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Alain Delon é o homenageado da 15ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês, entre 7 e 20 de novembro

 

Por Victoria Hope

Ícone do cinema francês, muso de gerações, o ator Alain Delon, morto em agosto último, é o homenageado do 15º Festival Varilux de Cinema Francês, entre 7 e 20 de novembro nos cinemas de todo o país. Ele será celebrado com a exibição na programação do longa-metragem de 1960 “O Sol por Testemunha”, de René Clément, cineasta vencedor de dois Oscar por Três Dias de Amor (Au-delà des Grilles – 1949) e Brinquedo Proibido (Jeux Interdits- 1952).

O Sol por Testemunha”, que revelou Delon aos 25 anos, serviu de inspiração para a identidade visual da mostra. As artes de divulgação foram criadas a partir de uma das cenas do filme: quando seu personagem Tom Ripley está velejando.  Convidado inicialmente para o papel do milionário Philippe, Delon pediu para interpretar o antagonista, de caráter duvidoso e personalidade que acreditava estar mais próxima a dele. O filme, baseado na obra de Patrícia Highsmith, ganhou remake com Matt Damon em 1999 e uma série em 2024.

Delon era, sem dúvida, uma pessoa complexa e controversa. Ele inspirou toda uma geração de cineastas como Luchino Visconti, Jean-Pierre Melville e René Clément, deixando um legado de 88 filmes como ator. Escolhemos apresentar o filme cult “O Sol por Testemunha” pela originalidade de seu roteiro - de Paul Guegauff, roteirista do Claude Chabrol - e pela incrível direção de fotografia do Henri Decaë, o mesmo de “Os Incompreendidos”, de Truffaut. Também porque o filme é atemporal, como atestam os recentes remake e série”, comenta Emmanuelle Boudier, curadora e diretora do Festival.

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