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[Review] Salão de Baile, This is Ballroom


 Por Victoria Hope

O documentário "Salão de Baile: This is Ballroom" traz um retrato da comunidade brasileira LGBTQIAP+ que frequenta e promove 'ballrooms', festas inspiradas pela cultura noturna de dança voguing que marcou os EUA nos anos 60.

Nascido em Nova York nos Estados Unidos, o ballroom era mais do que uma festa, era um ato de acolhimento para a comunidade queer, principalmente negra e latina; um espaço seguro para que as pessoas pudessem se expressar através da dança bem como também se conectar com outras pessoas da comunidade. Era mais do que diversão, pois era por si só, um ato de resistência. 

Já aqui no Brasil, em locais como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador entre outros,  contam com coletivos que buscam fomentar essa cultura, promovendo diversos bailes, onde acontecem as competições divididas em diversas categorias, que podem ser dividas entre runway (desfile), face (Rosto), Body (corpo) e é claro, voguing entre muitas outras. 


Categoria de Rosto no Salão de Baile: This is Ballroom / Foto: Mostra de SP

Este documentário faz um excelente trabalho em mostrar a cena cultural ballroom brasileira, contando as origens desde suas raízes americanas, com as "mães" de cada casa criada nos Estados Unidos, revelando nomes que marcaram até mesmo o antigo documentário "Paris em Chamas", um retrato sobre a comunidade ballroom de lá, bem como traçando um panorama sobre as casas brasileiras que promovem ballrooms por todo o país.

Uma das precursoras da cultura ballroom, aliás, Crystal LaBeija, é dita como a criadora do sistema de “casas” e até hoje continua sendo maior referência mundial do movimento. Ela era uma mulher trans e negra, que decidiu fazer seus concursos e espaços de acolhimento após sofrer racismo na cena drag, que na época ainda era dominada por brancos.

Utilizando o mecanismo de reconstituição lúdica, participantes do documentário, moradores da Baía de Guanabara, contam as histórias de origem do ballroom lá fora e no Brasil, contando um pouco sobre suas próprias realidades, em sua maioria realidades periféricas. É incrível saber como a comunidade encontra meios de se conectar mesmo por meio desse movimento criado tão longe, nesse trabalho de resgate histórico. 

Nota: 9/10

Documentário nacional celebra trajetória e importância de Léa Freire ao cenário musical

 

Por Victoria Hope

Apesar do reconhecimento internacional de seu trabalho como música, chegando a ser comparada a Mozart e Debussy, a brasileira Léa Freire ainda não é conhecida pelo grande público de seu próprio país. O documentário A Música Natureza de Léa Freire, dirigido por Lucas Weglinski, chega para suprir essa lacuna, e levar o trabalho e a trajetória da artista para mais pessoas. Com distribuição da Descoloniza Filmes, o longa estreia nos cinemas em 18 de julho.

"A Villa-Lobos contemporânea", "A nova Tom Jobim", “A Hermeto de saias” são algumas das masculinas alcunhas que seguem Léa Freire, excepcional instrumentista popular, improvisadora de jazz, arranjadora e compositora sinfônica. Vanguarda da Música Brasileira instrumental e orquestral, universos ainda exclusivamente masculinos, machistas e misóginos, Léa quebra a barreira entre o erudito e o popular, criando uma sonoridade única, extremamente brasileira e ao mesmo tempo universal. O filme narra também um pouco da história da Música Brasileira na cidade de São Paulo e sua evolução dos anos 60 até hoje.

O filme aborda o apagamento das mulheres da nossa história, ainda mais quando são criadoras, inventoras de novas linguagens e novas formas. Falamos também sobre as origens afro-brasileiras de toda música nacional, inclusive a sinfônica. Resgatamos personagens que foram convenientemente ‘esquecidos’.  Esse filme é sobre o Brasil, sua riqueza, suas dores e delícias. A música e vida desta artista é apenas um caminho para falarmos da nossa cultura, nossa raiz, nossa terra”, explica o diretor.

Léa Freire / Foto: Caroline Bittencourt, Divulgação

O longa acompanha a história de um movimento musical descolonizador, contado por gerações de músicos brasileiros excepcionais (em sua grande maioria mulheres) e lendas do jazz internacional (Amilton Godoy do Zimbo Trio, Ali Ryerson, Keith Underwood e Jane Lenoir), através do retrato poético e musical de uma das mais conceituadas compositoras do mundo – mulher, brasileira – que vence o preconceito no universo de composição instrumental e sinfônica, e constrói uma obra fundamental, expressão profunda do múltiplo continente Brasil.

Neste filme saudamos as raízes, muitas vezes ignoradas ou esquecidas, da música brasileira, seja ela instrumental ou sinfônica, é fundamental celebrarmos sua ancestralidade, a fonte das águas bebidas por Léa Freire: Filó Machado, Alaíde Costa, Johnny Alf, Originais do Samba, Regional do Evandro, Manezinho da Flauta, enfim músicos a frente de seu tempo, inovadores, que desafiaram os padrões sociais e estéticos e fundaram uma nova cena musical brasileira e que devem ser lembrados com toda glória que merecem”, explica o diretor.

O longa é assinado por Weglinski, que tem em seu currículo filmes como o premiado Máquina do Desejo, cuja direção é assinada com Joaquim Castro, e foi exibido em diversos festivais brasileiros e estrangeiros, recebendo prêmios como Melhor Documentário - Los Angeles Brazilian Film Festival – 2022 e New York Tri State Film Festival – 2023, Melhor Música - Roma International Film Festival – 2023 e Prêmios no Japão, Índia, Coréia, entre outros. Além disso, foi exibido em festivais como Vision du Réel, In-Edit, Festival de Cinema Latino de São Francisco, Toronto Indie Festival, e Festival Internacional de Cinema de Bern.

A Música Natureza de Léa Freire será lançado no Brasil em 18 de julho pela Descoloniza Filmes.

Narrativas Negras Não Contadas, da Warner Bros Discovery, entra em fase final com apresentação de dez curtas documentais

Por Victoria Hope

Narrativas Negras Não ContadasBlack Brazil Unspoken, programa da plataforma de Diversidade, Equidade e Inclusão da empresa – WBD Access, chega em fase final, com dez projetos de curtas documentais, após três meses de ciclo formativo remunerado com a participação de profissionais negros renomados no mercado, como Emílio Domingues, Everlane Moraes e mentoria da diretora, produtora e roteirista, Chica Andrade.

O programa, desenvolvido em parceria com a WIP Ventures - gestora de propriedades intelectuais e desenvolvedora de negócios no entretenimento - tem como objetivo gerar acesso e desenvolvimento para roteiristas e diretores da comunidade negra, que terão suas histórias produzidas e veiculadas nas plataformas da empresa. Esta é a primeira edição do programa fora do Reino Unido, onde já foram realizadas duas edições. WBD Access atua através de programas de desenvolvimento e mentoria, gerando oportunidades e exposição na mídia, operando como um poderoso canal que conecta talentos de grupos subrepresentados aos nossos conteúdos e marcas.

É uma grande honra estar envolvida em um programa como esse, que tem um propósito tão importante de representatividade e gerar oportunidades reais para que esse profissionais de fato contem as suas histórias, do seu próprio ponto de vista”, comenta Adriana Cechetti, Diretora de Conteúdo de Produções de Não-Ficção da Warner Bros. Discovery para o Brasil, que teve a chance de conversar com os participantes durante o ciclo formativo sobre o que torna uma produção de não-ficção incrível para a WBD. “Estamos muito animados com o resultado desses projetos, cada um com uma identidade e narrativa muito forte.”

