Por Victoria Hope
Numa América pós-colapso económico, uma mulher (Anna Camp) viaja sozinha em direção à promessa de uma cúpula utópica no horizonte. Quando ela negocia uma carona com estranhos, aprendemos... não confiar em ninguém no caminho para o Neo-Dome.
Nesse piloto de série que teve seu lançamento no festival SXSW, podemos acompanhar uma história extremamente intrigante que merece ganhar um longa metragem. Logo na cena de abertura, o público se depara com uma protagonista enigmática, que parece esconder algo que não sabemos.
O elenco tem excelente química e a dinâmica de jogo do 'gato e rato' funciona muito bem. Nos deparamos com diversas dúvidas sobre o que é o Neo-Dome, o motivo pelo qual nossa protagonista quer tanto chegar lá e porque ela tem acesso à armas. Seria ela a heroína daquele futuro não tão distante ou será ela o verdadeiro algoz por trás de tudo.
Anna Camp é enigmática e demanda atenção do público com olhares, fazendo com que a audiência imediatamente torça por ela, sem mesmo saber quais são suas verdadeiras intenções, o que realmente reforça a ideia de que o filme realmente se torne um longa metragem, pois é impossível terminar esse curta sem querer saber o que vem a seguir.
O protagonismo feminino em histórias nesse cenário precisava de um revival e Neo-Dome demonstrou que tem um grande potencial para expandir esse universo, seja no formato de filme ou série televisiva, mas independente da proposta, a audiência estará com olhos fixados na tela.
NOTA: 9/10