Por Tarsila Tomé
Uma aventura épica com magia, monstros, combates mortais e armadilhas! Podia ser um belo clichê, e talvez tenha alguns mesmo, mas nada que faça "Dungeons & Dragons Honra Entre Rebeldes" menos cativante.
Estamos entrando em uma nova era onde adaptações de jogos estão se tornando cada vez melhores. O filme lembra um pouco a formula da Marvel, mais precisamente de Guardiões da Galáxia, um grupo de personagens nada heroicos, ladrões, fracassados, que se juntam ao acaso em uma aventura que equilibra bem o humor com a ação.
Utilizando o cenário do pai dos RPG, Dungeons & Dragons tem total liberdade para criar uma narrativa em cima do universo e dos elementos presentes nos jogos. Assim como uma partida, a história pode viajar para qualquer direção.
Acompanhamos a história de Edgin o Bardo e sua amiga Holga, a Bárbara que escapam da prisão após um roubo dar errado. Eles querem reencontrar Kira, filha de Edgin que Holga ajudou a criar (sem qualquer romance entre eles) e se separaram durante o tempo na prisão. No meio do caminho encontram o Feiticeiro pouco promissor Simon e a Druida Doric.
A história é simples, mas envolvente, menos é mais. As coisas demoram um pouco para tomar um rumo, no começo parece que estão dando voltas, decidindo o que fazer, mas isso tudo também faz parte da experiencia, já que é exatamente o que acaba acontecendo em uma mesa de RPG, e em nenhum momento o filme perde o ritmo e fica desinteressante.
O cenário é perfeito, o jogo de câmera é dinâmico e acompanha toda a magia e ação. O trabalho de efeitos especiais, maquiagens e figurinos também enriquecem bastante o universo, não apenas o cgi como os efeitos práticos também.
Dungeons & Dragons consegue fazer o que nem todas as adaptações conseguem: cativar o público que já é fã, com um show de referências, incluindo monstros, locais, classes e feitiços (até um easter egg pra quem gostava do desenho dos anos 80), como quem não faz ideia do que é RPG, com uma aventura simples, mas divertida do começo ao fim.