A Warner Bros Discovery selecionará ao menos três curtas documentais dentre os dez projetos apresentados, que serão desenvolvidos, produzidos e lançados pela companhia ainda em 2024. 


Conheça abaixo os 10 participantes do programa:

André Sandino: é cineasta com formação cineclubista. Iniciou seus estudos na área audiovisual em 2004 através de cursos livres e escolas populares de audiovisual como o Cine Maneiro no Rio de Janeiro. O carioca já participou em diferentes funções de diversos filmes de curta metragem, três filmes de longa-metragem, além de séries para a Web. Também co fundou e coordenou diferentes cineclubes, além de participar ativamente da Associação de cineclubes do Rio de Janeiro, Ascine-RJ e do Conselho Nacional de cineclubes, CNC.

Carol Rocha: é diretora nascida em uma favela da zona leste de São Paulo. Mulher negra e queer, está desde 2016 no audiovisual e passou pelos cursos de direção e roteiro na academia internacional de cinema. Em 2018, co-fundou a produtora PUJANÇA, que trabalhou apenas com profissionais negres e LGBTs, e no mesmo ano fez seu primeiro trabalho internacional, fruto de um convite para registrar Camila Pitanga, Djamila Ribeiro e Nátaly Neri refazendo os passos de Mandela, na África do Sul. Mais recentemente, roteirizou e dirigiu um filme documental para a Disney, com 5 artistas brasileiros recriando 5 personagens negros da Marvel.

Danielle Valentim: é mestre em Ciências das Artes e da Comunicação pela Universidade de Oldenburgo (Alemanha) e iniciou sua carreira trabalhando em emissoras de televisão como a TVU (Recife) e o canal alemão NDR. Há cerca de dez anos tem se dedicado aos setores executivo e financeiro de mostras de cinemas e de filmes de curta e longa metragem. Em 2020, lançou o curta experimental “Carta ao Mar” e em 2023 a série de interprogramas “Pretas de História”, exibidos nas TVs públicas de Pernambuco.

Day Rodrigues: Diretora, roteirista, pesquisador audiovisual e professor multidisciplinar. Entre 2022 e 2023, foi coordenadora audiovisual e coordenadora de formação pedagógica do Curso Multimídia do Geledés – Instituto da Mulher Negra. Produziu, escreveu e dirigiu o documentário "O Corpo da Terra" (2023), exibido na 18ª Mostra Internazionale di Architettura: Laboratório do Futuro, como parte da exposição "Terra" (Pavilhão do Brasil). Também fez parte da equipe de direção das séries “O Enigma da Energia Escura” (Lab Fantasma), criada por Emicida e Evandro Fióti e finalista do Festival de Cinema de Nova York 2022 – e “Quebrando o Tabu” (Spray Filmes).

Laís Ribeiro: é produtora, diretora estreante e advogada, vinda do Sapopemba, zona leste de São Paulo. Atua em projetos com grandes players e também desenvolve e fortalece diversos projetos audiovisuais autorais e independentes. Foi selecionada pelo PROAC/2023 para direção de seu curta Atelier, sobre um dos primeiros estúdios de rap do país e também foi selecionada pela Aldir Blanc/2021 para desenvolver Nuances, sobre miscigenação racial. Esteve na produção da série documental "Sócrates", dirigida por Walter Salles, com produção de Rodrigo Teixeira e também atuou na produção dos longas-metragens "Dystopia" e "Pai pátria", da diretora Petra Costa. 

Larissa Nepomuceno: é Pesquisadora Cinematográfica, Roteirista e Documentarista. Membra da APAN, formada em Cinema pelo Centro Europeu, em Artes Visuais pela UFPR e Mestre em Educação pela UFPR. Dirigiu os premiados "Megg - A Margem que Migra para o Centro" (2018) (Festival Guarnicê de Cinema), e "Seremos Ouvidas" (2020) (10+ Favoritos do Público - Festival de Curtas de São Paulo). Dirigiu “Emerenciana”(2023) (18º Fest Aruanda). Atuou como Diretora Assistente no longa-metragem "Nem Toda História de Amor Acaba em Morte" (em finalização). Foi semifinalista do Prêmio Cabíria de Roteiro - Categoria Série de Não Ficção com o roteiro do episódio piloto da série documental Seremos Ouvidas, prestou Consultoria no Lab de Projetos Documentais - VII ROTA Festival de Roteiro Audiovisual de 2023 e atualmente está desenvolvendo seu primeiro longa-metragem.

Luciana Oliveira: graduada em Com. Social Hab. Audiovisual, Mestra em Cinema e Narrativas Sociais e doutoranda em Sociologia pela Universidade Federal de Sergipe.É co-idealizadora e diretora geral da EGBE - Mostra de Cinema Negro e cineclubista no Cineclube Candeeiro. Faz parte da Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (APAN), integra o Fórum Permanente Audiovisual Sergipe e é sócia na Rolimã Filmes, onde atua como diretora e figurinista. Dirigiu os curtas-metragens "O corpo é meu" (2014), "Puerpério" (2021), "A mulher que me tornei" (2021), e "Espelho" (2022).

Rayane Teles: “catingueira” do interior da Bahia e formada em Cinema e Audiovisual pela UESB e Mestre em Roteiro pela EICTV (Cuba). Escreveu e dirigiu o curta-metragem de ficção “O ovo”, que foi exibido em festivais Nacionais e Internacionais, como: Competitiva Nacional do XVIII Panorama Internacional Coisa de Cinema e 44° Durban International Film Festival, (África do Sul) e também dirigiu e co-escreveu o curta documental "Pinote", com passagens por alguns festivais. Atualmente faz parte da Rede Paradiso de Talentos, além de ser associada da ABRA e APAN.

Robson Dias: começou sua jornada no setor audiovisual no Brasil como cameraman no jornalismo esportivo e editor de documentários. Após concluir o curso de Cinema pela PUC-Rio de Janeiro trabalhou alguns anos para as grandes produtoras cariocas como: Rio Cinema Digital, Grupo sal e Conspiração Filmes. Desde 2009, dirige seus próprios curtas-metragens, incluindo Pra Ingles Ver, que foi selecionado em diversos festivais. Atualmente, Robson é um dos diretores do projeto Eu Ouvi o Chamado do Manto, que retrata o retorno dos mantos tupinambá mantidos na Europa. Dirige o documentário Favela Tour, apoiado pelo edital de escrita e desenvolvimento do governo francês.

William Souza: é um jovem diretor criativo e fotógrafo-filmmaker. Nos últimos anos tem se dedicado à colaboração em projetos de audiovisual voltados à música, cultura e documentários musicais. Colaborou com vários artistas, como Mariana Aydar, Rachel Reis, Luiz Lins, Barro, Shevchenko e Elloco, Martins, entre outros. Trabalhou em projetos notáveis, como o documentário do festival recifense Recbeat e o mini-doc imersivo “Cápsula de Respiração” fruto da parceria entre British Council e Oi Futuro.

SXSW 2024 | Billy & Molly: An Otter Love Story (DOC)

 

Por Victoria Hope

No documentário Billy & Molly: An Otter Love Story, Quando uma lontra selvagem que precisa desesperadamente de ajuda aparece em seu cais nas remotas ilhas escocesas de Shetland, Billy, sua esposa Susan e sua devotada cadela pastor Jade se encontram com um novo membro único de sua família. 

