Navigation Menu

Sundance 2022 | After Yang

 

Por Victoria Hope

[Aviso: a cena inicial contém cenas com flashes de luz] E começa o segundo dia do Festival Sundance 2022, que acontece de 20 a 30 de janeiro de forma online através do site oficial do evento. Para abrir os trabalhos dessa sexta, o primeiro longa da nossa lista ficou por conta de 'After Yang', drama de ficção científica de 2021 escrito, dirigido e editado por Kogonada

O filme é estrelado por Colin Farrell (The Batman), Jodie Turner-Smith (Queen & Slim), Justin H. Min (Umbrella Academy) e Haley Lu Richardson (A Cinco Passos de Você) e teve sua estreia mundial no Festival de Cinema de Cannes em 8 de julho de 2021.

Baseado no conto de Alexander Weinstein, intitulado Saying Goodbye to Yang, na trama, Colin  interpreta Jake, um pai que ao lado de sua filha, tenta salvar um androide da família, que funciona como uma babá' e corre risco de 'morte' ou desligamento iminente.



O pai não está preparado para ver seu praticamente segundo filho ser tratado como uma simples máquina descartável, afinal, apesar de ser um androide, Yang passou a vida inteira ao lado da família, cuidando de todos eles nos momentos de diversão, assim como nos momentos de tristeza.

Yang inicialmente foi comprado para que Mika, a filha do casal, tivesse uma conexão com sua identidade e cultura chinesa, já que nenhum de seus pais é asiático, mas aos poucos, a mãe começa a se preocupar se ao invés de apenas ensinar, Yang não está na verdade fazendo as vezes de pais, já que ambos trabalham muito e mal tem tempo para a filha.  

O filme examina as relações entre o ser humano e a máquina, principalmente a partir do momento em que pai descobre que o androide estava gravando memórias da família o tempo todo, desde a adoção de Mika. Através da memória de Yang, Jake pode reavaliar sua vida e contemplar coisas que ele sequer prestava atenção antes

Definitivamente é um filme mais sereno e contemplativo, com performances elegantes de Colin Ferrel e Jordie Turner-Smith, mas as vezes maçante, quase como uma meditação que explora, através dos olhos de um robô, o que significa ser humano. A única pena é que a restrição causada pela trama, que força quem assiste a seguir uma ótica única, sem escapatória da visão do diretor.

NOTA: 8/10

0 comments: