Por Victoria Hope
Aos 16 anos, um pirralho do exército pequeno conseguiu um papel aos 12 anos de idade em um programa de televisão canadense. Confiante de que poderia dar certo nos Estados Unidos, ele se mudou para um pequeno apartamento nas subúrbios de Beverly Hills. Três anos depois, ele estava lutando para sobreviver e pronto para recuar. Mas então vieram seus papéis de destaque - Alex P. Keaton na sitcom Family Ties e Marty McFly na trilogia De Volta para o Futuro - e uma superestrela nasceu. Michael J. Fox dominou a indústria durante a maior parte dos anos 1980 e 1990, mas um diagnóstico da doença de Parkinson aos 29 anos ameaçou inviabilizar sua carreira.
A improvável história de Fox soa como o material de Hollywood, então que melhor maneira de contá-la do que através de cenas de seu próprio trabalho, complementadas com recriações elegantes. Dono de uma narrativa própria, o ator conta de forma lúdica sua jornada com intimidade, franqueza e humor. Nas mãos de Davis Guggenheim (Uma Verdade Inconveniente, Sundance 2006), Still revela o que acontece quando um eterno otimista enfrenta uma doença incurável.
Esse documntário é simplesmente um deleite e a ideia de misturar cenas de filmes clássicos do ator para ilustrar momentos cruciais da vida dele, bem como a união do formato de reconstituição de cenas da vida dele com um elenco aliada a cenas do cotidiano dele em meio a fisioterapia e no dia a dia cria um combo excelente e um ótimo twist ao formato de documentários biográficos.
Logo no início o Michael J. Fox diz que não quer que as pessoas sintam pena dele e que não quer também ficar trancado em casa, longe dos olhos das pessoas e esse é o tom que define o filme, pois o ator não tem medo de passar por seus altos e baixos, contato fatos sobre sua vida e carreira que até então eram desconhecidos, desde seu primeiro trabalho como ator mirim a sua última produção antes do parkinson começar a tomar conta de seu corpo. O trabalho que ele faz em conscientizar sobre os sintomas é excelente e serve de alerta para pessoas mais novas que não sabem da possibilidade da doença atingi-los durante a juventude.
NOTA: 10/10