Da National Geographic e Silverback Films, Billy & Molly: An Otter Love Story é uma história comovente dirigida por Charlie Hamilton James. Filmado em 4K, este documentário mostra-nos como a capacidade do amor pode nos despertar para a beleza da natureza.

As imagens são absolutamente mágicas, com uma direção de fotografia única e de tirar o fôlego, porém, o ritmo por vezes, se torna um pouco maçante. É claro que a trama tem seus trunfos; é lindo ver a relação que essa lontra criou com a família, é uma relação única de cumplicidade que apenas quem verdadeiramente ama a natureza e os animais pode sentir. 

O documentário é essencialmente um slice of life que nos faz pensar sobre a vida e nossas conexões com a natureza, enquanto humanos, porque essa é a beleza dessa relação. Muitas pessoas se perguntam sobre qual é o nosso propósito, enquanto humanos na Terra e se esse propósito fosse esse? Demonstrar compaixão e empatia por todas as espécies? Essa é a principal mensagem passada pelo filme.

Em 'An Otter Love Story', aos poucos, Molly, a lontra, vai se conectando cada vez mais com aquela família, demonstrando que sim, a natureza é sábia e que todo indivíduo, seja uma lontra, um cachorro, ou até mesmo uma família de humanos, anseiam por um abraço, um acalento e saber que podem ter um 'lar' sempre que precisarem. 

As cenas onde Molly mergulha com Billy são de arrepiar, muito emocionantes de presenciar e sintetizam justamente esse sentimento de cumplicidade entre o homem e a natureza que é tão essencial. É cativante acompanhar esses pequenos momentos e refletir que estamos aqui para um propósito que vai muito além do que sobreviver, estamos aqui para viver e nos conectarmos. 

NOTA: 8.5/10

TIFF 2023 | God is a Woman

 

Por Victoria Hope

God is a Woman”, um documentário do cineasta suíço-panamês Andrés Peyrot sobre a viagem de Pierre Dominique Gaisseau ao Panamá em 1975 para fazer um filme sobre o povo Kuna, que vive na ilha – cujas mulheres desempenham um papel único e sagrado. O longa abriu o Festival de Veneza na Semana da Crítica do Festival.

Nos anos 70, o diretor francês vencedor do Oscar Pierre-Dominique Gaisseau viaja ao Panamá de forma ostensiva para filmar a comunidade Kuna, onde as mulheres são sagradas. Gaisseau, sua esposa e sua filha Akiko moram com os Kunas por um ano. 

O projeto acaba ficando sem fundos e um banco confisca as bobinas. Cinquenta anos depois, os Kunas ainda esperam para descobrir o “seu” filme, agora uma lenda transmitida dos mais velhos às novas gerações. Um dia, uma cópia escondida é encontrada em Paris e esse é o resultado desse projeto tão aguardado, quase esquecido, mas resgatado e agora exibido em um dos maiores festivais de cinema do mundo. 

Foi muito interessante acompanhar as diferentes visões de uma cultura tão diferente e a pergunta que fica é, por quê esse projeto sumiu tão repentinamente? A quem interessa apagar a história a importância desse povo e de seus papeis na sociedade e a quem interessa 'desaparecer' com um documentário que celebra esse povo? 


God is a Woman / Foto: Tiff 2023

Em um dos momentos do documentário, um dos entrevistados questiona a mesma visão, dizendo 'como nos vemos e como queremos que as pessoas nos vejam, porque esses são dois parâmetros completamente diferentes e relevantes relacionados a cultura do povo Kuna.

Essencialmente 'God Is a Woman', mostra a luta do povo de Panamá para reclamar seus direitos ao documentário e através de filmagens novas feitas pelas próprias pessoas da comunidade, recontam histórias pelo seu ponto de vista, como deveria ter sido feito desde o início. 

Certa vez, me lembro de uma aula no curso de jornalismo quando o professor da disciplina de documentários, comentou o quão importante para alguns locais, era a visita de jornalistas western para trazer luz à locais que precisavam ser vistos, mas que ao mesmo tempo, é um universo de ostentação, onde os westerns veem a cultura indígena como algo 'exótico', o que é prejudicial a longo prazo para as comunidades. 

Isso me faz pensar na importância de 'God is a Woman', para revelar o tratamento da mídia western para com indígenas e reforçar o impacto cultural que esse documentário tem na sociedade, principalmente para a celebração da memória um povo contada pela voz do povo.   

NOTA: 9.5/10

Bring The Soul - The Movie, documentário sobre turnê da banda BTS, chega dublado à Netflix

 

Por Victoria Hope

Que as produções coreanas são um sucesso mundial e não param de chegar à tela da Netflix todos já sabem. Mas agora os fãs de BTS e os k-poppers de plantão têm mais um motivo para comemorar: a Dona Netflix acaba de anunciar que Bring The Soul - The Movie, o documentário de um dos k-groups mais amados do mundo, será disponibilizada no serviço em versão dublada, no dia 10 de setembro! 

A produção acompanha o grupo durante a turnê mundial Love Yourself: Speak Yourself, que aconteceu entre 2018 e 2019. Além de grandes momentos dos shows lotados em estádios nas cidades de Seul, Londres, Paris, Los Angeles e Nova York, o documentário mostra com detalhes as rotinas e conversas de Jungkook, V, Jimin, Suga, Jun, RM e J-Hope. 

Tem de tudo que fandom adora saber! Os momentos de reflexão dos idols, a preparação para as apresentações, revelações das inseguranças e o que mais se orgulham, e até mesmo a hora da academia e de ajeitar o cabelo. Além das curiosidades sobre os bias e sobre como é o processo de uma turnê. Claro que não poderiam faltar as cenas das performances estonteantes e que vão fazer todo mundo dançar e cantar enquanto assiste.

A produção foi exibida pela primeira vez em 2019 nos cinemas do mundo todo e tem direção de Jun-Soo Park, também responsável pelo documentário da turnê Break The Silence (2020), J-Hope - In The Box e SUGA: Road to D-Day.

Bring The Soul - The Movie chega ao catálogo da Netflix em 10 de setembro.

Documentário 'Isabella: o Caso Nardoni' estreia em 17 de agosto na Netflix

 

Por Redação

Em 2008, o assassinato de Isabella Nardoni parou o Brasil: a menina de 5 anos foi atirada pela janela do apartamento de seu pai e da madrasta, em São Paulo. Enquanto a população, a mídia e mesmo as autoridades cobravam uma solução rápida e exemplar, a perícia trabalhou para encontrar material que contasse o que aconteceu. Como se deu esse trabalho? Que provas atestaram a culpa do casal Nardoni? O que fez a polícia descartar qualquer outra hipótese? 

Quinze anos após o crime, o documentário Isabella: o Caso Nardoni, que estreia em 17 de agosto na Netflix em formato longa-metragem, analisa o caso que comoveu o Brasil, revela detalhes pouco conhecidos e traz depoimentos inéditos da mãe e dos avós de Isabella, que lutam para manter a memória dela viva, além de jornalistas, peritos e advogados de defesa.

A produção traz ainda reflexões sobre a nossa sociedade, sobre a justiça criminal - na verdade, sobre o nosso sistema como um todo - e ainda sobre o sensacionalismo. Além, é claro, de resgatar uma história que não pode ser esquecida. Essa garotinha poderia estar hoje aqui com a gente, aos 21 anos de idade, cursando uma faculdade, traçando seu futuro”, diz Claudio Manoel, diretor do projeto ao lado de Micael Langer.

Produzido pela Kromaki para a Netflix, o documentário tem produção executiva de Rodrigo Letier, Manfredo Barretto, Roberta Oliveira e Anna Julia Werneck. O roteiro é de Claudio Manoel, Micael Langer e Felipe Flexa. 

