Por Victoria Hope
Um casal se perde um no outro em 'A Folded Ocean'. O público é apresentado a um casal completamente apaixonado namorando ao ar livre e o amor no ar é completamente palpável, já que ambos trocam beijos e mordidas.
A namorada parece sempre estar preocupada com o celular ao invés de focar 100% no seu namorado que quer mais atenção. Em meio aos beijos e carícias, o casal acorda na manhã seguinte percebendo que seus braços se fundiram e aquilo nunca havia acontecido antes.
Preocupados, eles ligam para a emergência e enviam fotos pelo celular para que médicos pudessem examinar seu caso. Apesar da situação esquisita, a namorada parece gostar de estar tão coladinha com o namorado, que por outro lado, parece desgostoso, enjoado. Entende-se que durante a noite, ambos tiveram o mesmo sonho, mas talvez a namorada queira esconder, pois ela não responde para ele sobre o que sonhou, o que aumenta ainda mais a desconfiança dele.
A Folded Ocean / Foto: Sundance |
Quando menos esperam, o casal se funde ainda mais, colando partes do corpo sem perceber, ao ponto em que se consomem por inteiro, virando uma massa corporal muito grotesca. Várias interpretações são possíveis nessa trama, que para muitos, será uma crítica a casais que não se desgrudam e adoram demonstrações públicas de afeto, quando na realidade, apenas estão apenas sufocando um ao outro e ao final ou um casal que se ama muito, mas que sabe que não podem ficar juntos.
Ao final, o curta deixa o público com vontade de ver um longa metragem sci-fi seguindo a mesma proposta para entender o que aconteceu nos minutos finais da história. A melancolia do final é extremamente pontual e faz o público entender a tristeza que perceber que o amor entre os protagonistas, não é mais o mesmo dos minutos iniciais da história.
NOTA: 9.5/10