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Festival Varilux 2023 | O Renascimento

 

Por Victoria Hope

Na dramédia 'O Renascimento', Arthur Forestier é galerista e representa Renzo Nervi, um pintor em plena crise existencial. Os dois homens são amigos de longa data e, mesmo com todas as diferenças entre eles, o amor pela arte os une. 

Há vários anos sem inspiração, Renzo está gradualmente afundando em uma radicalidade que o torna incontrolável. Para salvá-lo, Arthur elabora um plano audacioso que eventualmente ficará além do controle... Até onde se pode ir por amizade?

Com um excelente roteiro e direção provocativos de Rémi Benzançon e uma química irresistível entre os atores Bouli Lanners e Vincent Macaigne, O Renascimento nos convida a refletir sobre a arte, o significado dela, mas também sobre o valor da amizade e o que fazer quando um artista perde 'sua musa'. Como seguir em frente e como continuar relevante nesse universo artístico onde rapidamente, as vezes do dia para a noite, artistas podem ser esquecidos?

A resposta está na pergunta! Tornar-se relevante, inovar, arriscar algo novo, esses são os caminhos para que os artistas voltem a criar. Todo artista passa por um processo de bloqueio criativo em algum momento da vida e é fato, que quando se está depressivo, criar se torna ainda mais difícil e o filme faz um bom trabalho em mostrar essas nuances.

Tem uma frase bem marcante do filme onde um dos personagens, no auge de seu pessimismo e depressão, diz que cria-se arte quando não se sabe fazer mais nada. Essa é de longe uma das cenas mais dramáticas com um diálogo que faz refletir em como a genialidade ou criatividade artística podem se deteriorar por conta do esquecimento, da depressão e da falta de memória. 

Particularmente eu amei o humor e a zoação com NFTs, tema que está em slta principalmente quando vemos suas implicações. NFTs inclusive, me lembram de uma frase icônica de um outro personagem do universo pop, o Bing, que em 'Black Mirror' diz num momento: 'compramos algo que nem existe.', isso ficou na minha cabeça e associei a mensagem com o que 'O Renascimento', quis passar. Vale essa reflexão.

NOTA: 9/10

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