Assinam como consultores o jornalista Rogério Pagnan, autor do livro O pior dos crimes – A história do assassinato de Isabella Nardoni, e a criminóloga Ilana Casoy, autora dos livros A prova é a testemunha e Casos de família – Arquivos Richthofen e Arquivos Nardoni. A equipe analisou, ainda, mais de 6 mil páginas de processo, gravou 118 horas de entrevistas e reuniu mais de 5 mil itens de arquivo fotográfico vindo da mídia e do acervo da família.

‘GLEE: O Preço da fama' estreia 19 de maio na HBO Max

 


Por Victoria Hope

A série documental GLEE: O Preço da Fama (The Price Of Glee) estreia sexta-feira, 19 de maio, na HBO Max e no discovery+; no mesmo dia o primeiro episódio também vai ao ar no canal ID, às 20h30. Fenômeno cultural, a série “Glee” levou um elenco relativamente desconhecido ao estrelato internacional que marcou a cultura pop, mas essa produção tão bem-sucedida que, na teoria, era o programa mais alegre e musical da televisão foi marcada por grandes problemas. O elenco em ascensão enfrentou diversos escândalos, repercussões negativas na imprensa e tragédias fatais. A produção Investigation Discovery mostra em três capítulos os bastidores de “Glee” e revela a dura realidade da fama. 

"Glee’ foi um fenômeno cultural único de uma geração que enfrentou com coragem as convenções sociais e provocou debates sobre sexualidade, raça, deficiência e família. Os episódios semanais, cheios de música, alegraram muita gente, mas não conseguiram escapar do universo sombrio de Hollywood e do frenesi das nascentes redes sociais”, disse Jason Sarlanis, Presidente de Conteúdo Investigativo e de Crimes Reais para TV Linear e Streaming. “Ao mesmo tempo que homenageia uma série que marcou a cultura pop e fez um sucesso sem precedentes, GLEE: O PREÇO DA FAMA revela a intensa pressão decorrente de ser levado ao estrelato e apresenta, sob uma nova perspectiva, as tragédias terríveis que aconteceram com membros do elenco e da equipe.”

GLEE: O Preço da Fama mostra a vida dos integrantes do elenco dentro e fora do set de filmagem por meio de entrevistas inéditas que trazem à tona as exigências envolvidas em participar de um sucesso da TV e os dramas enfrentados nos bastidores. Entre os entrevistados estão parentes e amigos do elenco; profissionais que trabalhavam no set ou ligados à produção, como cenógrafos, cabeleireiros, estilistas e publicitários; e jornalistas do setor de entretenimento que cobriram o fenômeno “Glee”. 

Entrevistas com pessoas próximas ao falecido Cory Monteith (Finn Hudson, na série) abordaram a ascensão internacional do ator e suas angústias, que acabaram com sua morte por overdose aos 31 anos, em um hotel em British Columbia, Canadá. Pessoas que colaboraram no set e estiveram ao lado de Mark Salling (Puck) comentaram sua relação com o trabalho e o choque provocado pela descoberta de pornografia infantil em seu poder, o que o levou ao suicídio aos 35 anos. George Rivera faz uma homenagem pessoal e íntima à filha, Naya Rivera, ao relembrar sua vida como jovem atriz e o início da fama, revivendo lembranças desde a infância, quando Naya já interpretava, e a fase de líder de torcida. A estrela de Glee morreu de modo misterioso e assustador por afogamento acidental em um lago, na Califórnia, Estados Unidos.  

Being Mary Tyler Moore estreia em maio na HBO Max

 

Por Victoria Hope

A HBO Max anuncia a estreia do filme documental da HBO Original Being Mary Tyler Moore , no dia 30 de maio. Dirigido pelo ganhador do Emmy® James Adolphus (“Soul of a Nation”) e produzida por Lena Waithe (“A Thousand and One”), Debra Martin Chase (“Harriet”) e Ben Selkow (“Q: No Olho da Tempestade” da HBO), a produção estará disponível na HBO e HBO Max.

Com acesso sem precedentes ao vasto arquivo de Mary Tyler Moore, Being Mary Tyler Moore apresenta o ícone da tela cuja carreira durou sessenta anos. Combinando a narrativa pessoal de Moore com o ritmo de suas conquistas profissionais, o filme destaca seus papéis inovadores e o impacto indelével que ela teve nas gerações de mulheres que a seguiram.

A carreira de Moore rompeu fronteiras em diferentes momentos, principalmente em seus papéis cômicos como Laura Petrie, na comédia dos anos 1960 "The Dick Van Dyke Show", e como a solteira profissional Mary Richards, em “The Mary Tyler Moore Show” na década de 1970, ambos os quais a colocaram na vanguarda da representação feminina na televisão e a consolidaram como modelo para mulheres trabalhadoras independentes. 

Being Mary Tyler Moore | Foto: HBO/ Arquivo THR

Reconhecendo que muito de si mesma estava entretecido em seus personagens lúdicos, ela lutou nos bastidores, lidando em particular com uma tragédia imensurável que se repetiu em sua interpretação de uma mãe enlutada no filme "Gente Como a Gente", pelo qual foi indicada ao Oscar em 1980. 

Nos últimos trinta e cinco anos de sua vida, Moore passou por um período transformador de autodescoberta, mudando-se para a cidade de Nova Iorque, encontrando o amor verdadeiro e tornando-se uma defensora global impactante da pesquisa sobre diabetes. Being Mary Tyler Moore documenta a vida de uma artista complexa que mudou a dinâmica de como as mulheres eram retratadas na televisão, que teve uma influência de longo alcance nos negócios por meio de sua própria produtora e ajudou a trazer uma grande mudança por meio de seu trabalho como Presidente Internacional da Fundação de Pesquisa em Diabetes Juvenil (JDRF).

SXSW 2023 | Who I Am Not

 

Por Victoria Hope

O que faz um homem, o que faz uma mulher, onde traçamos a linha e por que isso importa? No documentário Who I Am Not, que teve sua estreia no SXSW, Sharon-Rose Khumalo, miss da Africa do Sul com genética masculina que luta contra a disforia de gênero, precisa da orientação de alguém como ela. Mas a única pessoa que vai ajudar é Dimakatso Sebidi, um ativista intersexual que se apresenta como homem e que acaba sendo o oposto dela. 

As duas histórias paralelas, mas divergentes, são uma visão íntima da luta de viver em um mundo masculino-feminino, quando você é ambos ou nenhum. "Who I Am Not" dá voz aos dois por cento da população mundial há muito ignorados e quase silenciosos: a comunidade intersexual.

O documentário acerta muito em trazer seriedade e ao mesmo tempo bom humor, mostrando Sharon e Dimakatso em uma conversa aberta e cândida sobre sua intersexualidade, traçando paralelos que vão desde suas infâncias até o presente, mas deixando que ambas pessoas contem seu ponto de vista. Esse é um tema tão raro de ser abordado dessa forma, que isso faz o filme se tornar ainda mais especial.

Ao longo da história, o público pode acompanhar o dia a dia dessas pessoas que de forma descontraída e educacional, tentam informar a população e principalmente, destruir o estigma por trás da intersexualidade e em alguns momentos, os personagens confrontam membros de sua família sobre isso, pois os registros demonstram que grande parte das famílias de crianças intersexo, performam cirurgia de redesignação sexual até mesmo no dia do nascimento, o que não apenas causa uma dor profunda nas crianças, como também pode causar diversos problemas no futuro.

