É preciso ser pulso firme e as vezes, é preciso ter sangue frio para lidar com os mais diversos casos, desde uma análise sobre produtos veganos à cobertura de um conflito ultra violento na África, afinal, ambas são reportagens investigativas, mas os pesos com certeza variam.
Ao mesmo tempo, 'On The Pulse', menciona a 'efemeridade' de veículos jornalísticos que um dia já foram gigantes, mas do dia para noite, por decisão de alguém de fora da redação, dissolve-se uma equipe inteira e aí o filme nos apresenta a pergunta: O que fazer a partir daí? Existe ainda o jornalismo feito apenas pela paixão? E a resposta é apresentada da forma mais bela e poética possível pela protagonista.
NOTA: 9.5/10
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