Por Victoria Hope
Morteza espanca a filha de 3 anos em uma de suas visitas semanais. Mais tarde, ele pede à irmã mais velha, Pari, que o ajude a acalmar a filha e a lidar com a situação. Pari cuida das feridas da criança e então para evitar que ela conte a verdade para a mãe, Pari inicia uma brincadeira e através dessa brincadeira tenta manipular a mente da criança para que ela se lembre de todo o ocorrido como uma simples brincadeira com o pai. Pari parece ter sucesso em cumprir seu plano, mas na cena final fica claro que a verdade não será escondida para sempre
Vencedor da categoria de Curtas do festival, esse filme iraniano conta a história de um pai que bate em sua filha e num dia, chama sua irmã para cuidar dela. A mulher percebe que tem algo errado com a menina, ela quer saber de onde aquelas marcas roxas e ferimentos surgiram e a partir daí, ela usa tinta de forma lúdica para que a criança conte, mesmo que da forma dela, o que foi que aconteceu.
Esse curta metragem merecia muito ser um longa metragem e a historia é emocionante e é quase impossível que o público não seja tomado por raiva das atitudes coniventes da irmã que dá a entender que encobre a violência do irmão para com sua sobrinha por anos, mas é nos minutos finais que o público passa a notar que o irmão já fez pior com ela e que ela fica imóvel diante da crueldade dele.
NOTA: 9/10