Questões como a decisão da redesignação, que ficam nas mãos dos pais ou dos responsáveis, acabam por mudar para sempre a vida dessas pessoas. Até que ponto a família pode intervir? Será que essas famílias deveriam tomar essa decisão antes de conversar com crianças ou até mesmo adolescentes intersexo? 

Apesar do tema pesado, 'Who I Am Not' termina com um sentimento de esperança e de que muitas coisas mudaram, mas que ainda há um longo caminho a se percorrer para conscientizar as comunidades a agir de forma mais empática e tentar se colocar nos sapatos das pessoas intersexo, que nada mais querem do que viver em paz com seus próprios corpos, sem que a sociedade dite o que essas pessoas deveriam ou não deveriam ser. 

NOTA: 9/10

SXSW 2023 | Black Barbie

 

Por Victoria Hope

Ame-a ou odeie-a, quase todo mundo tem uma história da Barbie. Mesmo que eles não tenham uma história, há uma história sobre por que eles não têm uma história. Neste filme, a diretora e roteirista Lagueria Davis, conta a história por trás da primeira Barbie Negra, porque sim, Black Barbie também tem uma história. Tudo começou com a tia de 83 anos da cineasta, Beulah Mae Mitchell, e uma pergunta aparentemente simples: “Por que não fazer uma Barbie que se pareça comigo?”

Por meio do acesso íntimo a uma carismática especialista da Mattel, que é a própria Beulah Mae Mitchell, o documentário Black Barbie, investiga a seção transversal de mercadorias e representações enquanto as mulheres negras lutam para elevar suas próprias vozes e histórias, recusando-se a ser invisíveis.

Este filme é uma exploração pessoal que conta a história ricamente arquivística e instigante que dá voz aos insights e experiências de Beulah Mae Mitchell, a tia da cineasta de Los Angeles, que passou 45 anos trabalhando na Mattel.

Após o lançamento de Black Barbie pela Mattel em 1980, o filme se volta para o impacto intergeracional que a boneca teve. Discutir como a ausência de imagens negras no “espelho social” deixou as meninas negras com pouco mais do que sujeitos brancos para autorreflexão e autoprojeção. Beulah Mae Mitchell e outras mulheres negras no filme falam sobre sua própria, complexa e variada experiência de não se verem representadas, e como a chegada transformadora da Barbie Negra as afetou pessoalmente.

Como mulher negra, me identifiquei imediatamente com a premissa ao lembrar da minha infância onde a Barbie Negra ainda era rara nas lojas, logo, essa experiência geracional foi passada por todas as gerações de mulheres negras da minha família, desde bisa à vó e mãe. Com isso em mente, Black Barbie foi mais do que um símbolo de representatividade no mercado, como também na nossa presença na sociedade pois crianças negras precisam se ver representadas, além de ser um documentário muito criativo e positivo, que utiliza Barbies em stop-motion, ao lado de relatos de diversos convidados, incluindo alguns nomes da indústria negra do entretenimento, que contaram sobre suas experiências com a boneca mais amada do mundo.

Hoje é possível dizer que a boneca Barbie é muito mais diversa do que era há 10 anos atrás, por exemplo, mas que é também um símbolo que vai muito além da diversão, mas ainda há um longo caminho pela frente e essa é a grande mensagem que esse filme vai passar ao público.

NOTA: 10/10

Sundance 2023 | Kokomo City

 

Por Victoria Hope

Kokomo City assume um manto aparentemente simples - para apresentar as histórias de quatro profissionais do sexo transexuais negras em Nova York e na Geórgia. Filmado em impressionante preto e branco, a ousadia dos fatos da vida dessas mulheres e a franqueza que compartilham complicam esse empreendimento, colidindo com o cotidiano com comentários sociais cortantes e a escavação de verdades há muito adormecidas. Compartilhando reflexões sobre desejo complicado, tabu de longo alcance, identificação no trabalho de parto e muitos significados de gênero, essas mulheres oferecem uma análise sem remorso e cortante da cultura negra e da sociedade em geral de um ponto de vista que vibra com energia, sexo, desafio e sabedoria suada.

Este retrato vital é a ousada estreia na direção de D. Smith. Uma veterana da indústria da música e produtora, cantora e compositora indicada ao Grammy, Smith traz suas habilidades sonoras em uma harmonia impressionante com um estilo visual cuja coragem e ousadia combinam com a energia e o espírito que ela extrai de seus participantes. Sem filtros, sem vergonha e sem remorso, Smith e seus súditos quebram o padrão moderno de autenticidade, oferecendo uma refrescante crueza e vulnerabilidade despreocupada com pureza e polidez.

É um excelente documentário sobre sex work e a relação de mulheres trans à margem que por não terem escolha, atuam nessa área mas sonham com uma nova vida, onde não apenas elas tem um emprego fixo, mas que independente do emprego, o que elas querem é respeito, dignidade e uma vida livre da transfobia e do racismo institucional da sociedade. 

NOTA: 9/10

Sundance 2023 | Still: Michael J Fox

 

Por Victoria Hope

Aos 16 anos, um pirralho do exército pequeno conseguiu um papel aos 12 anos de idade em um programa de televisão canadense. Confiante de que poderia dar certo nos Estados Unidos, ele se mudou para um pequeno apartamento nas subúrbios de Beverly Hills. Três anos depois, ele estava lutando para sobreviver e pronto para recuar. Mas então vieram seus papéis de destaque - Alex P. Keaton na sitcom Family Ties e Marty McFly na trilogia De Volta para o Futuro - e uma superestrela nasceu. Michael J. Fox dominou a indústria durante a maior parte dos anos 1980 e 1990, mas um diagnóstico da doença de Parkinson aos 29 anos ameaçou inviabilizar sua carreira.

A improvável história de Fox soa como o material de Hollywood, então que melhor maneira de contá-la do que através de cenas de seu próprio trabalho, complementadas com recriações elegantes. Dono de uma narrativa própria, o ator conta de forma lúdica sua jornada com intimidade, franqueza e humor. Nas mãos de Davis Guggenheim (Uma Verdade Inconveniente, Sundance 2006), Still revela o que acontece quando um eterno otimista enfrenta uma doença incurável.

Esse documntário é simplesmente um deleite e a ideia de misturar cenas de filmes clássicos do ator para ilustrar momentos cruciais da vida dele, bem como a união do formato de reconstituição de cenas da vida dele com um elenco aliada a cenas do cotidiano dele em meio a fisioterapia e no dia a dia cria um combo excelente e um ótimo twist ao formato de documentários biográficos.

Logo no início o Michael J. Fox diz que não quer que as pessoas sintam pena dele e que não quer também ficar trancado em casa, longe dos olhos das pessoas e esse é o tom que define o filme, pois o ator não tem medo de passar por seus altos e baixos, contato fatos sobre sua vida e carreira que até então eram desconhecidos, desde seu primeiro trabalho como ator mirim a sua última produção antes do parkinson começar a tomar conta de seu corpo. O trabalho que ele faz em conscientizar sobre os sintomas é excelente e serve de alerta para pessoas mais novas que não sabem da possibilidade da doença atingi-los durante a juventude. 

NOTA: 10/10

SXSW 2022 | Amy Bench, diretora premiada, retorna com documentário animado More Than I Remember

Por Victoria Hope

Dirigido pela vencedora do SXSW Amy Bench, produzido por Carolyn Merriman, com direção de animação por Maya Edelman, além de produção executiva de Eloise DeJoria e Constance Dykhuizen, o documentário animado de curta duração "More Than I Remember", terá sua estreia no SXSW 2022, competindo na categoria de curtas animados. 

