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MOSTRA DE SP 2024 | Tudo o que imaginamos como luz

 

Por Victoria Hope

Tudo o que imaginamos como luz é um drama de 2024 escrito e dirigido por Payal Kapadia. O elenco inclui Kani Kusruti, Divya Prabha, Chhaya Kadam e Hridhu Haroon e o longa teve sua estreia no Festival de Cannes desse ano, sendo o primeiro filme da India a competir na categoria desde 1994 e acabou levado o Grand Prix (Grande Prêmio do Júri) para casa. 

Na trama, acompanhamos Prabha e Anu, duas enfermeiras malaias que vivem juntas em Mumbai. Prabha é honesta e honesta e anseia pelo marido, que imigrou para a Alemanha logo após o casamento e nunca mais apareceu, enquanto Anu é mais extrovertida e está tendo um caso secreto com um rapaz muçulmano chamado Shiaz. 

Essencialmente, Tudo o que imaginamos como luz é um delicado conto sobre intimidade, luta contra o capitalismo e sonhos de milhares de pessoas que anseiam por dias melhores, mesmo que se agarrando a um otimismo 'inventado' que provavelmente é a única coisa que os mantém seguindo em frente

Tudo o que imaginamos como luz / Foto: Festival de Cannes 2024

A belíssima trilha sonora embala o filme e toda a atenção da diretora aos pequenos detalhes torna esse projeto em algo ainda mais especial, apesar do ritmo mais lento em que a trama é desenvolvida, o que mostra que definitivamente nem todos vão apreciar o passo em que as cenas ocorrem.

Essa é uma história também sobre como as mulheres permanecem invisíveis na Índia, porque a sua personalidade continua a ser filtrada através de uma mentalidade patriarcal que não as reconhece como indivíduos que são livres sobre suas próprias escolhas. 

As mulheres aqui precisam ter a força para buscar qualquer conexão genuína nessa cidade cheia de fogos de artifício, esculturas bonitas mas que é berço de tantas pessoas que caminham sem rumo pela vida. Tudo o que imaginamos como luz, tenta trazer uma ponta de esperança para essas mulheres, mostrando que juntas, elas são mais fortes e afastadas e de que ninguém sobrevive sozinho. O amor ainda existe, pessoas boas ainda existem e tomadas por esse sentimento, Prabha e Anu seguem em frente.

NOTA: 7.5/10

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