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SXSW 2023 | I Used To Be Funny

 

Por Victoria Hope

[Avisos de gatilho: Est*pro, violência sexual PTSD] 

"I Used To Be Funny" é uma comédia dramática sombria que segue Sam Cowell (Rachel Sennott), uma aspirante a comediante stand-up e au pair lutando contra PTSD, enquanto ela decide se deve ou não se juntar à busca por Brooke (Olga Petsa), uma adolescente desaparecida que costumava ser babá.

A história existe entre o presente, onde Sam tenta se recuperar de seu trauma e voltar ao palco, e o passado, onde as lembranças de Brooke tornam cada vez mais difícil ignorar o súbito desaparecimento da petulante adolescente. 

O longa-metragem de estreia do escritor/diretor Ally Pankiw é engraçado e comovente em seu olhar honesto e revigorante sobre trauma e recuperação, e como eles afetam os relacionamentos e as comunidades que nos moldam. O filme inteiro traz muitas referências também sobre social media e a cultura criada ao redor dela. 

Rachel Sennott, que já havia encantado o público com Shiva Baby, Bodies, Bodies, Bodies' e agora Bottoms, outro longa que estreou no SXSW, prova que é um dos grandes nomes dessa leva de novos atores de Hollywood, com potencial para estrelar muitos projetos ao longo do ano. Já dizia o ditado 'booked and busy' e se tem alguém como uma agenda recheada de produções para o próximo semestre, é Sennott. 

É quase impossível não se relacionar com as dores da protagonista, principalmente pessoas que estão tentando superar traumas passados relacionados à violência sexual que mudaram suas vidas pra sempre, incluindo o sentimento de dissociação quando a pessoa tenta se distanciar ao máximo com o que aconteceu. Quem conhece pessoas com depressão ou PTSD já ouviu a frase 'você costumava ser mais engraçado (a), mais divertido (a) e o filme faz um excelente trabalho em explorar isso.  O filme consegue balancear perfeitamente o humor ácido, com drama e suspense.

NOTA:  10/10

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