Na trama, em uma noite em sua casa no sudeste do Congo, Mugeni, uma adolescente de 14 anos, acorda ao som de bombas. Enquanto sua família se espalha pelas florestas ao redor para se salvar, Mugeni se vê completamente sozinha. 

A partir daí, ela parte em uma notável jornada solo pelo mundo, determinada a se reunir com seus entes queridos perdidos e levantar o povo Banyamulenge. Apesar de obstáculos inimagináveis, a história de Mugeni é, em última análise, um retrato de esperança, amor e laços familiares.

More Than I Remember / Foto: Divulgação

Com uma temática muito recente essencial, como temos visto quanto ao que está acontecendo diante dos conflitos ocorrendo nesse mês no exterior, a história de Mugeni chama a atenção necessária para a negação da cidadania e a crise humanitária que ocorre no sudeste do Congo, onde os ataques das milícias aos Banyamulenge, uma minoria perseguida, levaram à destruição de centenas de aldeias e ao deslocamento de mais de 200.000 pessoas. 

Como resultado desse genocídio, muitos acabaram como refugiados em países vizinhos ou espalhados pelo mundo. Como um santuário seguro e acolhedor para pessoas perseguidas, os Estados Unidos, às vezes, acolheram e reassentaram, por motivos humanitários, menores desacompanhados como Mugeni. Esse programa que salva vidas foi quase eliminado em 2018, deixando milhares como Mugeni com menos lugares para pedir ajuda.

As crianças refugiadas desacompanhadas são as mais vulneráveis ​​dos vulneráveis ​​e, por mais de quarenta anos, os Estados Unidos, trabalhando com as Nações Unidas, forneceram um caminho para um número pequeno, porém crítico, dessa população. O governo anterior procurou tirar isso. Histórias como a de Mugeni destacam a necessidade de fornecer espaços seguros para as crianças que mais precisam – e trabalham para expor o público ao problema, protegendo o legado do Programa de Menores Refugiados Desacompanhados (URM).

SXSW 2022 | Falco Inc. leva filme Linolium e documentário Mickey: The Story of a Mouse ao evento

 

Por Victoria Hope

Está chegando um dos maiores eventos de Austin no Texas. O SXSW (South by Southwest) 2022, começa no dia 11 de março e termina no dia 20, com muitos novos títulos de cinema e televisão e é claro que a Falco Inc não poderia deixar de marcar presença no evento. 

A equipe irá levar para o festival desse ano, dois títulos inéditos, Linolium, que terá sua Estreia Mundial no evento, competindo na categoria de Narrativas e o documentário Mickey: The Story of a Mouse que explora um dos personagens mais amados e misteriosos do mundo. 

Conheça um pouco mais sobre as duas produções e não deixe de conferir nossa cobertura completa do festival por aqui no site e em nossas redes sociais. 

LINOLEUM - World Premiere - Narrative Feature Competition (Storm City Films/Sales: UTA)

Linolium / Foto:  Ed Wu

Com direção de Colin West, quando um satélite cai da órbita e aterrissa na casa de uma família disfuncional suburbana de Ohio, o pai aproveita a oportunidade de realizar seu sonho de infância em se tornar astronauta a recriar a máquina para usá-la como seu próprio foguete espacial, enquanto sua esposa e filhas enfrentam uma crise da meia idade e é nesse momento, que uma série de eventos começa a acontecer ao seu redor, forçando-o a reconsiderar o quão interconectadas são suas vidas. . 

Duração: 101 min

Estreia online: Domingo, 13 de março, as 9:00 AM CT

MICKEY: THE STORY OF A MOUSE - World Premiere - Documentary Spotlight (Disney Original Documentary) 

Mickey: The Story of a Mouse / Foto: Divulgação
 

Nesse documentário de Jeff Malmberg, acompanhamos a história de um dos personagens mais amados do mundo. Mickey Mouse é um dos maiores símbolos duradouros da nossa história. Aqueles três círculos tem muito significado para todos no planeta. Tão onipresente em nossas vidas que parece quase invisível, Mickey é algo que compartilhamos com memórias e sentimentos únicos.

Ao longo dos quase cem anos do personagem, Mickey funciona como um espelho, refletindo valores pessoais e culturais. "Mickey: The Story of a Mouse" explora o significado de Mickey, mergulhando no núcleo do impacto cultural desse personagem e o que ele tem a dizer sobre cada um de nós e sobre nosso mundo.

Duração: 93 min

Estreia Online: Domingo, 20 de março as 9:00 AM CT

Sundance 2022 | The Territory (Documentário)

 


Por Victoria Hope

No documentário 'The Territory', dirigido por Alex Sprinx e produzido por Darren Aronofsky, acompanhamos a vida de diversos brasileiros que viram suas realidades mudarem muito após as últimas eleições e a chegada do governo Bolsonaro. Os indígenas Uru-eu-wau-wau são uma comunidade que viu seus familiares e sua cultura serem ameaçadas desde quando entraram em contado com brasileiros que não são indígenas e são não apenas co-produtores, como o foco desse documentário extremamente relevante para esse momento em que vivemos.

Através da tomada da floresta amazônica, os invasores tem implementado extrações ilegais que vão desde a destruição ambiental, queimadas criminosas e a exploração excessiva de minérios do solo nacional, sendo todas essas atitudes incentivadas pelo atual presidente, sem preocupação com as as consequências da assolação da Amazônia, não apenas para o Brasil, como também mundo com toda esse desmatamento inconsequente.   

Com acesso e co-produção da própria comunidade Uru-eu-wau-wau, o público irá testemunhar a luta das jovens lideranças indígenas brasileiras, como Bitate e Ari, ao lado de sua mentora, a ativista ambiental, Neidinha e como eles arriscam diariamente suas vidas para proteger a floresta amazônica através de patrulhas diárias. 

The Territory / Foto: Sundance

O documentário mais do que necessário, não apenas aponta o dedo na ferida causada pela chegada do Presidente Jair Bolsonaro, que com seus discursos anti-indígena, apenas incentivou exploradores a desmatarem cada vez mais, como também dá a voz a quem realmente precisa ser ouvido: As comunidades e lideranças indígenas. 

Um dos participantes mais velhos do documentário chega a comentar que quando os homens (brancos) chegaram lá para fazer a extração ilegal, ofereceram panelas e outras utilidades para a aldeia, como se esse gesto fosse o suficiente para que eles desmatassem o ambiente. Ele reforça que viver no meio dessas pessoas brancas, fez com que muitos perdessem suas tradições da aldeia e como cuidar daquela floresta tem se tornado cada vez mais difícil, conforme a comunidade é dizimada aos poucos. 

Ao mesmo tempo, um trabalhador do campo de 49 anos diz "O sonho  brasileiro é ter seu pedacinho de terra.", já que em todos os anos de sua vida, ele se dedicou ao campo dos outros, embaixo do sol quente todos os dias, mas nunca teve sua própria terra para cuidar. Esse documentário é um verdadeiro estudo e uma aula sobre as mazelas causados pela devastação do ambiente e como uma comunidade indígena, precisou criar sua própria patrulha para fiscalizar, já que as autoridades os deixaram de lado. 

NOTA: 10/10

Sundance 2022 | Entrevista com diretores Rachael DeCruz, Jeremy S. Levine, e Dorothy Oliver, estrela do curta The Panola Project

 

Por Victoria Hope

Durante essa edição do Sundance, tivemos a oportunidade de assistir o delicado e necessário curta 'The Panola Project', que conta a história de uma única mulher, Dorothy, que tomou a decisão de cuidar de sua região na comunidade negra rural dos Estados Unidos, realizando campanhas de prevenção ao Covid-19.

