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Sundance 2022 | Master

 

Por Victoria Hope

Em Master, primeiro longa da diretora e roteirista Mariama Diallo, a mistura do horror, com drama e thriller psicológica se unem a crítica social, com uma performance incrível de Regina Hall, que apresenta um dos papéis dramáticos mais fortes de sua carreira, mesmo com um roteiro que apresenta alguns problemas. Vale lembrar que o filme já tem estreia marcada para março desse ano no Amazon Prime. 

Na trama, uma universidade de elite em New England, foi construída sob o solo de Salem, mas poucos parecem se atentar a isso, a não ser por Gail Bishop (Regina Hall) , apelidada apenas de 'Mestre', que é uma professora representante da academia. 

Enquanto isso, a novata Jamine Moore (Zoe Renee) está animada para entrar na faculdade, até descobrir que terá que dormir no quarto supostamente 'assombrado' da faculdade, onde muutos suicídios já ocorreram. Já a professora Liv Beckman (Amber Gray), colide com seus colegas professores ao navegar por assuntos políticos relacionados a raça e privilégio conforme eles se deparam com um aumento de manifestações sobre o passado sombrio da Universidade. Logo o caminho dessas três personagens irá se cruzar e suas vidas nunca mais serão as mesmas. 

Master / Foto: Sundance

No centro da história, acompanhamos a professora Gail se orgulhar pelo novo cargo de Mestre da residência, cargo que segundo os outros professores, nunca pertenceu a uma acadêmica negra antes, já que quase noventa por cento dessa universidade conta apenas com estudantes brancos, então apesar da felicidade com seu novo cargo, ela ainda se sente um pouco nervosa com  o título e suas novas obrigações. 

Aos poucos, as verdadeiras intenções da instituição começam a ser mostradas quando Jasmine descobre que o campus é amaldiçoado e que Margaret Millett, uma bruxa que morreu a centenas de anos naquele mesmo território, assombra a área até os dias de hoje. O filme não tem medo de apostar em mensagens literais, como por exemplo, quando os alunos da universidade passam a escrever mensagens racistas para as três personagens principais, que representam as únicas pessoas negras de toda a universidade. 

Master, que tem uma leve pegada de Suspiria e um pouco de Get Out,  assusta não apenas pelo que pode ser encontrado na superfície, mas sim por conta da mensagem de que o ser humano é capaz de todas as atrocidades para se manter no topo e como o ambiente acadêmico, insiste em não acolher pessoas que não se enquadram naquele padrão que frequenta os corredores. Ao final, sentimentos se ser deixado de lado e de não pertencer tomam conta de Gail, que muito tarde, percebe que nesse meio acadêmico, quem irá sempre ditar as regras do jogo, serão as pessoas no topo da pirâmide. 

NOTA: 9/10

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