Por Victoria Hope
Adam é um artista adolescente que atinge a maioridade após uma aquisição alienígena. Os Vuvv, uma espécie de extraterrestres hiperinteligentes, trouxeram uma tecnologia maravilhosa para a Terra, mas apenas os mais ricos podem pagar por ela. O resto da humanidade, com seus meios de subsistência agora obsoletos, precisa juntar dinheiro na indústria do turismo.
No caso de Adam e seu interesse amoroso, Chloe, isso significa transmitir ao vivo seu namoro para a diversão dos Vuvv, que acham o amor humano exótico e interessante. Quando o esquema de Adam e Chloe dá errado, Adam e sua mãe precisam encontrar uma saída para uma burocracia alienígena cada vez mais assustadora.
Landscape with Invisible Hand / Foto: Sundance |
O roteirista e diretor Cory Finley (Thoroughbreds, Sundance 2017) retorna a Park City com esta viagem de ficção científica descaradamente original que apresenta uma atuação extraordinária de Asante Blackk. Baseado no romance do vencedor do National Book Award, M.T. Anderson, o filme encadeia cuidadosamente suas fantasias cômicas com uma sensibilidade melancólica que leva o público a uma exploração minuciosa de classe e comércio.
Além dessa temática, outro ponto que deixou marcas foi a crítica às redes sociais e a monetização da vida diária de blogueiros, ao ponto em que o público não sabe dizer o que é real ou não e até que ponto estão dispostos a comprar (literalmente), a ideia daquelas personas virtuais.
Landscape with Invisible Hand é em sua essência, uma grande mensagem de como a arte e os artistas são mentes fundamentais para lutar contra ditaduras (como no caso, a extraterritorial apresentada no filme). A trama também mostra a qual ponto pessoas que supostamente não tem nada, podem chegar para ter um lugar ao sol.
NOTA: 10/10