Em tempos onde o medo das vacinas e o movimentos anti saúde estão a todo vapor pelo mundo inteiro, é refrescante notar que existem pessoas como Dorothy, que lutam pela conscientização e pela saúde de todos a seu redor. 

Tivemos a oportunidade de entrevistar a diretora e a própria Dorothy sobre esse documentário para desvendar os segredos dessa importante produção. 

CONFIRA A ENTREVISTA 

The Panola Project/ Foto: Sundance

Rachael DeCruz & Jeremy S. Levine

Amelie: Em tempos de distanciamento social, seu filme toca num importante assunto: Heróis anônimos que estão tentando proteger seus bairros / cidades. Com isso em mente, o que vocês acham que as pessoas irão aprender com o Panola Project? 

Rachael DeCruz & Jeremy: Existem alguns elementos chave que queremos que as pessoas levem de The Panola Project: A força e poder da mulher negra. Todos os dias, vemos mulheres negras dos Estados Unidos tomado a iniciativa com suas próprias mãos, já que nossas instituições falham com suas comunidades. 

Nós queremos celebrá-las e queremos recompensar seu ótimo trabalho. Imagine quantas benfeitorias poderíamos fazer se pudéssemos investir em líderes comunitários como Dorothy e Ms Jackson ao redor do país! Mas nós também sabemos que isso não pode depender apenas de nós. Como um país, nós precisamos trabalhar para garantir que os recursos sejam direcionados para as comunidades necessitadas, para que não haja um fardo tão grande colocado em cima de indivíduos como Dorothy.

Os esforços de Dorothy são uma modelo que pode ser replicado ao redor do país e do mundo. Sua estratégia resultou na vacinação de 99% da população de Panola em um dos estados com um dos menores números de vacinados do país. Ela iniciou esa conversa com curiosidade, fez as perguntas para as pessoas para entender mais profundamente sobre seus pontos de vista e os ofereceu informações que eles precisavam. Ela nunca desistiu, nem mesmo quando as pessoas a menosprezavam e ela seguiu até que as pessoas começassem a agir. 

Há uma falta de investimento e infraestrutura nas comunidades rurais, especificamente nas comunidades rurais negras, então o Panola Project revela todas as barreiras sistêmicas que impediam os membros da comunidade a se vacinarem, incluindo a falta de acesso ao sistema de saúde (por exemplo o hospital mais próximo fica a 40 milhas), desafios com o acesso à internet e transporte e a falta de informações gerais do governo.

Amelie: Todos nós tivemos Dorothys em algum ponto de nossas vidas. Vocês já tiveram uma Dorothy em suas vidas antes quando mais precisavam e se sim, qual mensagem gostariam de transmitir para elas?

Rachael DeCruz & Jeremy: Dorothy é um tipo de heroína, mas sim, nós dois tivemos pessoas em nossas vidas que nos formaram e tomaram frente para tomar conta de nós e nossas famílias enquanto enfrentávamos momentos difíceis. Nós somos gratos a eles, pois seu amor e cuidado significam muito. Até mesmo pessoas que não conseguem verbalizar sua gratidão no momento, atos de bondade (não importa quão pequenos), são os blocos construtores para nos ajudar a criar uma sociedade mis conectada e acolhedora.

Amelie: Como se sentem por ter seu curta estreando no Sundance, uma das maiores iniciativas da indústria de cinema indie na America?  

Rachael DeCruz & Jeremy: Estamos animados em estar no Sundance! Essa é a nossa primeira vez no Sundance e significa muito ver a história de Dorothy ser reconhecida dessa forma. Nós somos gratos pela oportunidade de compartilhar a história dela com a comunidade do Sundance e esperamos que todos se apaixonem por ela tanto quanto nós. Esse também é o primeiro filme que eu, Rachael DeCruz faço, então isso fica ainda mais especial. 

Amelie: Quais foram os maiores desafios que vocês e suas equipes tiveram que lidar durante as filmagens?

Rachael DeCruz & Jeremy: Foram tantos desafios durante as filmagens e sendo um deles a Covid. No começo, nós não tínhamos certeza de que as pessoas se conectariam com Dorothy e as outras pessoas do filme se não pudessem ver seus rostos. Dorothy é tão expressiva e animada que no fim, isso não foi um problema e as máscaras ajudaram muito na sala de edição.

Outro desafio foi que nós estávamos tentando terminar o filme o mais rápido possível para que pudéssemos lançá-lo pelo mundo. Quando você faz um filme, existe uma conexão tão grande com o momento, que você usa todo o seu poder para lançá-lo da forma mais oportuna. Nenhum de nós imaginava que após um ano desde quando começamos, o filme estaria mais relevante que nunca. 

Amelie: O que mudou em suas vidas após a pandemia e três lições que vocês aprenderam durante a produção de Panola Project? 

Rachael DeCruz & Jeremy: Essa é uma pergunta muito boa! Uma das coisas que mudou foi o ritmo da vida. Essa pandemia tornou a socialização algo muito desafiador, então nos deu espaço para priorizar estar em casa e nos permitiu ter uma rotina mais lenta, o que foi mais intencional. Três lições que foram reinforçadas durante a criação do curta 'The Panola Project'

#1 | A importância da confiança e de relacionamentos. Isso foi o que permitiu Dorothy a incentivar pessoas a tomarem a vacina; foi a força das relações de Dorothy que fez esse filme ser possível. Dorothy foi a coprodutora de muitas formas, porque quando ela diz que algo precisa ser feito, as pessoas ouvem!

#2 | Quando estamos em tempos de crise, é mais importante que nunca nos unirmos e apoiarmos uns aos outros. Dorothy e Ms. Jackson modelaram isso de forma tão bela em Panola que isso resultou no aumento dos números de vacinação nessa pequena comunidade do Alabama. 

#3 | Se você está tentando fazer as pessoas tomarem atitudes, é importante entender em que lugar elas se encontram, entrar em conversas com curiosidade e paciência e ser persistente  no seu follow-up. Quando nós entramos em conversas de forma julgadora e que que os envergonha, isso irá fechar as linhas de comunicação e tornar impossível nos conectarmos uns com os outros. Amor, respeito e compaixão — É assim que iremos mover as pessoas e concretizar mudanças reais. 

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The Panola Project / Foto: Sundance

Dorothy Oliver, a protagonista do projeto

Amelie: Você é uma verdadeira heroína. Com isso em mente, nos diga como é a sensação de ter a possibilidade de ajudar tantas pessoas? 

Dorothy: É incrível! Nunca imaginei que meu trabalho pudesse atingir esse nível de atenção ou que qualquer um me consideraria uma heroína. Tenho sido ativa em minha comunidade por tantos anos que a possibilidade de prover é natural porque todos da cidade são como família, e você sempre quer o melhor para sua família. Enquanto eu nunca fiz nada para ganhar reconhecimento, eu espero que as pessoas  que veem minhas ações como heróicas, sejam incentivadas também a fazer o mesmo por suas comunidades. 

Amelie: Como é poder contar sua história em um dos maiores festivais de cinema indie dos Estados Unidos?

Dorothy:  Essa foi a experiência mais incrível. Eu acho que no começo, eu não havia entendido a magnitude e larga escala do Sundance, meus filhos tiveram que me explicar, mas estou encantada em ver minha história nessa plataforma. Sou grata a Rachael e Jeremy por tornarem possível minha história ser contada e compartilhada, e com sorte, espero que ela seja o catalizador para que outros façam a mudança em suas comunidades.  Foi uma benção tão grande estar trabalhando com eles e vendo a paixão enorme deles em  mostrar como a pandemia afetou pessoas, que de outra forma, não tinham voz ativa e como nós nos juntamos como comunidade para lutar contra a Covid. 

Amelie: O que a inspirou a ajudar sua comunidade e criar esse projeto para Panola?

Dorothy: Eu realmente amo minha comunidade. É uma cidade pequena onde todos são muito próximos e todos se conhecem. Panola fica localizada na área mais pobre do estado do Alabama, então não há muitos recursos para ajudar a região.  Me senti na obrigação de educar meus vizinhos e ajudar a assegurar que todos soubessem a importância de tomar a vacina e realizar os testes. Perder alguém da comunidade, seria uma perda para todo e eu senti que era minha responsabilidade tomar as rédeas da situação e assegurar que o maior número de pessoas estivesse saudável.

Amelie: Você gostaria de um dia expandir esse projeto para outras regiões dos Estados Unidos também? 

Dorothy: Estou agora em um emprego fixo para assegurar que Panola esteja 100% vacinada e que todos tenham a dose de reforço. Eu espero poder expandir meus esforços para outras cidades do condado; por conta da cidade ser muito rural, não temos os mesmos recursos que condados maiores possuem. Não sei se meu calendário me permitiria viajar para outras regiões, particularmente com os casos de Covid aumentando, mas eu estaria mais do que feliz em poder dar conselhos e prover ajuda para todos que buscam.

Amelie: Se pudesse mandar uma mensagem para o mundo inteiro sobre a pandemia, qual mensagem seria?  

Dorothy: Eu diria que nós devemos aprender a tratar uns aos outros como se fôssemos vizinhos, realmente ligar uns para os outros e para nosso bem estar. Eu perdi membros da família devido ao Covid ao redor dos Estados Unidos e pessoas da minha comunidade que conheço há anos. Eu vi os efeitos da ansiedade nas pessoas tentando ficar saudáveis, vi donos de pequenos negócios sofrendo, assim como nossa loja geral (da cidade). Tem tanta desinformação sendo compartilhada, que eu gostaria de compartilhar mais da minha experiência pessoal com a pandemia e os impactos dela na comunidade e na família. Mesmo que Panola esteja há milhares de quilómetros de quem está lendo isso, nós devemos trabalhar juntos como uma só comunidade para manter todos a salvo e saudáveis para que logo voltemos a normalidade. Nós merecemos isso. 

Wondercon | 455 Films traz novidades sobre documentário não-intitulado de Star Trek Voyager

 

Por Victoria Hope

E vamos para mais novidades sobre a edição virtual da Wondercon @Home, que acontece de 26 a 27 de março. A equipe por trás do aclamado documentário Star Trek: Deep Space Nine Documentary: What We Left Behind, além do projeto de William Shatner: The Captains, incluindo um host mais do que especial de outros documentários de Star Trek, traz ao evento, novidades sobre o documentário de Voyager. 

O filme, criado por crowndfund, acaba de chegar a U$700,000.00 na plataforma indiegogo e pode ser acessado por www.igg.me/at/voydoc. Esse projeto conta com apoio de mais de 7.000 benfeitorias e segundo a equipe, o filme promete ser único e exceder todas as expectativas e supreender, assim como fizeram com projetos como “What We Left Behind: Looking Back at Star Trek: Deep Space Nine” e o favorito dos fans “For the Love of Spock” dirigido por Adam Nimoy, filho do ator Leonard Nimoy, que interpretou Spock na série por muitos anos

"Toda a equipe do documentário Voyager e o elenco da série, seguem encantados e gratos pelos fãs de Star Trek que sempre deram muito apoio ao documentário. Nós temos muitas surpresas para as próximas semanas de fechamento dessa campanha, incluindo trabalhos com a possibilidade de uma parceria com a CBS para explorar esse universo em uma resolução ainda maior. Fiquem ligados em nossas redes", disse David Zappone, produtor executivo e diretor do documentário.

Para saber mais sobre o documentário Star Trek Voyager e conferir novidades sobre o painel da Wondercon, siga as contas oficiais nas redes sociais: 

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National Geographic exibe documentário especial em homenagem aos 20 anos de 'Titanic'

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Por Victoria Hope



Já podem preparar os lencinhos, pois o canal National Geographic irá exibir no canal, um documentário sobre a superprodução 'Titanic' dirigida pelo visionário James Cameron. 

O documentário 'Titanic: 20 Anos Depois', será exibido no dia 9 de Dezembro, às 18h45 no canal e a premiere marca o aniversário de vinte anos do longa que emocionou centenas e milhares de cinéfilos ao redor do mundo,  

Você sempre quis saber tudo sobre os bastidores do filme, aqui você poderá ver materiais exclusivos e curiosidades sobre a produção de toda a equipe. Com a participação de James Cameron, iremos desbravar esse universo do filme e reabrir esse famoso caso. 

Com direito a ajuda de especialistas forenses, mergulhadores e cientistas, a equipe irá mergulhar no local do acidente e explorar todos os mitos que acercam o desastre que marcou a história.  Ainda hoje, o RMS Titanic permanece um mistério e muitas perguntas virão a tona nesse especial. 

Outra curiosidade incrível dessa semana foi a confissão do diretor James Cameron, que em um ato inédito, admitiu que a morte de Jack  (Leonardo DiCaprio) apenas aconteceu para trazer mais peso e drama ao longa. Isso mesmo, após tantos anos de teorias mirabolantes, o fato é que, a morte do personagem pareceu necessária para criar o clima ainda mais pesado no filme e mostrar que muitas famílias perderam o que tinham de mais importante no acidente. Isso e muito mais você descobre no documentário!

Canal Curta! exibe com exclusividade documentário sobre Angela Davis


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Por Victoria Hope



"Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela"



Em celebração à semana da Consciência Negra, o documentário 'Libertem Angela Davis, dirigido por Shola Lynch estreia na Sexta da Sociedade do canal Curta!, dia 24 de Novembro às 22h10. O filme retrata a vida da filósofa que dedicou sua vida pela causa da luta negra e foi uma das precursoras do feminismo negro na América. 

Angela ficou conhecida por seu engajamento em defesa dos direitos humanos e foi exatamente por esse motivo que foi presa em 1970, enquanto defendia três prisioneiros negros. Na época, houve uma grande campanha pela liberação desses três homens negros e como resultado a própria autora foi presa. Músicos como John Lennon e Rolling Stones chegaram a gravar músicas em protesto contra a prisão dela e por fim Davis foi  inocentada e se tornou um símbolo da luta pelos direitos civis. 

Para assinantes do On Demand NOW, da NET, o documentário já está disponível na plataforma. 

Continuando as comemorações da semana, a faixa 'A Vida é Curta', na Quarta do Cinema, dia 22 de Novembro, irá exibir três produções com a temática. Às 20h, o filme 'Babás', de Consuelo Lins, traze uma reflexão autobiográfica sobre o papel e a presença das babás no cotidiano de famílias brasileiras. 

Logo depois, 'Manis Propes', de Louise Botkay, retrata a dependência de clichê da pobreza africana. Por fim, o filme 'Macau, do jeito que sua Alma Entende' de Daniel Tupinambá, contand sobre o lançamento do primeiro disco de Macau, compositor conhecido pelo hit 'Olhos Coloridos', canção imortalizada na voz de Sandra de Sá.